EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE CRAVO DA ÍNDIA EXTRAÇÃO ÁCIDO-BASE PARA SEPARAÇÃO DOS CONSTITUINTES DO ÓLEO DE CRAVO
Por: Gustavo Silveira • 29/7/2022 • Relatório de pesquisa • 1.386 Palavras (6 Páginas) • 550 Visualizações
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RELATÓRIO ORGÂNICA EXPERIMENTAL
EXPERIMENTOS 3 E 4
EXTRAÇÃO DO ÓLEO DE CRAVO DA ÍNDIA
EXTRAÇÃO ÁCIDO-BASE PARA SEPARAÇÃO DOS CONSTITUINTES DO ÓLEO DE CRAVO
Discente:
Gustavo Silveira
Docente:
Karen Nicacio
ALFENAS
2022
- INTRODUÇÃO
Há muito tempo atrás, os seres humanos descobriram a eficácia das plantas para meios medicinais. Foi assim, que atribuíram a certo grupo de plantas o nome “plantas medicinais”, e com o desenvolvimento e globalização foram aprimorando técnicas que possibilitam usufruir ainda mais destas plantas.
Plantas medicinais são aquelas que possuem alguma substância que apresenta atividade biológica, usada na medicina popular, já os óleos essenciais são classificados como misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, com características odoríferas, sabor acre (ácido) e consistência oleosa.
Neste trabalho foi extraído o óleo essencial dos botões florais do cravo-da-índia, que possui em sua estrutura principalmente eugenol e acetato de eugenia, por meio da destilação por arraste de vapor.
Dentre todas as substâncias presentes no óleo do cravo-da-índia, as em maior abundância são eugenol e acetato de eugenia que são Terpenos Fenólicos, e pelo fato do eugenol ser um fenol e apresentar características ácidas (pKa ≈ 10; reage com base forte) é possível realizar a separação deles.
Por meio da extração ácido-base, as substâncias de comportamento ácido tornam-se sais solúveis em água, e assim, é capaz de se separar dos compostos insolúveis em água. E para tornar o sal neutro novamente, é necessário acidificá-lo até pH neutro, ou levemente ácido.
- OBJETIVOS
Tem-se como objetivo isolar óleos essenciais de seus respectivos tecidos vegetais, usando o cravo-da-Índia como exemplo, através da destilação com arraste de vapor (eugenol).
Execução de uma extração ácido-base dos compostos orgânicos obtidos a partir do cravo-da-Índia.
- MATERIAIS
- 10 g de botões florais de cravo-da-Índia;
- Balão de destilação de 500 mL com cacos de porcelana;
- Condensador;
- Manta de aquecimento;
- Béquer.
- 100ml de suspensão dos óleos extraídos
- Funil de separação
- Erlenmeyers
- Acetato de etila
- Hidróxido de sódio 10%
- Ácido clorídrico 10%
- Rota-evaporador
- PROCEDIMENTO
Para ser realizada a extração do óleo essencial do cravo-da-Índia, foi montado um aparato de destilação simplificado. Sendo assim, adicionou-se 10,0 g de botões de cravo-da-Índia, junto com 250 mL de água destilada. Aqueceu-se suavemente o balão em manta de aquecimento com cacos de porcelana, até se recolher cerca de 100 mL do destilado no béquer de 500 mL.
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Figura 1 – Sistema de destilação utilizado no experimento, utilizando um béquer no lugar do erlenmeyer.
Foi transferido para um funil de separação de capacidade adequada para 100 mL da suspensão de óleo de cravo da índia. Foi extraído a suspensão de acordo com as etapas:
Na Etapa 1 adicionou-se 25 mL de solvente orgânico (acetato de etila), agitou, e deixou separar as fases. A fase aquosa foi recolhida em Erlenmeyer apropriado (fase aquosa 1) e a fração orgânica em outro Erlenmeyer (fase orgânica 1) e reservou.
Na Etapa 2: Retornou-se a fase aquosa 1 foi retornada ao funil de separação e acrescentou-se mais 25 mL de acetato de etila, repetindo-se o procedimento. Recolheu-se novamente a fase aquosa no Erlenmeyer apropriado (fase aquosa 1).
Na Etapa 3: Retornou-se no funil ainda contendo a fase orgânica resultante da etapa 2, a fração orgânica contida no Erlenmeyer reservado (fase orgânica 1).
Na Etapa 4: seguiu-se a extração com hidróxido de sódio conforme o Esquema 3, apresentado a seguir:
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Etapa 5: Ao final das extrações destilou-se os produtos no evaporador rotatório, estimando-se as quantidades de eugenol e acetileugenol presentes no cravo da índia utilizado.
- RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tendo em vista o sistema utilizado, o aquecimento permitiu que fosse feita uma destilação lenta porém constante, sendo capaz observar a extração ocorrendo com o vapor d’água arrastando os óleos através de um condensador reto e coletando-se no final cerca de 100 mL do vapor condensado. O mesmo apresenta uma turvação de coloração branca a qual é a própria confirmação de que os óleos estão sendo extraídos, sendo o mesmo utilizado no próximo experimento para separação dos componentes a partir de uma extração ácido-base.
A mistura obtida no experimento anterior, então, é separada com um funil de separação, visto que o líquido extraído é uma mistura de componentes polar e apolar, ou seja, imiscíveis. Dessa forma, por conta do eugenol possuir um grupo fenol, o mesmo se comporta como ácido, reagindo com bases fortes, como o NaOH utilizado, sendo pois bem, separados e convertidos em sais os quais podem ser isolados dos meios orgânicos por serem, nesse caso, solúveis em água.
Abaixo é possível observar a reação que ocorre entre o eugenol e o NaOH adicionado, obtendo a formação de um sal.
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