O EJA e a Educação Sobre o Direito Universal

O desenvolvimento educacional foi um grande passo para todos, tanto nacionalmente como internacionalmente, um marco importante e ao mesmo tempo sombrio para essa realização foi a segunda guerra mundial na qual a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi escrita para, então, delinear e proteger os direitos básicos de todo ser humano. A aprovação desse documento tão importante que formaliza tais direitos como: independente de cor, gênero, orientação sexual, religião ou origem, levando a sociedade há uma busca pela igualdade entre classes.

A educação de jovens e adultos vem crescendo bastante dentre esses anos, pois em decorrência da igualdade educacional e direito a qualidade o número de analfabetismo vem sendo combatido com resultados bem vistos a longo prazo por via de um querer da sociedade em buscar o conhecimento.

O EJA, é um programa que possui como finalidade receber pessoas com a faixa etária de idade um pouco avançada em níveis de fundamental e médio, quando isso acontece temos como realidade acompanhar e ensinar o desejo dessas pessoas de aprender mas, não é um aprender qualquer é um aprender com uma história às vezes triste por trás da sua luta pelo ensino, isso também denota uma necessidade melhor pelo ensino que lhes possam abrir novas portas para o mercado de trabalho já que por sua vez ela proporciona várias dificuldades em relação a tal.

A educação de jovens e adultos sofreu muita discriminação por anos, e somente a partir da década de 30 se passou a integrar as propostas educacionais, visando um processo de inclusão e a formação da cidadania, a EJA qualifica assim pessoas que por motivos distintos não puderam entrar no ensino regular. A EJA no campo:

[...] assume sua particularidade, que é o vínculo com sujeitos sociais concretos, e com um recorte específico de classes, mas sem deixar de considerar a dimensão da universalidade: antes (durante e depois) de tudo, ela é educação, formação de seres humanos. Ou seja, a Educação do Campo faz o diálogo com a teoria pedagógica desde a realidade particular dos camponeses, mas preocupada com a educação do conjunto da população trabalhadora do campo e, mais amplamente, com a formação humana. E, sobretudo, trata de construir para uma educação do povo do campo e não apenas com ele, nem muito menos para ele [apenas]. (CALDART, 2005, p.18).

Tendo isso em questão o campo do ensino voltado ao EJA necessita de um educador que tenha uma visão mais ampla e aponte o desenvolvimento para a integração do educando. Discutindo e sendo recíproco, aceitando e respeitando os conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida.

Também notar que o educador do ensino de EJA é um processo contínuo, seus saberes adquiridos devem ser dados como propostas para um auto reconhecimento do ser, tendo início antes da formação profissional seguindo para a execução e desenvolvimento da sala de aula, que ressalta a construção imprescindível de sua subjetividade para um grupo como peça essencial ao ensino do corpo político.

REFERÊNCIAS

CALDART, R. S. Por uma Educação do Campo. Ed 2ª. Brasília, 2005. Acesso em: 06/09/2020.

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