Metodologias Ativas: Uma Breve Revisão

Metodologias Ativas: Uma Breve Revisão.

Julie Pinho de Oliveira ^[1]

Giseli Capaci Rodrigues 2

Resumo: O objetivo deste artigo é mostrar o quanto a metodologia ativa pode contribuir para o futuro do aluno e das escolas e como este formato de ensino é altamente eficaz. Esta metodologia vem sendo utilizada desde o ano 300 a.C. até os dias atuais, e cada vez mais vem evoluindo e sendo aprimorada. O uso desta metodologia se tornou frequente entre os professores, melhorando o ensino das escolas, tornando as aulas mais atrativas para os alunos, consequentemente, aumentando seu aprendizado. Geralmente são utilizados vários métodos para cativar a atenção do aluno, neste artigo serão abordados os dois mais utilizados, onde mostraremos o modo de aplicação, o funcionamento e as vantagens que essas metodologias trazem para os alunos.

Palavras-chave: Metodologias ativas; peer instruction; sala de aula invertida.

Abstract: The purpose of this article is to show how much the active methodology can contribute to the future of the student and the schools, also how this teaching format is highly effective. This methodology has been used since the year 300BC until the present day, and is increasingly evolving and being improved. The use of this methodology has become frequent among teachers, improving the teaching in schools, making classes more attractive to students, consequently increasing their learning. Generally, several methods are used to captivate the student's attention. In this article, the two most used will be discussed, where we will show the application method, the operation and the advantages that these methodologies bring to the students.

Keywords: Active methodologies; peer instruction; flipped classroom.

Introdução

Ao contrario do que muitos pensam, as metodologias ativas não começaram a ser praticadas agora, e sim na Grécia antiga, na época de Aristóteles, no ano de 300 a.C.. Na mesma época, o filósofo chinês Confúcio formulou a frase “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu lembro; o que eu faço, eu compreendo.”. Esses filósofos obtiveram amparo no docente pernambucano Paulo Freire (1921-1997), em 1963, quando o mesmo alfabetizou 300 pessoas em 45 dias utilizando as metodologias ativas. O mesmo decidiu investir nesses métodos, e assim ficou conhecido mundialmente. (FERRARI, 2008; COHEN, 2017).

Agora, no século XXI, baseado nas metodologias de Freire, os docentes decidiram criar parâmetros mais interativos para envolver os alunos na sala de aula. Esses métodos tem sido motivo de discussões entre os educadores, pois eles serão a renovação dos métodos tradicionais de ensino. (TERRA, 2016; GPBC, 2017).

O ensino tradicional é aquele no qual o professor transmite os seus conhecimentos para os alunos, sendo ele a referência máxima do processo de aprendizagem, ou seja, ele tem o conhecimento. Geralmente, o mesmo repassa esse conhecimento no quadro, logo após, explica e se der tempo há algumas atividades, sendo assim, ele fala e os alunos “escutam”. (VALENTE, ALMEIDA, GERALDINI, 2017).

As metodologias ativas favorecem a introdução do aluno a técnica de ensino-aprendizagem, onde o mesmo é participativo na própria educação, participando da elaboração da aula, construção e disseminação do conhecimento. Esses métodos são definidos como ativos, pois estão relacionados com a introdução de práticas pedagógicas que envolvem os alunos, logo eles se tornam protagonistas da sua aprendizagem. Assim, os alunos constroem seus conhecimentos sobre conteúdo. (VALENTE, ALMEIDA, GERALDINI, 2017).

No Brasil, essas metodologias estão em desenvolvimento, sendo utilizadas em poucas escolas e universidades, onde elas investem em novas propostas de ensino. Entretanto, essas metodologias já estão sendo aplicadas em outros países e as respostas são animadoras. Como exemplo, tem a Finlândia, onde as avaliações são fundamentadas pelo desempenho dos alunos dentro da sala de aula, e os Estados Unidos, que utiliza cursos online, logo, o aluno já chega à sala entendendo o conteúdo que será passado. (TERRA, 2016).

Metodologias Ativas

As metodologias ativas ajudam a aumentar a curiosidade do discente, isso acontece pela inserção de novas teorias onde trazem novos elementos que não foram considerados em salas de aula ou na visão do professor. As contribuições dos alunos em sala são consideradas e valorizadas, estimulando a participação, responsabilidade e o senso de capacidade, além de aumentar o esforço dos alunos no estudo. Também há o objetivo de aumentar a autonomia e habilidade para as áreas de ensino. (BERBEL, 2011)

As metodologias ativas concebem a educação como uma maneira de mostrar caminhos para a autonomia, a autodeterminação do aluno, pessoal e social. Então, elas são indispensáveis para o desenvolvimento da consciência crítica, com o propósito de modificar a realidade. Assim, a motivação do aluno passa a ser o ponto central de todo o processo de ensino-aprendizagem. O professor, dessa maneira, revela-se parceiro, motivador e catalisador desse processo. (TOLEDO, LAGE, 2016, p.3).

 Para Nascimento e Coutinho (2016), esses métodos são modos de inovar a educação, assim o aluno utiliza as suas condições sensório/motor, afetivo/emocional e mental/cognitiva. O estudante também tem a possibilidade de escolher as atividades que irá desenvolver, logo, ele se mantém participativo durante o seu aprendizado. Diante dessas novidades, podemos ver que a inserção das metodologias ativas no ensino é muito importante, pois o docente inclui o discente no contexto apresentado em sala, logo o aluno analisa a sua criatividade, sua aptidão de gerar uma opinião e esclarece suas duvidas com o professor. Fora a possibilidade de obter conhecimento e aprender a trabalhar em grupo.

Podemos entender Metodologias Ativas como formas de desenvolver o processo do aprender que os professores utilizam na busca de conduzir a formação crítica de futuros profissionais nas mais diversas áreas. A utilização dessas metodologias pode favorecer a autonomia do educando, despertando a curiosidade, estimulando tomadas de decisões individuais e coletivas, advindos das atividades essenciais da prática social e em contextos do estudante (BORGES, ALENCAR, 2014, p.120).

De acordo com Gama, Lima e Bianchi (2015), o aprendiz está acostumado com uma educação onde ele se comporta no modo automático. Vai pra escola, senta na carteira, escuta o professor, anota o que é passado no quadro e estuda para tirar uma boa nota, mas esquece de tudo depois que passa pelo semestre. Já as metodologias ativas vêm com a intenção de mudar este costume, pois todo conteúdo dado em sala de aula é importante, podendo ser utilizado a qualquer momento. Para alcançar esta mudança tem que praticar para manter este conhecimento adquirido.