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A Extração e Caracterização dos Pigmentos do Espinafre

Por:   •  17/9/2018  •  Artigo  •  617 Palavras (3 Páginas)  •  604 Visualizações

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Extração e caracterização dos pigmentos do espinafre

Ted Wilson de Oliveira (G)

* tedwilson1907@hotmail.com.

Avenida Rodrigo Octávio, 6200, Coroado I, Cep: 69080-900, Manaus-AM

Palavras Chave: carotenoides, cromatografia, pigmentos vegetais.

Introdução

Os compostos químicos que dão cor às plantas são chamados pigmentos. O mais abundante destes é a clorofila, responsável pela cor verde em todos os vegetais. A ausência de pigmentos nas plantas, assim como em outros seres, resulta em albinos. Entretanto, a mistura gera vegetais com cores fortes como o espinafre que, além da clorofila, possui xantofila e β-caroteno, constituintes do grupo dos carotenoides – família de pigmentos amarelos, laranjas e vermelhos. Os carotenoides possuem, por exemplo, importância em funções ou ações biológicas nos seres humanos, como atividade pró-vitamínica A. Porém, as estruturas moleculares revelam características de polaridade e solubilidade diferentes para cada pigmento. Carotenos são apolares, pois são formados, exclusivamente, por átomos de hidrogênio e carbono. Em contrapartida, xantofilas são mais polares devido à presença de grupos funcionais oxigenados, daí o porquê de serem denominadas oxicarotenoides. Tal diferença estrutural favorece a separação e identificação por coluna cromatográfica constituída de fase estacionária hexanólica mais os eluentes.

Material e Métodos

Espinafre, hexano, clorofórmio, HCl concentrado, metanol P.A., metanol 92%, nitrito de sódio, solução de H2SO4, solução de KOH em metanol, solução saturada de NaCl, erlenmeyer, funil de separação, almofariz e pistilo, kitassato, papel de filtro, suporte universal e provetas. Transferiu-se para o erlenmeyer 5 folhas de espinafre trituradas e misturou-se com hexano, clorofórmio e metanol. Após o tempo de repouso, filtrou-se e lavou-se (2x20mL) com água. Em 10mL da parte extraída adicionou-se 5mL de solução de KOH em MeOH mais 10mL de água. Na camada orgânica no funil lavou-se com 10mL de água e 10mL de solução NaCl. A seguir, extraiu-se a xantofila após lavagem (2x30mL) de metanol 92% em que se gerou a fase metanólica e a orgânica. Às fases coloridas, adicionou-se àquela 2mL de ácido clorídrico e a esta 0,1g em 3mL de ácido sulfúrico para obtenção da xantofila e caroteno, respectivamente.

Resultados e Discussão

Foram trituradas 5 folhas de espinafre e misturadas com 45mL de hexano, 5mL de clorofórmio e 15mL de metanol e deixou-se em repouso a fim de separar a fase aquosa proveniente das folhas congeladas do vegetal. Em 10mL dessa fase extratora, adicionou-se 5mL de solução de 10% hidróxido de potássio em metanol e se verificou um leve escurecimento na camada superior, caracterizado pela saponificação das clorofilas, extraídas pelo solvente polar metanol. Na camada que ficou no funil de separação, lavou-se com 10mL dos solventes água e solução de NaCl, resultando em mais duas fases no funil, as quais se lavou com metanol 92% para extração da xantofila, visto que hexano é ineficaz para extração da mesma devido à apolaridade. Para provar a presença dos pigmentos nos solventes hexanólico e metanólico, adicionou-se a 2mL do primeiro uma mistura de 0,1g de nitrito de sódio em 3mL de solução de ácido sulfúrico em que houve a liberação de dióxido de nitrogênio, gás castanho-avermelhado tóxico e de cheiro irritante, e após um tempo incolorou a solução que ficara marrom. E à  4mL da fase metanólica adicionou-se 2mL de ácido clorídrico, tornando a solução clara e quase incolor.

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