ANALISE DO ENSINO DA HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Pesquisa de Campo
Por: lalmeida • 23/3/2017 • Relatório de pesquisa • 1.840 Palavras (8 Páginas) • 640 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ANA MARTHA ALMEIDA BRANDÃO LIMA
ANALISE DO ENSINO DA HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Pesquisa de Campo
Itaberaba
2017
ANA MARTHA ALMEIDA BRANDÃO LIMA
ANALISE DO ENSINO DA HISTÓRIA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Pesquisa de Campo
Relatório de pesquisa de campo apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia como pré-requisito para cumprimento da atividade avaliação da Unidade I, da disciplina Ensino da História e Geografia, ministrada pela professora Michele Albuquerque.
Itaberaba
2017
Introdução
Esta pesquisa de campo foi desenvolvida no decorrer dos dias 16 e 17 de março de 2017, tendo como campo de investigação a área da educação e o ensino de História. O tema proposto: “O ensino de História nas séries iniciais do ensino fundamental I, busca traçar um panorama amplo e crítico do ensino da História nestas séries, ao pesquisar como o ensino de História tem sido tratado nas séries iniciais do ensino fundamental, procuramos enfocar especificamente o papel do professor como organizador dos conteúdos, mediador pedagógico e sujeito essencial ao sistema escolar.
Para melhor vislumbrar essa temática, busquei analisar o Ensino de Historia a partir de observações e entrevistas com alunos e professor de Historia da Escola São Roque, situado no distrito de Lagoa do Curral, além de analisar o livro Novo Girassol , Saberes e Fazeres do Campo, (História e Geografia do 5º ano) – Autora Tânia Mares e Suely Almeida, Editora FTD e atividades propostas pelo professor.
Podemos perceber que o estudo dos Eixos Temáticos nas séries iniciais do ensino fundamental, como elemento fundamental da atual Proposta Curricular para o Ensino de História e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), Sendo portanto essencial para a análise de como os conteúdos de História têm sido tratados pela rede pública de ensino, e também de como os professores destas séries têm se portado em relação à aplicação desta nova proposta.
Essa pesquisa de campo foi realizada em duas etapas distintas:
- Na primeira etapa partiu de uma ampla analise do livro didático, bem como de referenciais curriculares, da proposta do PPP da escola para as series iniciais do ensino fundamental I, a respeito do tema, assim como de estudos realizados na área do Ensino de História em anos anteriores.
- Na segunda etapa partimos para a pesquisa de campo, enfocando o professor, sua formação, o trabalho pedagógico realizado em sala de aula e, por fim, a visão do professor a respeito das novas propostas de ensino de História em vigência.
A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semidiretivas e seleção e análise de materiais didáticos utilizados pelos professores dentro da sala de aula.
Fundamentos teórico-metodológicos do Ensino da História no E. F. I
O Ensino de História nas Séries Iniciais deve considerar a história de vida do aluno, uma vez que somos seres históricos. Contudo o Ensino de História nas Séries Iniciais, nas palavras de Cruz (2003, p. 2) é de suma importância já que para este autor:
Estudar História e Geografia na Educação Infantil e no Ensino Fundamental resulta em uma grande contribuição social. O ensino da História e da Geografia pode dar ao aluno subsídios para que ele compreenda, de forma mais ampla, a realidade na qual está inserido e nela interfira de maneira consciente e propositiva.
Sendo assim, o ensino de História nas Séries Iniciais e Educação Infantil devem promover a reflexão e cabe ao professor fazer com que esta reflexão seja efetivada, ainda que de modo tímido papel do professor é preparar-se para que esta construção da identidade seja estimulada, para que a História enquanto veículo de identidade e de memória jamais seja tido como decorativos e desestimulantes.
O ensino de História nas Séries Iniciais deve ter esse caráter transformador, despertando o aluno para a condição de sujeitos que fazem História ao longo do tempo e dos
espaços. A construção de novas formas de intervenção no ato de fazer história precisa perceber a escola como uma instituição social plural, que se educa para a vida e para a cidadania, e que, portanto, segundo Fonseca (2008, p. 101) destaca que:
A proposta de metodologia de Ensino de História que valoriza a problematização, a análise crítica da realidade, concebe alunos e professores como sujeitos que produzem história e conhecimento em sala de aula. Logo, são pessoas, sujeitos históricos, que cotidianamente atuam, transformam, lutam e resistem nos diversos espaços de vivências: em casa, no trabalho, na escola, ... Essa concepção de ensino e aprendizagem facilita a revisão do conceito de cidadania abstrata, pois ela nem é apenas herdada via nacionalidade, nem liga-se a um único caminho de transformação política. Ao contrário de restringir a condição de cidadão a de mero trabalhador e consumidor, a cidadania possui um caráter humano e construtivo, em condições concretas de existência.
Cabe ao professor promover situações para que o aluno critique e compreenda o estudo da disciplina como fator necessário para sua formação enquanto individuo. Segundo Cruz (2005), é necessário dinamizar conceitos como, o fato histórico: uma reflexão sobre a atividade cotidiana; o tempo histórico: suporte para uma avaliação sobre o tempo e finalmente, uma observação e avaliação sobre as ações cotidianas que identificam o sujeito
histórico, partindo da premissa do cotidiano da criança.
A educação é um processo de aprendizagem contínuo e permanente, necessário ao indivíduo, favorece as relações sociais e também, é o meio pelo qual a sociedade se renova, constituindo-se ainda num processo de transmissão cultural. Com um papel importante na construção e formação do caráter do indivíduo, a educação tem uma função bem maior. Assim, o papel fundamental do professor e da educação no desenvolvimento das pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos, conforme os PCNs (BRASIL,
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