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A Linguagem Química

Por:   •  23/10/2015  •  Artigo  •  4.795 Palavras (20 Páginas)  •  282 Visualizações

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O Ensino de Química requer o uso de diferentes linguagens

Na sociedade atual, diante do grande volume de informações e da velocidade com que estas chegam até nós, a escola tem que estar em constante evolução. Não é mais possível que a instituição de ensino seja comparada a transmissora de conhecimento e o professor ao detentor do mesmo. A escola deve ser um ambiente de estímulo à criatividade, busca e descoberta do conhecimento; de trocas de experiências e um meio de motivação à reflexão e à crítica.

O ensino de química requer um grande esforço por parte do professor tendo em vista, além da dificuldade que a própria disciplina traz consigo, devido ao volume de conceitos e mecanismos de ações, também um esteriotipo de complexidade. Ser um mediador na interação entre o objeto, que no caso é a matéria química, e os sujeitos (estudantes) não é uma tarefa fácil, e exige além de conhecimento acadêmico, uma busca pela metodologia mais adequada para uma melhor eficiência da relação ensino-aprendizagem.

O professor funciona apenas como mediador quando à medida que, possuindo um conhecimento acadêmico específico, consegue, através de formas variadas, guiar e estimular seus alunos a navegarem pelo conhecimento, fazerem suas próprias descobertas e desenvolverem sua capacidade de observar, pensar, comunicar e criar.

A linguagem é extremamente importante no processo de ensino–aprendizagem pois,  através dela é que se iniciará a compreensão do aluno sobre o conteúdo. Seja qual for a linguagem utilizada, esta deve ter uma interação com o sujeito para que nele seja gerado um estímulo de produção do conhecimento próprio, a chamada aprendizagem significativa.

O conhecimento e o uso de diferentes linguagens como metodologia no ensino de química visa, acima de tudo, alcançar com mais eficiência o objetivo principal da escola que é o aprendizado. Cada aluno, como ser individual e distinto, possui seu arsenal de conhecimento e experiências que interferirão na captação das novas informações assim como também na construção do seu próprio conhecimento.  Sendo assim, a utilização de diferentes linguagens devem funcionar como mecanismo motivacional da capacidade dos alunos em construírem seus próprios conhecimentos, ampliando suas visões a respeito da realidade e tornando-se agentes críticos da mesma.

REFERENCIAL TEÓRICO

“A estrutura da língua que uma pessoa fala influencia a maneira com que esta

pessoa percebe o universo ...”

 “Uma palavra que não representa uma idéia é uma coisa morta, da mesma forma que

uma idéia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.” (Lev Vygotsky).

De acordo com Vygotsky, a linguagem tem papel fundamental na  maneira como o indivíduo compreende o mundo a sua volta. Inclusive influenciando a forma como a mesma percebe este mundo, tal a importância da linguagem. Ele aborda sobre a fala mas podemos estender para os diversoso tipos de linguagem. Segundo  Vygotsky, as atividades cognitivas básicas do indivíduo ocorrem de acordo com sua história social e acabam se constituindo no produto do desenvolvimento histórico-social de sua comunidade (Luria, 1976). Portanto, as habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não são determinadas por fatores congênitos.  São, isto sim, resultado das atividades praticadas de acordo com os hábitos sociais da cultura em que o indivíduo se desenvolve. Conseqüentemente, a história da sociedade na qual a criança se desenvolve e a história pessoal desta criança são fatores cruciais que vão determinar sua forma de pensar. Neste processo de desenvolvimento cognitivo, a linguagem tem papel crucial na determinação de como a criança vai aprender a pensar, uma vez que formas avançadas de pensamento são transmitidas à criança através de palavras (Murray Thomas, 1993).

Referências:

  1. ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O ENSINO MEDIADO POR COMPUTADORES, Cíntia Maria Basso
  2. Concepções de ensino-aprendizagem; recanto das letras site G AGUIAR.......site

ALGUMAS REFLEXÕES

SOBRE O ENSINO MEDIADO POR COMPUTADORES

Cíntia Maria Basso

1. INTRODUÇÃO

As rápidas mudanças ocorridas na sociedade e o grande volume de informações estão refletindo-se no ensino, exigindo, desta forma, que a escola não seja uma mera transmissora de conhecimentos, mas que seja um ambiente estimulante, que valorize a invenção e a descoberta, que possibilite à criança percorrer o conhecimento de maneira mais motivada, crítica e criativa, que proporcione um movimento de parceria, de trocas de experiências, de afetividade no ato de aprender e desenvolver o pensamento crítico reflexivo.

A integração dos computadores nas escolas, vista como uma dinâmica de interação, como um ambiente rico para a mediação entre sujeitos, oferece condições para envolver as crianças e estimular a investigação, além de possibilitar paradas e retornos para interpretação, análise, atendendo o ritmo de cada criança.

Enfatiza-se, através da informática educativa, a descoberta e a invenção, possibilitando a formação de alunos capazes de construir seu próprio conhecimento, tornando-se pesquisadores autônomos à medida que descobrem novas áreas de seu interesse. O professor precisa transformar-se em um guia, capaz de estimular seus alunos a navegarem pelo conhecimento, fazerem suas próprias descobertas e desenvolverem sua capacidade de observar, pensar, comunicar e criar.

Neste artigo, sistematizarei alguns pressupostos básicos das teorias do desenvolvimento de Piaget, Wallon e Vygotsky. Após, farei algumas reflexões sobre a integração de computadores nas escolas e as contribuições da teoria do desenvolvimento de Vygotsky, a qual explica a interatividade e a construção coletiva do conhecimento em um meio sócio-histórico cultural, propiciada pela mediação aluno/aluno; aluno/professor; aluno/computador; enfim, aluno/conhecimento.

2. TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET

Formado em Biologia, Piaget especializou-se nos estudos do conhecimento humano, concluindo que, assim como os organismos vivos podem adaptar-se geneticamente a um novo meio, existe também uma relação evolutiva entre o sujeito e o seu meio, ou seja, a criança reconstrói suas ações e idéias quando se relaciona com novas experiências ambientais. Para ele, a criança constrói sua realidade como um ser humano singular, situação em que o cognitivo está em supremacia em relação ao social e o afetivo.

Na perspectiva construtivista de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem-meio, sujeito-objeto. Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá-lo a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto. A adaptação ocorre através da organização, sendo que o organismo discrimina entre estímulos e sensações, selecionando aqueles que irá organizar em alguma forma de estrutura. A adaptação possui dois mecanismos opostos, mas complementares, que garantem o processo de desenvolvimento: a assimilação e a acomodação. Segundo Piaget, o conhecimento é a equilibração/reequilibração entre assimilação e acomodação, ou seja, entre os indivíduos e os objetos do mundo.

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