A Calibração de Vidrarias

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO[pic 1]

CURSO TÉCNICO EM QUÌMICA

COMPONENTES

PRÁTICA NÚMERO 03 (21/09/2017) – G2

CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS

DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL

PROFESSOR (A):

CIDADE

2017

II – OBJETIVO

Observar e analisar o tempo de escoamento das vidrarias;

Determinar teoricamente o valor medido em vidrarias volumétricas;

III – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS E REAGENTES

● Béqueres

● Termômetro

● Pipeta graduada de 10 mL

● Bureta de 25 mL

● Balão volumétrico de 100 mL

● Garras

● Cronômetro

● Água destilada

● Balança analítica

● Suporte universal

● Pêra

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Primeiramente montou-se o suporte universal com a garra para auxiliar na análise do tempo de escoamento da água nas vidrarias e separou-se 100 mL de água destilada em um béquer, aferindo a temperatura da água com um termômetro.

Pesou-se em uma balança analítica um béquer de 50 mL e pipetou-se o volume de 10 mL de água destilada em uma pipeta graduada. Foi observado e cronometrado o tempo de escoamento da pipeta. Após isso o béquer foi pesado com a água. Esse procedimento foi repetido três vezes.

Para a bureta foi usado o mesmo método: foi pesado um béquer de 50 mL e transferiu-se 25 mL de água destilada para a bureta, logo após foi observado e cronometrado o tempo de escoamento da bureta e pesado o béquer com a água, repetindo esse processo três vezes.

O terceiro procedimento foi feito pesando um balão volumétrico de 100 mL e após a pesagem, o seu conteúdo foi completado com água destilada até o menisco. Por fim pesou-se o balão com a água. Esse procedimento foi repetido três vezes.

IV – RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 TEMPOS DE ESCOAMENTO

4.1.1 PIPETA DE 10 mL

Os tempos de escoamento da pipeta graduada de 10 mL nos três procedimentos podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 1 - Tempo de escoamento observado na pipeta graduada de 10 mL

Amostra	Tempo (s)
1	10:93
2	11:09
3	10:75
Média das amostras	10:92

Comparando o tempo de escoamento aferido no experimento com o que deveria ser cronometrado segundo as normas técnicas, nota-se uma diferença relevante, já que segundo estas normas o tempo de escoamento para pipetas de 10 mL deveria ser de 15 segundos, como mostra a tabela abaixo:

Tabela 2 – Tempo de escoamento especificado para pipetas

Tempo mínimo de escoamento (s)	Tempo máximo de escoamento (s)	Diferença máxima permitida entre o tempo de escoamento observado e o especificado(s)	Capacidade nominal (mL)
15	30	3	5
15	40	3	10
25	50	4	25
30	60	5	50
40	60	5	100

Existem vários motivos que podem ter levado a esse resultado insatisfatório, como a retenção da água no interior da pipeta, o bico da mesma pode estar quebrada, etc.

4.1.2 BURETA DE 25 mL

Também foi cronometrado o tempo de escoamento da bureta de 25 mL. Os tempos medidos nos três procedimentos podem ser observados na tabela a seguir:

Tabela 3 - Tempo de escoamento observado na bureta de 25 mL

Amostra	Tempo (s)
1	17:49
2	21:26
3	28:25
Média das amostras	22:33

Os tempos encontrados para bureta de 25 mL tem uma variação bem maior que os da pipeta. Isso acontece devido ao fato de que essa vidraria não foi feita para esse tipo de análise, não tendo, portanto nenhuma norma técnica que auxilie na avaliação dos resultados obtidos.

4.2 ENSAIOS DO VOLUME

Para calibrar vidrarias volumétricas, deve-se calcular qual volume corresponde à massa escoada na mesma. A determinação desse valor é feito pela fórmula:

[pic 2]

Figura 1 – Fórmula para calcular o volume correspondente à massa escoada (ISO 4787)

No qual:

V20 = volume a temperatura de 20 ºC, em mL.

IL = resultado da pesagem com o recipiente cheio com água, em g.

IE = resultado da pesagem com o recipiente vazio, em g.

ρW = massa volúmica da água, a temperatura de calibração t, em g/mL.

ρA = massa volúmica do ar, em g/mL.

ρB = massa volúmica de referência das massas da balança (1,0 g/mL para balanças analíticas).

γ = coeficiente de expansão térmica do material da vidraria (borossilicato = 10.10-6 /ºC).