A ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE WETLANDS CONSTRUÍDOS
Por: Andrey Vedovello • 29/6/2021 • Seminário • 1.061 Palavras (5 Páginas) • 236 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP
FACULDADE DE TECNOLOGIA
EB106 – Trabalho Final
ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DE WETLANDS CONSTRUÍDOS
Andrey Felipe Vedovello,105863
Bruna de Oliveira Silva Santos, 167279
Diana Patrícia Sanches Cabral, 170028
Gabriela Bernardes de Carvalho Garcia, 183225
Laura Alencar Rodrigues, 238924
Limeira – São Paulo
2020
1. Introdução
É indiscutível que com o aumento da população mundial tem-se também o aumento na demanda por água potável, um recurso finito e indispensável para a vida dos seres vivos. Como consequência, grande parte desse líquido consumido torna-se esgoto doméstico ou industrial, que pode ser nocivo, ao meio ambiente e aos seres vivos, quando não tratado e descartado de maneira correta.
Zinato e Guimarães (2017) alegam que o despejo de águas residuais nos recursos hídricos leva a vários problemas, como a poluição hídrica, que eleva a concentração de matéria orgânica e consequentemente aumenta o consumo de oxigênio pelos seres vivos que fazem a decomposição da mesma, esse processo acaba diminuindo o oxigênio dissolvido prejudicando toda a vida marinha. Outro grande problema é na saúde pública, pois aumenta a via de transmissão de doenças.
Sendo assim, o presente trabalho tem o intuito de apresentar de forma sucinta um dos tipos de tratamento de esgoto mais eficazes, que possui como produto um efluente limpo capaz de voltar ao meio sem causar tantos danos, denominado Wetlands. Segundo Zinato e Guimarães (2017), esse tipo de tratamento possui um baixo custo de construção, manutenção e operação. Além disso, mostram também que existem exemplos desse tipo de tratamento no meio natural, que são os pântanos e os mangues.
2. Objetivo do trabalho
O presente trabalho tem como objetivo analisar a utilização dos modelos de Wetlands como uma alternativa sustentável para o sistema de tratamento de efluentes domésticos e industriais, tendo em vista sua eficácia e os benefícios atrelados a este método.
3. Estudo de caso
No Brasil, existem muitas regiões que não possuem tratamento de água e esgoto, no entanto o saneamento básico definido pela Lei Federal de nº. 11.445/2007 é um direito de todos os cidadãos e assegura as condições sanitárias básicas de saúde. A falta de saneamento principalmente em áreas rurais e pequenos municípios, podem gerar um agravamento na poluição do meio ambiente e contribuir para a precariedade das condições de saúde nessas áreas. Segundo Marques et al. (2018), a dificuldade de contemplação deste direito às comunidades de áreas rurais, municípios e locais pequenos está relacionada a problemas gerenciais, tecnológicos, financeiros e políticos.
Zinato e Guimarães (2017) alegam que, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 55,2% dos municípios brasileiros têm o serviço de coleta de esgoto; os municípios restantes fazem o descarte de esgoto bruto diretamente em corpos hídricos como mares e rios. Além disso, sabe-se que apenas 1/3 dos municípios brasileiros efetuam o tratamento de esgoto e em relação ao esgoto coletado, somente 68,8% recebe alguma forma de tratamento.
Em relação a tais problemas, novas tecnologias como o sistema de Wetland têm demonstrado ser uma técnica viável, natural, ecológica e de baixo custo para o tratamento de efluentes domésticos e industriais. Marques et al. (2018) define que esse sistema utiliza macrófitas que atuam em simbiose com microrganismos que podem agir em diferentes contaminantes, aprimorando os processos naturais.
Zinato e Guimarães (2017) definem Wetlands Construídas como um sistema alagado arquitetado para o tratamento de efluentes, que funcionam por gravidade, permeabilidade e ação da degradação biológica e podem ainda operar na remoção de matéria orgânica e na remoção e controle de nutrientes de esgotos. Em relação a esse novo método, os modelos mais utilizados são os de fluxo superficial (WFS); fluxo subsuperficial (WFSS); fluxo horizontal subsuperficial (WFHS); e fluxo vertical (WFV).
No Brasil segundo Zinato e Guimarães (2017), os sistemas de Wetlands aos poucos está sendo difundido e, além disso, trazem em seu estudo uma análise do cenário nacional sobre as estatísticas de implantação e utilização das Wetlands Construídas com base em 23 publicações sobre o assunto.
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