ESTUDOS DE CONHECIMENTO ENOMATEMÁTICO E PESQUISAR
Por: Maridinda • 13/3/2018 • Artigo • 637 Palavras (3 Páginas) • 236 Visualizações
Direção Acadêmica - DA/ Coordenação de Ensino – CE[pic 1][pic 2]
Curso de Especialização em Educação do Campo
Componente Curricular: Educação do Campo e Etnomatemática I
Prof. Ediênio Vieira Farias
Aluno(a): MARIZÂNGELA RIBEIRO DOS SANTOS
A ETNOMATEMÁTICA E A PESQUISA RESSIGNIFICANDO SABERES
O artigo de Rosenilde Nogueira Paniago, Simone Albuquerque da Rocha e Josenilde Nogueira Paniago, estuda a pesquisa como possibilidade de ressignificação das práticas de ensino de Ciências e Matemática, em uma escola do campo em Mato Grosso. Empenhados em conhecer o que os profissionais percebem, a pesquisa usou uma abordagem qualitativa, tendo a observação participante, diário de campo e entrevistas como instrumentos centrais da mesma. Um artigo de leitura bastante aprazível, apresenta em sua estrutura um breve referencial teórico contendo os principais autores e seus conhecimentos sobre a ação e reflexão da pesquisa articuladora do processo de ensino e aprendizagem dentro do contexto das Ciências Naturais e Matemática na educação do/no campo como; D’AMBROSIO, FREIRE, LUDKE, CHALMERS, TRIVELATO, MOLINA, FOUREZ E DEMO, quanto a metodologia, apresenta-se bastante concisa e bem estruturada, alicerçada nos referenciais de BOGDAN E BIKLEN, E ANDRÉ, e as considerações finais foram sucintamente discutidas. O artigo nos permite uma melhor compreensão e reafirmação da importância da etnomatemática no Ensino das Ciências Naturais e Matemática, visto como, um vasto campo de ideias e métodos de muito valor quando se trata do desenvolvimento intelectual do aluno, existindo, portanto, configurações e contextos que constituem a moldura e o conteúdo para o debate da diversidade cultural e suas implicações nos processos educativos. Pensando numa escola dinâmica e atuante não podemos ignorar a necessidade de uma Educação na diversidade, para que esta contemple as expectativas do atual tempo histórico. Assim, como ficou evidenciado neste artigo, com a realização das atividades de plantio, utilizando todos os conhecimentos, desde os científicos aos populares; os professores não podem mais trabalhar no aspecto de repasse de informações, pois eles já não são os detentores absolutos do saber, e precisam perder a atitude dominadora para assumir o papel de mediadores, pesquisadores, e principalmente, ouvintes, pois só assim é possível a construção do diálogo numa educação libertadora. O aluno precisa ser sujeito de sua própria história em suas múltiplas relações com outros sujeitos, o vulto histórico e episódico não é mais soberano e exclusivo, deixa de ser o mais importante para colocar em destaque as pessoas comuns que escrevem a história da humanidade no dia a dia, como feito naquela comunidade pesquisada; envolvendo não só a comunidade escolar mas também a comunidade local ao entorno da escola. Ao admitirmos que nossas crenças, valores e saberes, não são os únicos possíveis e corretos, e que há várias formas de ler e compreender o mundo, estaremos em vistas de um enfoque pluricultural envolvendo nós mesmos, nosso grupo, família e comunidade. A pesquisa é de grande relevância, uma vez que, a mesma é um ato dinâmico de conhecimento centrado na descoberta, na análise, na intervenção e na transformação da realidade dos que nela vivem. Portanto faz-se necessário ressignificar práticas docentes a partir dos conhecimentos culturais trazidos pelos alunos (etnomatemática), ressaltando a construção do conhecimento que se dá num processo permanente. Onde o novo papel do professor será o de gerenciar, de facilitar o processo de aprendizagem e interagir com o aluno na produção e crítica de novos conhecimentos, e isso é essencialmente o que justifica a pesquisa. Ao engajar o professor na pesquisa, para que este construa o processo junto ao aluno, buscando alternativas de ressignificar o ensino das Ciências Naturais e Matemática numa abordagem Etnomatemática, propõe-se a instigar e envolver os professores na busca de um ensino prazeroso e relacionado aos aspectos da natureza e da diversidade cultural trazida pelos alunos. Tornando este professor também um constante pesquisador, que é o ponto chave para uma formação continuada.
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