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Avaliação da atividade antifúngica da quitosana e seus derivados contra o fungo Penicillium expansum

Por:   •  12/9/2015  •  Relatório de pesquisa  •  4.145 Palavras (17 Páginas)  •  386 Visualizações

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Relatório de Estágio

Avaliação da atividade antifúngica da quitosana e seus derivados contra patógenos pós-colheita

Estagiária: Leila Dorácio Mendes

Orientador: Dr. Odilio Benedito Garrido de Assis

São Carlos, dezembro de 2014

Sumário

1. Dados do Projeto 3

2. Introdução. 3

3. Revisão Bibliográfica 4

3.1 Contaminação por fungos 4

3.2 N,N,N-trimetilquitosana e sua atividade antifúngica 5

4. Objetivos 7

5. Material e Métodos 7

5.1 Materiais 7

5.2 Obtenção dos derivados de quitosana 7

5.3 Obtenção e preparação da solução de esporos 7

5.4 Ensaio in vitro 8

5.4.1 Crescimento radial dos fungos em placa de Petri 8

5.4.2 Teste de germinação dos fungos 8

6. Resultados e discussão 9

6.1 Teste de crescimento radial da colônia do fungo Penicillium Expansum em placa de Petri 9

6.2 Teste de germinação de esporos do fungo Penicillium Expansum 14

7. Conclusões 17

8. Referências 18

1. Dados do Projeto

-Período: 01/06/2014 a 31/12/2014

-Carga Horária para controle: 20 horas semanais de atividades laboratoriais realizadas segundo a divisão abaixo:

Período /Dia Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Manhã (8 – 10 h)

(10 – 12h)

Tarde (14 – 16 h)

(16 – 18 h)

-Área: Pós-colheita

2. Introdução.

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas mundial, tornando a fruticultura, um dos setores estratégicos para a geração de emprego e renda com produção anual de cerca de 40 milhões de toneladas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), o volume das exportações ainda é pequeno, principalmente, devido a grande demanda interna, às exigências do mercado importador e ao elevado volume de perdas, estimado em 10 milhões de toneladas/ano, correspondendo a 30-40% da produção (SÁ et al., 2008).

Durante o armazenamento de algumas frutas no período denominado pós-colheita, podem ocorrer perdas de importância econômica devido às degradações da decomposição orgânica, resultantes da atividade de patógenos. Penicillium expansum e Botrytis cinerea são exemplos bem conhecidos de patógenos pós-colheita (CALVO et al., 2007). Os produtos que não são manipulados adequadamente e/ou tratados com inibidores microbianos eficientes podem perder a qualidade no período pós-colheita. A redução das perdas nesse período, na cadeia produtiva de frutas, representa um constante desafio, considerando que as frutas são órgãos que apresentam alto teor de água e nutrientes e, mesmo depois da colheita até a senescência, mantêm vários processos biológicos em atividade, apresentando desta forma maior predisposição a distúrbios fisiológicos, danos mecânicos e ocorrência de podridões.

Na perspectiva de reduzir as podridões pós-colheita, várias tecnologias têm sido adotadas como, controle químico (inibidores de amadurecimento, fungicidas sistêmicos e protetores), controle biológico (antagonistas), controle físico (refrigeração, tratamento térmico, radiação, atmosfera controlada e modificada) e indução de resistência (elicitores bióticos e abióticos).

O uso de produtos químicos sintéticos como fungicidas, foi um dos primeiros métodos de controle da ação de fungos pós-colheita em maçã. Entretanto, vários fungicidas não são permitidos para tratamento pós-colheita ou tem sido removidos do mercado devido os possíveis riscos toxicológicos. Assim, métodos alternativos de controle são necessários (CALVO et al., 2007).

Visando dar sequência a estudos realizados na unidade da Embrapa Instrumentação que empregam inibidores naturais contra fungos pós-colheita, esta pesquisa objetiva determinar a capacidade antifúngica da quitosana e seus derivados hidrossolúveis para emprego como revestimento comestível.

3. Revisão Bibliográfica

3.1 Contaminação por fungos

Os fungos estão frequentemente envolvidos com as podridões de frutos, sendo o grupo de microrganismos de maior atividade e responsável por 80% a 90% do total de perdas causadas por agentes microbianos (Silveira et al. 2005). Os fungos são organismos eucariontes, haplóides e são capazes de crescerem ilimitadamente. Sua fase vegetativa se apresenta como duas unidades morfológicas básicas, a leveduriforme (células únicas, delimitadas e pequenas) e a hifal (células extremamente polarizadas, na forma de tubos, que se estendem, continuamente, em suas extremidades). Quando ocorrem em conjunto em diversos substratos, como as frutas, as culturas ou colônias de fungos podem ser vistas a olho nu (LEITE, C.L. et al., 2006).

No Brasil se destacam os fungos do gênero Penicillium e Alternaria, que são patógenos que iniciam a infecção em maçãs principalmente no período pós-colheita. A Alternaria sp. está associada à podridão negra (Valdebenito-Sanhveza & Cantillano, 1987) e o Penicillium expasum talvez seja o microrganismo que cause maiores níveis de degradação (Pepeljnjak et al. 2002), gerando em sua atividade a micotoxina patulina que mesmo em pequenos proporções introduz alterações significativas no sabor. Esses fungos são considerados necrófagos e parasitários, ou seja, a infestação ocorre facilmente e se propaga

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