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O Pluralismo da Quimica Moderna

Por:   •  13/12/2016  •  Resenha  •  2.553 Palavras (11 Páginas)  •  405 Visualizações

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Apresentação

Não é um livro de história da química, no fundo há um pensamento filosófico, a saber, sobre a pluralidade e a redução da pluralidade na química.

O filósofo apressado, pode achar que reduzir o elemento químico a eletricidade, é resolver todo o problema.

Por trás de todo o pluralismo pode se reconhecer um sistema de coerência. Esse sistema é sempre mais ou menos hipotético. Se as hipóteses são fecundas, tem dois papéis: a coordenação do saber e a deflagração de experiências novas.

Depois de muitas hesitações, adquirimos a convicção de que a química, ciência experimental e positiva entre todas, era comandada por ideias sistemáticas.

A filosofia substancialista é reconhecida como a característica da química.

INTRODUÇÃO.

O dado é atribuído como diverso.

A reflexão faz aparecer diversos pontos de vista sobre o dado. Porém a diversidade que aparece disso é uma diversidade dominada e de um pensamento claro.

Se o pensamento cientifico, como é costume dizer, tende para a unidade na explicação, ele logo tende para a diversidade na descoberta e na invenção.

O pensamento filosófico e cientifico vai dialeticamente do diverso ao uniforme e vice-versa.

É perda de tempo propor um problema de origem, visto que o pensamento esta fixado ora no diverso, ora no uniforme.

O conhecimento é tão manifestamente inacabado que as condições de seu devir são afinal mais interessantes que o quadro dos elementos de seu estado.

A tendência é explicar a forma pela matéria. A impressão é que, se alguém conseguir explicar pela atividade de uma substancia as características geométricas dos atributos, o enigma essencial do real estará resolvido.

Na antiguidade cria-se apenas num tipo de átomo (se falava átomos)

Na Antiguidade não se importa enumerar os diversos tipos de átomos que formam o fenômeno.

Infelizmente as filosofias atomísticas deixaram indeterminada a extensão da doutrina. Consideraram como evidente o direito de substituir uma diversidade fenomenal não catalogada por uma diversidade atômica não especificada. O problema filosófico da diversidade não avançou nem um passo.

Os químicos, acredito eu, do séc XVII, acreditavam  que um corpo particular, possuía a qualidade de todos os outros corpos. É fácil compreender até que ponto tal intuição da atividade química devia prejudicar uma justa apreciação da diversidade substancial.

As qualidades químicas gerais não chegam a objetividade por via única. Aqui se leva em conta a qualidade, visto que é ela quem permite acionar os outros corpos da química.

Quando se conseguir delinear, depois de muitas tentativas, um panorama completo das diferentes substancias, a diversidade da natureza química ficará ordenada e esclarecida.

O problema  das composições das substancias se mostrara sob novo aspecto. Planos cada vez mais precisos e ao mesmo tempo extensíveis e extensos permitirão racionalizar de certa forma as composições, de tal modo que as qualidades dos compostos poderão ser previstas antes de qualquer experiência.

A nomenclatura é um verdadeiro método de conhecimento. Nomear servirá mais para conhecer do que para reconhecer, e a própria classificação das substancias elementares se mostrará movida por um pensamento ativo que designa um lugar regular para um objeto antes de encontrar esse objeto.

Na química moderna, há uma harmonia progressiva das formas substanciais. Aparece um pluralismo novo e coordenado, é o pluralismo coerente.

Substitui-se pela lei, os fatos dispersos, pela regra os exemplos.

A CATEGORIA DE COMUNIDADE, é meio metafisica, e explicaria o porque de uma substancia agir qualitativamente sobre outra, como ela pode separar as propriedades químicas de outra substancia, como duas matérias diferentes podem formar uma outra matéria que é designada a partir de propriedades totalmente novas.

De fato, enquanto a subordinação dos atributos as substancias pode permanecer o ideal de uma ciência ontológica que cre simultaneamente na força produtiva da substancia e na força dedutiva do conhecimento, é preciso chegar a coordenação dos atributos entre si, depois a coordenação das substancias entre si.

O atributo verdadeiramente químico não aparece na experiência imediata.

O realismo primitivo da química experimental abriu as vias para o racionalismo da química matematica.

LIVRO I

Capitulo I

Analogia imediata e analogia química

O conhecimento primitivo é uma identificação perfeita. Depois de reconhecer o objeto, se tenta conhece-lo verdadeiramente, aí o problema epistemológico muda de natureza.

Uma analogia química nunca é superficial.

As características do objeto físico, foram um obstáculo par ao conhecimento do individuo quimico.

Os estudos modernos tem pequeno contato com o fato natural e imediato. Partem desse campo estreito para se desenvolverem em profundidade.

A analogia imediata não consegue se organizar, tornar-se realmente uma analogia química.

A visão de Baumé, era que a Natureza ofereceria o enquadramento dos estudos em química.

Partindo de uma analogia de primeiro exame, Baumé queria encontrar na combustão o principio de classificação das substancias. É sempre a mesma tendência para explicar o fenômeno químico por um fenômeno de certa forma mais imediato, mais geral, mais natural. Essa tendência é o oposto do caminho por onde a química moderna vai progredir. A experimentação química será fecunda quando procurar a diferenciação as substancias e não uma inútil generalização dos aspectos imediatos.

Para definir o metal Macquer afirma que ele é o que é, devido a sua maleabilidade. Ou seja, parte-se novamente da característica física imediata para decidir a classificação das substancias.

A ciência só progride por meio de uma critica muito firme e cautelosa das sensações imediatas. Em quimica a segunda idéia é sempre melhor.

O quimico capta a substancia após o fim da experiência.

Uma redução só pode ser completa e fecunda se se afastar a sedução as analogias imediatas e naturais.

A analogia química é sempre indireta. Sempre é uma analogia segunda que rompe, por função, a primeira contextura das relações fornecidas pelas observações físicas.

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