Etapas de conversão de resina de PET em garrafas, latas ou potes
Artigo: Etapas de conversão de resina de PET em garrafas, latas ou potes. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 22/10/2014 • Artigo • 1.228 Palavras (5 Páginas) • 810 Visualizações
Qual é o ciclo de vida de uma garrafa pet ?
Atualmente o mercado de embalagens apresenta grande evolução, isto ocorre porque a escolha das embalagens, que são utilizadas em diversos produtos, considera também a busca por tecnologias mais limpas, e não só os custos e a preferência do consumidor. Para gerenciar a escolha de embalagens que afetem menos o meio ambiente é utilizada a Avaliação de Ciclo de Vida. Esta ferramenta permite medir os impactos gerados e também a utilização de recursos naturais, desde a extração de matéria-prima até a disposição final. Neste estudo foi feita a comparação entre garrafas de vidro retomáveis e garrafas de PET não retomáveis, em relação ao consumo de energia e emissão de dióxido de carbono. No ciclo de vida das garrafas foram consideradas as etapas de fabricação, distribuição e reutilização. O resultado obtido mostra que as garrafas de vidro são melhores em relação ao consumo de energia e emissão de dióxido de carbono para pequenas distâncias percorridas, mesmo que estas tenham que retomar á indústria para serem lavadas. Entretanto, dados como distancia percorrida para distribuição do produto e o número de vezes que a garrafa de vidro pode ser reutilizada, pode alterar os resultados na comparação final.
Como é o processo processo de fabricação de garrafa PET de refrigerante?
olitereftalato de etileno, ou PET, é um polímero termoplástico, desenvolvido por dois químicos britânicos Whinfield e Dickson em 1941, formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, originando um polímero, termoplástico. Utiliza-se principalmente na forma de fibras para tecelagem e de embalagens para bebidas.
• Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.
• As garrafas produzidas com este polímero só começaram a ser fabricadas na década de 70, após cuidadosa revisão dos aspectos de segurança e meio ambiente.
• No começo dos anos 80, os Estados Unidos e o Canadá iniciaram a coleta dessas garrafas, reciclando-as inicialmente para fazer enchimento de almofadas. Com a melhoria da qualidade do PET reciclado, surgiram aplicações importantes, como tecidos, lâminas e garrafas para produtos não alimentícios
PRÉ-FORMA e transformação em garrafas PET. Como ocorre?
A transformação
A transformação da resina PET em garrafas, frascos ou potes ocorre em 7 etapas distintas: secagem, alimentação, plastificação, injeção, condicionamento, sopro e ejeção do produto.
1. A primeira etapa, secagem, é uma das mais importantes e críticas. Assim falaremos mais a frente sobre este tópico.
2. A Segunda etapa, a alimentação, é a transição entre o silo e a entrada da resina PET na injetora. Nesta etapa, quando necessário, são dosados aditivos a resina PET (protetores aos raios ultravioleta, concentrados de cor, etc.), através de equipamentos específicos para esta finalidade. Nesta etapa, o material está sólido, seco e a uma temperatura, preferencialmente, acima de 100oC.
3. A terceira etapa, plastificação, é muito importante e delicada. Nesta etapa a resina PET muda de estado físico para ser injetado. Ele é aquecido e plastificado dentro do canhão da injetora com o auxilio de um parafuso sem fim, com passo de rosca e zonas de pressão bem determinados.
As temperaturas de trabalho, geralmente controladas por resistências, variam conforme o equipamento e estão entre 265 e 305oC.
4. A quarta etapa, da injeção. A resina PET plastificada é transferida para molde de pré-formas pelo processo de injeção. O molde de injeção de pré-formas se encontra a baixa temperatura, devido à circulação em seu interior de água gelada. O PET no molde de injeção endurece rapidamente devido a esta baixa temperatura. Se o resfriamento fosse lento, o PET poderia retornar parcialmente ao estado cristalizado, podendo debilitar algumas propriedades do produto final.
Ao final desta etapa, a pré-forma está pronta, com o gargalo em sua forma definitiva e o corpo que, na etapa seguinte, será transformado no corpo da embalagem final.
Nos sistemas de dois estágios, ela será estocada e nos sistemas integrados seguirá diretamente para a próxima etapa.
5. Na Quinta etapa, o condicionamento, se realiza de maneira diversa para cada um dos sistemas: integrado e de dois estágios.
No sistema integrado, a pré-forma segue do molde de injeção diretamente para o condicionamento, a uma temperatura em torno de 100ºC. Na etapa de condicionamento, a pré-forma recebe um tratamento térmico diferenciado, aquecendo-se mais onde for necessário, otimizando assim a etapa seguinte.
No sistema de dois estágios, a pré-forma chega fria do estoque e entra no forno, onde a região a ser estirada será condicionada. Uma vez atingida as temperaturas ideais, a pré-forma está preparada e otimizada para etapa seguinte.
6. Na Sexta etapa, a pré-forma, geralmente com o auxílio de robôs, é colocada dentro do molde de sopro, cuja cavidade tem a forma final da embalagem.
Um pino penetra no gargalo da pré-forma para estirá-la, e é admitido ar comprimido em seu interior a uma pressão que pode variar entre 20 e 40kgf/cm2.
O corpo da pré-forma é inflado de forma controlada com a ajuda de uma haste de estiramento. Desta maneira, a pré-forma é estirada, orientando as moléculas de PET nas direções radial e axial, isto é, biorientada, até que encoste na cavidade do molde de sopro e adquira sua forma final.
7. Na sétima e última etapa, o produto é retirado ou ejetado da máquina pronto para ser estocado ou envasado.
** Como acontece a reciclagem do PET.**
O PET pode ser reciclado de três maneiras diferentes:
1 - Reciclagem química. Utilizada também para outros plásticos, separa os componentes das matérias-primas originais do PET, "desmontando" o polímero. É um processo que não está em uso no Brasil.
2 - Reciclagem energética. O calor gerado com a queima do produto pode ser aproveitado na geração de energia elétrica (usinas termelétricas), alimentação de caldeiras e altos-fornos. O PET tem alto poder calorífico e não exala substâncias tóxicas quando queimado. Outros materiais combustíveis também podem ser utilizados. Este processo, entretanto, não é usado para o PET, pois o alto valor da sucata indica a reciclagem mecânica como a mais favorável.
3 - Reciclagem mecânica. Praticamente todo o PET reciclado no Brasil passa pelo processo mecânico, que pode ser dividido em:
RECUPERAÇÃO: Nesta fase, as embalagens que seriam atiradas no lixo comum ganham o status de matéria-prima, o que de fato, são. As embalagens recuperadas serão separadas por cor e prensadas. A separação por cor é necessária para que os produtos que resultarão do processo tenham uniformidade de cor, facilitando assim, sua aplicação no mercado. A prensagem, por outro lado, é importante para que o transporte das embalagens seja viabilizado. Como já sabemos, o PET é muito leve. Veja na página InformaPET os detalhes técnicos dessa fase.
REVALORIZAÇÃO: As garrafas são moídas, ganhando valor no mercado. O produto que resulta desta fase é o floco da garrafa. Pode ser produzido de maneiras diferentes e, os flocos mais refinados, podem ser utilizados diretamente como matéria-prima para a fabricação dos diversos produtos que o PET reciclado dá origem na etapa de transformação. No entanto, há possibilidade de valorizar ainda mais o produto, produzindo os grãos de PET reciclado. Desta forma o produto fica muito mais condensado, otimizando o transporte e o desempenho na transformação. Veja na página InformaPET os detalhes técnicos dessa fase.
TRANSFORMAÇÃO: Fase em que os flocos, ou o granulado, será transformado num novo produto, fechando o ciclo. Os transformadores utilizam PET reciclado para fabricação de diversos produtos, inclusive novas garrafas para produtos não alimentícios. Veja na apágina InformaPET informações técnicas sobre cada fase da reciclagem do PET. Veja na página InformaPET os detalhes técnicos dessa fase.
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