A Segurança e Técnicas Básicas de Laboratório
Por: Geraldo Neto • 3/7/2019 • Relatório de pesquisa • 1.063 Palavras (5 Páginas) • 157 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICEX DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BELO HORIZONTE, MG, BRASIL |
Segurança e Técnicas Básicas de Laboratório
Química (PB1)
RELATÓRIO No 02
Destilação fracionada;
Destilação por arraste a vapor.
AUTORES:
Geraldo Marcos de Souza Neto
Luan Nunes Oliveira
Belo Horizonte, 20 de novembro de 2018.
1. INTRODUÇÃO
O cravo-da-índia (Eugenia caryophyllata Thunb.) é uma planta arbórea, nativa das Ilhas Molucas (Arquipélago da Insulíndia, Indonésia), possui odor fortemente aromático, sabor ardente e característico. Das sementes, de aroma ativo, extrai-se o eugenol, incolor e de sabor picante. (SILVESTRI et al. 2010)
O eugenol, um óleo essencial, é muito usado na odontologia como componente de seladores e outros produtos antissépticos de higiene bucal, tendo comprovado efeito bactericida (MAZZAFERA, 2003) A tabela a seguir (Tabela 1) apresenta as principais propriedades físico-químicas do eugenol.
Tabela 1. Propriedades Físico-químicas do Eugenol | |
Propriedade | Valor |
Estado físico | Líquido |
Cor | Incolor, pouco amarelado |
Odor | Característico de Eugenol |
Ponto de Fusão | -9oC |
Ponto de Ebulição | 253,5oC |
Densidade | 1,064 - 1,070 |
Solubilidade | Insolúvel em água |
Disponível por S.S. White Artigos Dentários Ltda. No sítio eletrônico: |
De acordo com ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) disponibilizada pela empresa S.S. White em seu sítio eletrônico, o eugenol pode causar irritação nas mucosas ocasionando sensação de anestesia local. A mesma propõe os seguintes cuidados em relação a acidentes com essa substância: Remover roupas contaminadas, lavando-as com água corrente e com sabão abundantemente; em contato com os olhos deve-se remover lentes de contato, não friccionar, e lavar com água corrente por 15 minutos no mínimo; no caso de ingestão deve-se dar grandes quantidades de água.
Uma das formas mais utilizadas na extração do eugenol a partir do cravo-da-índia é a destilação por arraste de vapor. Muito usado industrialmente, este método se baseia no arraste, ocasionado pelo fluxo de vapor d`água de compostos voláteis ao entrar em contato com a matéria-prima sendo que estes, juntamente com a água, vão se condensar em seguida formando uma mistura bifásica podendo ser separada posteriormente pela diferença de densidade. (SARTOR, 2009).
Este processo se mostra melhor na extração de óleos essenciais porque a altas temperaturas podem ocorrer mudanças na estrutura da substância. O uso de elevadas temperaturas causa problemas como danos aos componentes de aromas, fragrâncias e princípios ativos farmacêuticos. (MARTINEZ et al. 2003)
2. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho foi: a extração do eugenol do cravo a partir de destilação por arraste a vapor.
3. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES
Alonga; Argola metálica; Balança de precisão; Balões de fundo redondo; Béqueres; Bomba de pressão sob vácuo; Capela de exaustão; Condensador reto; Erlenmeyer; Espátula; Funil analítico; Funil de decantação; Garra metálica; Mangueira de látex; Pérolas de vidro; Provetas; Rotaevaporador; Suporte universal; Termomêtro; Tela de amianto.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL/METODOLOGIA
Inicialmente, foi realizada a montagem do sistema para realização da destilação por arraste a vapor, de acordo com a figura 1.
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Figura 1. Montagem para destilação por arraste a vapor.
Adicionou-se um volume de água destilada correspondente à 3/4 do balão de fundo redondo de 100 mL. O balão foi preso por garras acima da tela com o bico de Bunsen. No segundo balão acrescentou-se 100 gramas de cravo mascado macerado, da marca Pirata. Em seguida, deu-se inicio ao processo de destilação, recolhendo-se todo o líquido resultante da destilação, observando e anotando o volume recolhido. Adicionou-se ao líquido um pouco de cloreto de sódio, para diminuir a solubilidade do eugenol e reservou o mesmo para a continuação do experimento na próxima semana.
Transferiu-se então o líquido destilado para um funil de decantação, adicionando-se 1/3 mL de clorofórmio à mistura do funil de decantação, e realizou-se a homogeneização do mesmo através de movimentos em forma de ∞, aliviando a pressão interna quando necessário. Quando houve uma notável separação das partes, a parte inferior, referente a parte orgânica, foi recolhida em um béquer. O processo foi realizado 3 vezes.
Adicionou-se então uma ponta de espátula de sulfato de sódio anidro (Na2SO4) a fase orgânica recolhida. Esta mistura foi então submetida à filtração simples, descartando o sal na lixeira comum.
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