O ENSINO DE CIÊNCIAS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: COMPREENDENDO DISCURSOS DE PROFESSORAS-ALUNAS

O ENSINO DE CIÊNCIAS NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: COMPREENDENDO DISCURSOS DE PROFESSORAS-ALUNAS

Pensando em compreender melhor como acontece o processo de ‘aprender a ensinar’, os estudos sobre formação de professores adquirem um novo impulso com a chegada de bibliografias sobre o pensamento dos professores. Nesse contexto, o professor da escola não é considerado sujeito e produtor do conhecimento, mas um aplicador de saberes elaborados por pessoas externas à realidade de seu trabalho.

Em estudos referentes ao pensamento do professor, o papel do docente vai além de uma pessoa que processa informações, tal como um técnico. Ele é idealizado como um ser de histórias, um profissional que age em sala de aula a partir de suas crenças, saberes, emoções e valores.  A sua prática profissional consiste no sentido que ele atribui às situações vivenciadas, por sua vez, estão relacionadas com sua história de vida, com suas próprias experiências pessoais e profissionais. O saber tem uma forte relação com a disposição dos professores, com sua história de vida familiar e profissional, com as suas imagens e símbolos.

Acredita-se que um conjunto de informações que não podem ser acessadas facilmente pelo indivíduo atendo a percepção de sua influência artificial, pela maior valorização dos saberes práticos que compõem a base dos saberes experienciais. Trata-se, portanto, de reconhecer a escola como espaço de produção do conhecimento, e não apenas de reprodução. O professor pode se enxergar como um agente transformador que lança sua própria prática e não somente aplica-las.

O professor é um sujeito histórico, resultado de uma vida, de uma prática e de uma formação e precisa ter consciência que o arruma, restaurar sua história para, a partir dela, se for necessário, mudar sua prática e seu trabalho.