Metodos para elicitação de requisitos

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

CAMPUS ANGICOS

LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO E INFORMÁTICA

DOCENTE: JOEMIA LEILANE GOMES

DISCENTE: ANNA LUIZA DE ARAUJO FRUTUOSO

ANGICOS/RN, FEVEREIRO DE 2019

A elicitação de requisitos, mesmo sendo uma etapa bastante difícil para o desenvolvimento, é o ponta pé inicial para o processo de engenharia de software e que tem como finalidade levantar os requisitos  de maior importância através das interações feita por parte do desenvolvedor com o  cliente/usuário.

Este processo é o ponto decisivo que reune as informações e dados necessários a fim de especificar os requisitos principais, é uma fase em que erros devem ser evitados, pois uma vez que isso acontece, compromete tanto no tempo de entrega como no valor do produto.

Na primeira Conferência Internacional de Engenharia de Requisitos, em 1933, foram abordados temas como as questões sociais e etnografia, mas caíram em declínio nas edições das conferências posteriores.

A partir de 2003, as tendências mais utilizadas em levantamento de requisitos são as entrevistas, a observação e o estudo de caso, uma vez mostra-se que cada projeto estudado, existem técnicas distintas.

Recentemente, uma das técnicas para a elicitação de requisitos são as opiniões online(feedback, sugestões), em que é possível com o auxílio das tecnologias incluir diferentes grupos sociais ao desenvolvimento do software, tornando o processo viável.

Técnicas de elicitação de requisitos Aplicado no Startups de software

Entrevistas: Acontece por meio de conversas específicas obtendo perguntas e respostas. Sendo aplicado para obter-se informações que estão guardadas nas memórias do entrevistados, e que assim pode-se conseguir palavras-chave para o desenvolvimento do software. Algumas vantagens são que é possível perceber a personalidade do entrevistado, que pode ser alterado o curso das perguntas, deixando livre o esclarecimento de dúvidas de ambas as partes. Já alguma das desvantagens é que depende muito do relacionamento interpessoal do entrevistado, podendo levar mais tempo.

Cénarios (casos de uso): Os requisitos são identificados, por meio de técnicas de encenação do usuário com o sistema.O cenário são histórias que explicam como cada usuário utilizaria o sistema, revelando suas facilidades. São aplicados para descobrir ou detalhar os requisitos, entender os processos de negócios e qual sistema irá suportá-lo e orientar as próximas fases da criação do software. Os objetivos dos caso de uso são descrever os requisitos funcionais, mapear o escopo, explicitando o limite do sistema, facilitar o entendimento do cliente acerca do desenvolvimento do software.

Uso de modelos de domínio: é realizado de forma incremental, ou seja a cada nova avaliação, são atribuído novos requisitos. Permite-se identificar as classes conceituais com o cenário em que está inserido.

Questionários: Os questionários podem ser uma boa opção de elicitação de requisitos quando os usuários estão em locais diferentes. Esses questionários podem ser do tipo múltipla escolha, com lista de verificação ou questões com espaço em branco. As questões devem ser de forma clara, e esse questionário deve conter uma explicação dirigida ao público feito por um alto executivo, para enfatizar a importância da pesquisa. Também deve ser feito um controle para o tipo de pessoas entrevistadas. Ao analisar as informações, é preciso documentar o que foi consolidado, enviando uma cópia do que foi descoberto aos entrevistados como forma de agradecimento pela dedicação.

Brainstorming: é uma técnica que permite a geração de ideias em reuniões. Para que a brainstorming seja bem sucedida, é preciso selecionar pessoas bem informadas, de diferentes grupos sociais, permitindo a exploração das ideias.

 As principais etapas para que se iniciem esse processo são:

• Seleção dos participantes;
• Explicar a técnica e as regras a serem seguidas;
• Produzir uma boa quantidade de ideias;

Nesta técnica, as ideias devem ser escritas em lousa ou em papel, e ao seu final é feito a análise de ideias, que se classificaram as de maior relevância de acordo com a prioridade.

Focus Group: Conjunto de até 12 pessoas que se reúnem em uma discussão informal, em busca de ideias qualitativas. Suas principais vantagens são que suas reuniões são flexíveis e rápidas visando esclarecer questões complexas para o desenvolvimento do sistema. Já as suas desvantagens são que deve serem feitos uma seleção criteriosa com os participantes e que as informações adquiridas nas reuniões não podem ser utilizadas em outro projeto.

Introspecção: Pode ser trabalhado junto com o Brandstorming. Nele procura-se imaginar o caminho do usuário no sistema.

Análise do Discurso: Esta técnica permite também trabalhar com o imaginário, que tenta observar o que texto diz, para levantar os melhores requisitos, posições dos atores, imagens e lugares.

Joint Application Development (JAD): Este método é representado por cooperação, entendimento e trabalho em grupo dos desenvolvedores. Ela facilita a visão de que o software venha a ter, estimulando os desenvolvedores a ter um sentimento de realização, posse e sucesso de produto. É necessário possuir quatro princípios básicos, entre eles:

• Dinamica de grupo: reuniões despertam a liderança e a criatividade entre usuários, líder, gerente e analistas.
• Uso de técnicas visuais: Aumentar o entendimento e comunicação;
• Manutenção do processo organizacional e racional: é empregado a análise top down, que reduz falhas e lacunas no projeto e é dado atenção a cada nível de desenvolvimento.
• Utilização de documentação padrão: é feito uma documentação em que todos os participantes assinam, promovendo a confiabilidade.

A JAD é composta por duas etapas, a de planejamento e a de projeto, e que cada etapa possui três fases, a adaptação, sessão e finalização.

E com isso, ela é melhor utilizada em projetos de pequeno ou médio porte. Para sistemas mais complexos, é necessários varias sessões para elaborar os requisitos.

Escalonamento Multidimensional: é uma técnica usada para a representação visual das proximidades do objeto. Com ele, é possível uma interpretação mais rica, através de uma matriz de proximidade. Para construir uma representação o algoritmo multidimensional utiliza- se de um termo chamado Stress, que significa que quanto mais próximo do zero o  Stress estiver, melhor a representação.