A Pesquisa Cientifica Coronavírus
Por: Caio Cunha • 12/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.030 Palavras (5 Páginas) • 179 Visualizações
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CAIO DOS SANTOS CUNHA
RIAN NICOLAS DE SOUZA BORGES
REDAÇÃO CIENTÍFICA.
Salvador
2020
O novo coronavírus e a Pandemia.
A pandemia causada pelo novo coronavírus, o COVID-19, tem causado uma mobilização mundial por tratar-se de um vírus transmissível através de gotículas, compartilhamento de objetos ou contaminação por superfícies contaminadas.
O potencial que este vírus tem se dá a sua capacidade de resistência em superfícies inanimadas em temperatura ambiente que pode durar até nove dias.
Por recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), deve-se utilizar as bases de álcool gel com formulação de 80% etanol ou 70% de 2-propanol por apresentar alta eficácia contra o vírus.
O estudo do artigo “Persistência dos coronavírus nas superfícies e a sua inactivação com biocidas” apresenta testes de suspensão contra o SARS-CoV e MERS-Cov que relatam um eficaz combate pela desinfecção das superfícies contaminadas quando utilizados etanol a 62% e 71%, peróxido de hidrogênio a 0,5% ou hipoclorito de sódio a 0,1% em tempo estimado de 01 minuto. Os resultados apresentados com com biocidas como o digluconato de clorhexidina a 0,02% e o cloreto de benzalcônio a 0,05% e 0,2% foram menos eficazes, assim, pode-se afirmar que os resultados para o SARS-Cov-2 serão semelhantes.
Os dados experimentais do artigo avaliam a desinfecção de superfícies como ferro, alumínio, metal, madeira, papel, vidro, plástico, borrachas de silicone, luvas de latex e PVC, e demonstrou que o álcool (62%-71%) foi o mais eficaz contra diversos coronavírus em um espaço tempo de um minuto, superando o hipoclorito de sódio numa concentração de 0,1% e 0,5% e do glutaraldeído com concentração a 2%.
Alguns dados tabelados relacionando tipos de superfícies, vírus, temperaturas e persistência do vírus:
Superfície | Vírus | Temperatura | Persistência | |
Alumínio | HCoV | 21°C | 2 a 8 horas | |
Metal | SARS-CoV | 21°C | 5 dias | |
Papel | SARS-CoV | 21°C | 4 a 5 dias | |
Vidro | SARS-CoV | 21°C | 4 dias | |
Plástico | MERS-CoV | 20°C | 48 horas. |
Há também o estudo de concentrações de álcoois etanol e propanol e a inativação de coronavírus por testes de suspensão. Alguns dos dados relacionando o agente biocida, a concentração, o vírus, tempo de exposição e a redução do infectividade do vírus tabelados:
Agente biocida | Concentração | Vírus | Tempo de exposição | Redução viral (log10) |
Etanol | 95% | SARS-CoV | 30 segundos | ≥ 5.5 |
Etanol | 80% | MERS-CoV | 30 segundos | ≥ 4.0 |
Etanol | 70% | MHV | 10 minutos | > 3.9 |
Etanol | 70% | CCV | 10 minutos | > 3.3 |
2-Propanol | 100% | SARS-CoV | 30 segundos | ≥ 3.3 |
2-Propanol | 75% | SARS-CoV | 30 segundos | ≥ 4.0 |
2-Propanol | 75% | MERS-CoV | 30 segundos | ≥ 4.0 |
2-Propanol | 50% | MHV | 10 minutos | > 3.7 |
Utilização do álcool em gel em combate ao novo coronavírus.
Uma prática adotada em nossa sociedade em tempos de pandemia por vírus transmissíveis, é o uso do álcool em gel em concentração de 70% como atuador antisséptico para limpeza de mãos e superfícies.
Por antissepsia definimos ser a destruição ou eliminação microbiana na pele e mucosas, sendo que os antissépticos em gerais devem ter como algumas de suas propriedades: Ação germicida sobre os micro-organismos num tempo que dure até quinze segundos ou em uma lavagem geral das mãos, efeito provisório residual que dure horas após a utilização do produto antisséptico, baixa toxicidade e inativação por matéria orgânica, além de apresentar estabilidade e não ser corrosivo.
Os mais utilizados em práticas como higienização das mãos no cotidiano e em práticas hospitalares são os álcoois etílico e isopropílico.
Algumas literaturas tratam do álcool gel como agente tradicional de limpeza das mãos contaminadas, dentre elas uma realizada no Brasil, em 2004 (Hernandes et al., 2004) e outra realizada em 2007 (Andrade et al. 2007) classificam a atuação do álcool gel eficaz contra bactérias hospitalares.
A atuação do álcool gel dá-se por processo de desnaturação protéica, após isso, interferência no metabolismo e por conseguinte a divisão celular do micróbio, sendo este desnaturalizado de forma mais rápida quando acompanhado de água. Torna-se então um bactericida eficaz contra bactérias, fungos e vírus. (Andrade et al., 2007).
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