INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E GEOCIÊNCIAS CURSO DE QUÍMICA (B)

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO[pic 1]

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E GEOCIÊNCIAS

CURSO DE QUÍMICA (B)

ARTIGO CIENTÍFICO

 

Disciplina: Química Inorgânica

Professor(a): Ana Paula Harter Vaniel

Acadêmicos: Anelise Formagini, Daniele Marques, Matheus Tibolla.

Passo Fundo, jun. de 2019

---

NOÇÕES GERAIS DA AMÔNIA, HISTÓRIA, SINTETIZAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA NA SOCIEDADE MODERNA.

       Anelise Formagini*

        Daniele Marques**

        Matheus Tibolla***

Introdução

O objetivo deste artigo é descrever, contextualizar e analisar noções gerais da amônia, sua história e sua importância no passado e no futuro, na utilização em fertilizantes e em refrigeração industrial. Por meio da pesquisa bibliográfica e virtual, e pelo método analítico-reconstrutivo, buscaremos trazer referencias e informações teóricas, da amônia em geral de maneira clara e sucinta.

Assim, a amônia pode ser observada como uma substância de extrema importância para a sociedade desde os tempos remotos, com sua grande utilização e importância na primeira guerra mundial, após a valiosa descoberta da sua síntese, bem como na sociedade atual em fertilizantes e refrigeração industrial.

        Sendo assim, a pesquisa esta organizada em três momentos. Incialmente, sobre sua história, sintetização e importância na primeira guerra mundial, depois, sua grande utilização em fertilizantes e por ultimo, sua importância na refrigeração industrial.

Não a pretensão de exaurir a temática da pesquisa, nem apresentar uma introdução muito ampla ao assunto, apenas caracterizar e contextualizar, algumas noções gerias da amônia e sua grande importância em diversos aspectos.

2 Utilização da amônia em fertilizantes

Os fertilizantes nitrogenados, produzidos a partir da amônia (NH3) são de grande utilização e importância na agropecuária, fazendo com que sua demanda de produção seja alta e cresça cada vez mais uma vez que a população aumenta, consequentemente mais alimentos que necessitam de fertilizantes são consumidos em grande escala.

A utilização de fertilizantes é tão importante para as plantas pois eles lhe fornecem os nutrientes que muitas vezes são deficientes em solo, no caso dos fertilizantes nitrogenados, o principal nutriente fornecido por eles é o nitrogênio (N).

De acordo com a Petrobras (2014), “a produção de fertilizantes nitrogenados se insere na cadeia de valor natural, sendo uma alternativa economicamente atrativa para sua monetização”.

Para Malavolta (1979), “o composto chave para a produção da matéria prima dos adubos nitrogenados é a amônia, NH3, formada de nitrogênio, que vem do ar atmosférico, e de hidrogênio que é obtido do gás natural de derivados de petróleo ou da própria água”.

O mesmo autor ainda ressalta que,         

nos adubos nitrogenados, tanto nos minerais como nos orgânicos, o conteúdo de nitrogênio é expresso na forma elementar, N: quando dizemos que o nitrato de amônio ( um adubo nitrogenado) tem 34% de N, queremos dizer que em casa 100 kg de fertilizantes estão contidos 34 quilos de elemento ( MALAVOLTA, 1979, pg. 28).

Na imagem abaixo, segue esquema da obtenção dos fertilizantes nitrogenados a partir da amônia.

[pic 2]

De acordo com Braga (2010) os fertilizantes nitrogenados, obtidos a partir da amônia, são;

Uréia - CO(NH2)2

 A uréia contém 44% de N. O monóxido de carbono (CO) oriundo da decomposição do gás natural, na produção da amônia, é convertido em dióxido de carbono (CO2); este reage com a amônia, e produz a uréia. A reação é realizada à alta temperatura e pressão, e a solução evaporada produz a uréia.          

                                       CO2 + 2NH3 = CO(NH2)2 + H2O

A uréia é o fertilizante nitrogenado que apresenta o maior teor de nitrogênio e bastante utilizada na agricultura, seja na mistura de fertilizantes NPK, ou aplicada em cobertura, nas lavouras. Além disto, tem um papel destacado na composição dos fertilizantes fluidos. O teor de biureto não poderá ser maior que 1,5% quando aplicada diretamente no solo, e 0,3 quando utilizada para aplicação foliar.

Nitrato de amônio – NH4NO3

Possui 32% de N sendo 50% na forma amoniacal e os outros 50% na forma nítrica. O nitrato de amônio é obtido exclusivamente, a partir da amônia. Sua produção é muito fácil, e por muito tempo foi o principal adubo nitrogenado das indústrias de fertilizantes. Uma parte da amônia é queimada para a obtenção do ácido nítrico; este reage com a amônia para dar o nitrato de amônio, em solução; este é evaporado até a obtenção de um licor concentrado fundido; após é submetido à granulação.

NH3 + HNO3 = NH4NO3

Sulfato de amônio - (NH4)SO4  

Contém 20% de N. O sulfato de amônio foi bastante utilizado na agricultura, anos atrás, mas teve um decréscimo por causa do custo de sua unidade de N que é muito mais cara em relação à uréia. A indústria do aço é uma das maiores fontes de produção de sulfato de amônio; o ácido sulfúrico é utilizado para fixar a amônia que se move lenta e progressivamente do carvão.

2NH3 + H2SO4 - (NH4)2SO4

O produto assim obtido é usado pelas indústrias de fertilizantes. O teor de tiocianato não poderá ser superior a 1%, na forma de tiocianato de amônio. Este é um sal derivado do ácido tiociânico; é um produto nocivo por inalação, em contato com a pele e por ingestão; em contato com ácidos libera gases muito tóxicos; apresenta-se sob a forma de cristais brancos bastante solúveis em água.

Nitrato de potássio – KNO3

Possui 13% de N e 44% de K2O. O nitrogênio encontra-se na forma nítrica. Pode ser produzido através de três métodos: recuperação do "caliche" por cristalização das águas de lavagem; ou pela reação do cloreto de potássio com o ácido nítrico; ou pela reação do cloreto de potássio com com o nitrato de sódio por, por dissoluções seletivas.

Fosfato de amônio - NH4H2PO4

O ácido fosfórico quando reage com a amônia produz os fosfatos de amônio. São produtos que apresentam alta concentração; são altamente solúveis em água; e são de baixo custo de produção. Os mais utilizados são o diamôniofosfato (DAP) que possui 16% de N na forma amoniacal, e 45% de P2O5 solúvel em citrato neutro de amônio mais água, e o monoamôniofosfato (MAP) que possui 9% de N na forma amoniacal e 48% de P2O5 solúvel em citrato neutro de amônio mais água.