Espectroscopia Optica
Por: Jacqueline da Silva • 14/9/2015 • Trabalho acadêmico • 5.318 Palavras (22 Páginas) • 382 Visualizações
Física 4 Experimental
Experimento 5
Espectroscopia Ótica
Título: Espectroscopia Ótica
Objetivos: Caracterizar a difração da luz em fenda única, fenda dupla, fendas múltiplas e redes de difração usando uma fonte monocromática. Utilizando a técnica da espectroscopia, determinar os comprimentos de onda presentes no espectro de emissão da lâmpada de mercúrio.
Introdução teórica
Difração é o desvio que a luz sofre ao passar por aberturas ou obstáculos. Quando uma onda encontra um obstáculo que possui uma abertura de dimensões comparáveis ao comprimento de onda, a parte da onda que passa pela abertura se alarga (é difratada) na região que fica atrás do obstáculo.
Interferência é a formação de franjas claras e escuras decorrentes da propagação de ondas simultâneas (em fase) no espaço, após atravessarem duas ou mais fendas. A difração que ocorre em cada uma das fendas produz padrões claros (franjas claras) em que as ondas se reforçam, e padrões escuros (fendas escuras) em que as ondas se cancelam. Este conjunto de franjas é chamado figura de interferência.
Difração em fenda simples
Estudar a figura produzida por ondas luminosas planas de comprimento de onda λ ao serem difratadas por um anteparo B com uma única fenda estreita e comprida de largura a, como a figura ao lado mostra (o comprimento da fenda é perpendicular à página).
Os raios provenientes da extremidade superior de duas regiões de largura a/2 sofrem interferência destrutiva no ponto P1 da tela de observação C. As ondas secundárias associadas
Figura 1: Difração em fenda única.
aos raios r1 e r2 estão em fase ao saírem da fenda porque pertencem à mesma frente de onda, mas para produzirem a primeira franja escura devem estar defasadas de λ/2 ao chegarem ao ponto P1. Esta diferença de fase deve-se à diferença de distância percorrida pela trajetória dos raios r1 e r2.
Os cálculos ficam simplificados quando a distância D é muito maior do que λ e podemos supor que r1 e r2 são paralelos, portanto, em P1 (que é o primeiro mínimo) a diferença de distância
percorrida é a sen θ= λ .
2 2
Generalizando, as franjas escuras acima e abaixo do eixo central são dadas pela equação geral: a sen θ=m λ , para m = 1, 2, 3, … (mínimos – franjas escuras). Com a > λ, ao diminuirmos
a (fenda mais estreita), o ângulo da primeira franja escura aumenta, ou seja, a difração é maior para franjas mais estreitas. Quando a = λ, o ângulo θ da primeira franja é 90°, e toda a tela é iluminada.
Difração em fenda dupla
Quando uma frente de onda atravessa dois orifícios, as difrações da onda em cada orifício produzirão um padrão de interferência no anteparo. Quando a << λ, a luz proveniente das duas franjas produz interferências quase com a mesma intensidade porque o máximo central cobre toda a tela de observação. Quando a > λ, a interferência produz franjas claras de diferentes intensidades porque a difração produzida pela passagem da luz por cada fenda cria uma envoltória que modula as franjas.
A figura ao lado mostra acima a envoltória produzida pela difração e abaixo a curva de interferência modulada pela curva de difração. Quando uma das fendas é obstruída, a imagem mostrada é a de cima porque não há interferência.
Os dois mecanismos básicos para a produção da imagem inferior são:
1. Difração nas fendas:
Figura 2: Difração em fenda dupla.
Os limites do pico central são os primeiros mínimos da figura de difração produzida isoladamente por uma das fendas. A posição desses mínimos é dada por a sen θ=m λ ,
para m = 1, 2, 3, … (mínimos – franjas escuras), sendo a = largura das franjas.
2. Interferência de duas fendas:
A posição das franjas claras na figura de interferência de duas fendas é dada por
d sen θ=m λ , para m = 1, 2, 3, … (máximos – franjas claras), sendo d = distância entre as
franjas.
Para determinar a quantidade de franjas de interferência contidas dentro do primeiro máximo de difração, dividimos a segunda equação pela primeira (com m = 1 na primeira equação
temos o ângulo do primeiro mínimo), e obtemos m= d a
. Devemos tomar m inteiro, assim, se m =
4,8, teremos franjas de interferência com m = 0 (franja central) e m = 1 até m = 4 de cada lado da franja central dentro do primeiro máximo de difração.
Difração em fendas múltiplas – redes de difração
A rede de difração consiste de um arranjo de fendas ou ranhuras separadas entre si por uma
distância d, chamada de espaçamento da rede. Se uma distância D contém N fendas, então d = D .
N
Figura 3: Rede de difração.
Quando a rede de difração é iluminada por um feixe de luz monocromática, aparecem franjas de interferência que podem ser usadas para determinar o comprimento de onda da luz. Os máximos destas franjas são muito estreitos (também chamados de linhas), e estão separados por regiões escuras relativamente largas.
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