LABORATÓRIO I DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS
Por: Xhetalia • 6/10/2019 • Relatório de pesquisa • 1.280 Palavras (6 Páginas) • 175 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
LABORATÓRIO I DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS
MESTRANDA LAUREN MARCILENE MACIEL MACHADO
Eduarda Rodrigues Bianchini
Felipe Lorenzoni Weissheimer
CICLONAGEM
Santa Maria, RS
17 de junho de 2019
1 OBJETIVOS
Essa prática experimental objetiva, através de ensaio de ciclonagem, medir as dimensões do ciclone e determinar sua configuração. Além disso, pretende-se caracterizar as partículas de polietileno branco de acordo com o diâmetro médio (dp). Ainda, intenciona-se estimar o diâmetro de corte do ciclone (D*) para diferentes vazões dadas e construir a curva do diâmetro de corte em função do número de Reynolds (Re). Por fim, objetiva-se estimar a eficiência individual de coleta (η), o rendimento real (ηR) e o rendimento teórico (ηT) do ciclone em questão.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Materiais
Fez-se uso de um módulo experimental mostrado na Figura 1. Esse é composto por painel de comando elétrico e pneumático, soprador centrífugo, sistema de alimentação de partículas, válvulas de direcionamento, tubo de Venturi, manômetro inclinado contendo água, dutos plásticos, ciclone e filtro de mangas. Além do módulo experimental, usou-se balança, termômetro, paquímetro, fita métrica e amostra de polietileno branco.
[pic 1]
Figura 1 – Módulo experimental para a realização dos experimentos.
2.2 Métodos
Inicialmente, caracterizou-se as partículas de polietileno branco por paquimetria e determinou-se o diâmetro médio das partículas através da Equação 1.
[pic 2]
Após, mediu-se uma quantidade de 500g dessas partículas e inseriu-se na alimentação do sistema. Ligou-se o soprador e aguardou-se alguns segundos para limpar o sistema. Aumentou-se o fluxo de fluido até a velocidade de 20m/s. Abriu-se a alimentação e aguardou-se a alimentação da totalidade das partículas. Ao final, desligou-se o equipamento e mediu-se a massa total de partículas que ficaram retidas no coletor do ciclone (underflow). Verificou-se a temperatura do ar para estimar as propriedades.
Para a determinação da velocidade na seção cilíndrica do ciclone, usou-se a Equação 2, onde vc representa a velocidade na seção cilíndrica, Q a vazão de escoamento e Dc uma dimensão característica do ciclone.
[pic 3]
A fim de determinar-se o número de Reynolds para as diferentes vazões de escoamento, usou-se a Equação 3, onde Re representa o número de Reynolds, Dc uma dimensão característica do ciclone, vc a velocidade na seção cilíndrica, ρ e μ a densidade e viscosidade do fluido que escoa, respectivamente.
[pic 4]
Calculou-se o diâmetro de corte para o ciclone em questão através da Equação 4, onde D* é o diâmetro de corte, Dc uma dimensão característica do ciclone, K uma constante dada, ρf e μ a densidade e viscosidade do fluido que escoa, respectivamente, ρpm a densidade média das partículas, f e g dados iguais a 1.
[pic 5]
Ainda, determinou-se a eficiência individual de coleta e os rendimentos teórico e real através das Equações 5, 6 e 7, respectivamente. Nessas, η representa a eficiência individual de coleta, dp o diâmetro médio das partículas obtido no paquimetria, D* o diâmetro de corte do ciclone, ηR o rendimento real do ciclone, mR a massa retida no coletor, mE a massa total de partículas alimentada e ηT o rendimento teórico do ciclone.
[pic 6]
[pic 7]
[pic 8]
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da caracterização de dez partículas de polietileno branco por paquimetria, obteve-se os dados contidos na Tabela 1. Usando-se da Equação 1, obteve-se que o diâmetro médio das partículas (dp) é de 0,3255cm.
Tabela 1. Dimensões obtidas por paquimetria
Partícula | M | m | x |
1 | 0,37 | 0,26 | 0,27 |
2 | 0,45 | 0,25 | 0,35 |
3 | 0,43 | 0,26 | 0,33 |
4 | 0,37 | 0,26 | 0,27 |
5 | 0,37 | 0,24 | 0,36 |
6 | 0,35 | 0,26 | 0,30 |
7 | 0,45 | 0,25 | 0,37 |
8 | 0,45 | 0,25 | 0,38 |
9 | 0,31 | 0,27 | 0,30 |
10 | 0,42 | 0,24 | 0,32 |
Média | 0,40 | 0,25 | 0,33 |
Realizou-se a medida das dimensões características do ciclone para a determinação do seu tipo. Com as medidas obtidas, pode-se aproximar sua configuração à Lapple e obter o K para esse ciclone. Os resultados estão descritos na Tabela 2.
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