BIOMASSA: FONTE SUSTENTÁVEL DE ENERGIA NA INDÚSTRIA BRASILEIRA
Por: biabenuto • 7/6/2016 • Relatório de pesquisa • 2.227 Palavras (9 Páginas) • 463 Visualizações
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BIOMASSA: FONTE SUSTENTÁVEL DE ENERGIA NA INDÚSTRIA BRASILEIRA
Disciplina: Química Ambiental A (2QUI060)
Docente: Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes
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Londrina
19/02/2016
INTRODUÇÃO
O uso de fontes de energia e de tecnologias modernas de uso final levou a mudanças qualitativas na vida humana, proporcionando tanto o aumento da produtividade econômica quanto do bem-estar da população (GOLDEMBERG, 2005). No entanto, um aumento na qualidade de vida humana também reflete em um aumento no consumo de energia e na necessidade de uma produção maior de energia.
Serviços energéticos somente são adquiridos se uma organização possui infraestrutura, tecnologia e fonte de energia. Entretanto, o que realmente importa para os consumidores é o custo beneficio em que essa energia é gerada. O planejamento energético precisa considerar também não apenas a quantidade de energia a ser disponibilizada para a sociedade, mas também em que região ela é mais prioritária e de que forma pode ser acessível aos menos favorecidos. Portanto, é um setor de grande capacidade de geração de empregos que variam em quantidade e qualidade dependendo do tipo de energia produzida e onde ela é disponibilizada, devido a isso, se faz necessário a criação de normas e políticas energéticas regulamentadoras para a segurança e bem-estar dos empregados deste setor.
Para maior progresso econômico, é necessário que o Brasil aumente sua disponibilidade energética para assim ter meios de melhorar as condições de vida da população. Esta energia deve ser originada através de diversas fontes energéticas, uma vez que é mais interessante depender de vários energéticos primários do que de apenas um ou dois (GOLDEMBERG, 2005).
A maior parte de toda a energia consumida no mundo provém do petróleo, do carvão e do gás natural. Essas fontes são limitadas e com previsão de esgotamento no futuro, portanto, a busca por fontes alternativas de energia é de suma importância (FERRARI, 2005). Os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas fontes fósseis, o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e põem em risco o suprimento a longo prazo no planeta. É preciso mudar esses padrões estimulando as energias renováveis, e, nesse sentido, o Brasil apresenta uma condição bastante favorável em relação ao resto do mundo.
A utilização da biomassa para geração de energia ainda se é um sinônimo de pobreza e subdesenvolvimento, já que ela é pouco utilizada pelos países desenvolvidos. Seu uso carecia do emprego de tecnologias avançadas e, portanto, era caracterizado pela baixa deficiência (ROSILLO-CALLE, 2005). Entretanto, esta percepção, no Brasil, vem mudando drasticamente, pois é utilizada de uma forma altamente eficiente para a produção de grandes quantidades de etanol. A biomassa pode ser usada para fazer biocombustível, como o etanol celulósico; bioenergia, como aquecimento e eletricidade; ou como novos bioprodutos que de outra forma seriam fabricados a partir de petróleo.
É possível notar um aumento crescente nos investimentos na exploração do potencial dos combustíveis renováveis, em especial a biomassa (SOARES, 2002). A biomassa é definida como qualquer material orgânico proveniente de plantas ou animais e incluem itens como resíduos de madeira urbanos, resíduos florestais, aparas de gramíneas perenes, resíduos agrícolas e lixos sólidos municipais. Para um país tropical como o Brasil, o substituto natural para o petróleo é a biomassa. Além de ser renovável ela reduz a poluição, pois é formada a partir de CO2 e H2O, aproveitando a energia solar (SCHUCHARDT, 2001).
O balanço energético nacional (BEN) é feito anualmente pelo Ministério de Minas e Energia em que consiste em um relatório sobre a oferta e consumo de energia no Brasil, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia. O balanço do ano de 2009 (BEN, 2010) relatou uma produção de energia, originada a partir da biomassa, de cerca de 5,4% da matriz total. Em 2014, o balanço relatou um aumento de 1,9% na oferta de energia através da biomassa, apresentando um total de 7,3% da matriz energética nacional (BEN, 2015).
O interesse na obtenção de energia elétrica a partir da biomassa tem aumentado no Brasil por ser um método de geração mais barato. Devido ao aumento da produção de cana-de-açúcar, o descarte do principal resíduo, a vinhaça, tornou-se inviável ao longo dos anos, sendo necessário um destino alternativo para esta biomassa, portanto desenvolveram-se métodos de geração de energia capazes de transformar os gases liberados pela vinhaça em energia elétrica. Indústrias e agricultores têm buscado produzir sua própria energia elétrica com a queima da biomassa, alguns exemplos são as indústrias de papel e celulose, nas indústrias de carvão vegetal e aço.
Este trabalho tem como objetivo mostrar que a matriz energética brasileira vem crescendo no âmbito que diz respeito a sustentabilidade, e a diversificação das fontes alternativas de energia elétrica como foco principal a geração de energia através da biomassa.
JUSTIFICATIVA
O interesse na pesquisa em relação às fontes sustentáveis de energia vem aumentando a cada ano devido à grande preocupação, em relação à poluição e limitação quantitativa, que os combustíveis fósseis vêm trazendo. Portanto, é necessário o estudo e discussão sobre as fontes renováveis de energia e avaliar as vantagens e desvantagens da implantação de métodos alternativos de geração de energia nas indústrias. Para que isto aconteça é necessário investimentos governamentais em pesquisa e desenvolvimento industrial, mostrando que o governo está aberto a novas experiências e possíveis fontes de energia.
REFERENCIAL TEÓRICO
As tecnologias de produção de energia a partir da biomassa podem ser classificadas em dois grandes grupos: as baseadas na combustão direta da biomassa, englobando as centrais elétricas com ciclos a vapor; e aqueles em que não são empregados combustíveis derivados – gasosos ou líquidos, de tecnologias baseadas na gaseificação ou pirólise da biomassa. (ROSILLO-CALLE et al.; 2005) O processo de gaseificação é realizado sob temperatura elevada, cima de 800°C, com um longo tempo de residência (BRIDGWATER, 2006) gerando hidrogênio, monóxido de carbono, dióxido de carbono e água através da combustão parcial (MOHAN et al., 2006). A liquefação e a pirólise são processos termoquímicos diferenciados que ocorrem na ausência de oxigênio, no entanto, ambos decompõem termicamente os compostos orgânicos da biomassa em produtos líquidos (DERMIBAS, 2000; BRIDGWATER, 2006) denominados bioóleo. Combustíveis líquidos premium, como os hidrocarbonetos leves e misturas aromáticas similares à gasolina ou diesel, que poderiam ser produzidos por catálise, são algumas aplicações sugeridas para o bioóleo. (ROSILLO-CALLE et al.; 2005)
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