PRÁTICA I: MEDIDAS DE VOLUMES APROXIMADAS E PRECISAS
Por: Bruno Vieira • 7/8/2018 • Trabalho acadêmico • 3.170 Palavras (13 Páginas) • 518 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE (CAMPUS MACAÉ)
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
PRÁTICA I: MEDIDAS DE VOLUMES APROXIMADAS E PRECISAS
BRENON SIQUEIRA DE SOUZA
BRUNO GUESSE G. R. VIEIRA
FELIPE COELHO DE AZEVEDO
LALESKA DO NASCIMENTO DE SOUZA
LORRAIN FARIA PEREIRA
MACAÉ-RJ
2017
PRÁTICA I: MEDIDAS DE VOLUMES APROXIMADAS E PRECISAS
RESUMO
A partir de leituras de volume e da transferência de um mesmo volume de líquido (água), entre diferentes vidrarias, pode-se conhecer os equipamentos e as técnicas de medidas de volume empregados em um laboratório.
INTRODUÇÃO
De acordo com o salientado por HONDA (2010), a medição de volume de líquidos figura, em um laboratório de química, como uma das atividades mais rotineiras, sem perder, por esta razão, a sua expressiva importância. Ainda segundo o mesmo autor, as medições de volume de líquidos podem estar inseridas em dois diferentes cenários, a saber: análises qualitativas ou análises quantitativas.
As análises qualitativas têm por finalidade a identificação dos tipos de elementos, íons e moléculas que compõem uma determinada amostra (SILVA, 2011). Sendo assim, para análises desta natureza, não são requeridas muita exatidão nas medidas, sejam elas de volume ou massa (HONDA, 2010).
Já as análises quantitativas, segundo SILVA (2011), são aquelas que têm por finalidade a determinação da quantidade de cada um dos componentes presentes em uma determinada amostra. No âmbito de análises desta natureza, HONDA (2010) alerta, dentre outros aspectos, para a necessidade da boa qualidade do resultado das medições de volume e massa.
Segundo LIMA (2012), a estimativa da qualidade do resultado de uma medição pode ser feita a partir da observância de dois aspectos distintos, são eles: exatidão e precisão.
A exatidão, ainda segundo o mesmo autor, é referente à proximidade de uma medida com o seu valor alvo, devendo este ser interpretado como o valor de referência. Quanto à precisão, sabe-se que esta mantém relação com o grau de dispersão entre medidas que foram tomadas repetidas vezes, sempre sob as mesmas condições.
Neste contexto, é importante ressaltar, quanto à qualidade das medições, que estas podem ser: exatas e precisas, exatas e imprecisas, inexatas e precisas ou, no pior dos cenários, inexatas e imprecisas (LIMA, 2012).
Aqueles envolvidos na realização de experimentos laboratoriais devem, portanto, serem capazes de determinar o grau de exatidão requerido para cada medida. Para tanto, deve-se observar que medições confiáveis compreendem o emprego de instrumentos precisos, bem como de técnicas adequadas de medidas (BRAND, 2016).
Quanto às técnicas de medidas, pode-se citar aquela relacionada ao posicionamento correto do operador em relação ao traço de aferição do equipamento. Dessa maneira, evita-se a ocorrência do erro de paralaxe, que, conforme a figura 1, poderia induzir a leituras incorretas de um certo volume.
FIGURA 1: Posicionamento do operador e o erro de paralaxe
[pic 1]
Fonte: HONDA (2010)
Sendo assim, frente ao exposto, torna-se fundamental conhecer os equipamentos e as técnicas de medidas de volume em laboratório, sendo este o objetivo da prática proposta.
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais e reagentes
Os seguintes materiais, disponíveis no Laboratório de Química do Instituto Federal Fluminense (Campus Macaé), foram utilizados no referido experimento:
- Béquer com escala;
- Capacidade: (250,0±12,5) mL.
- Bureta;
- Capacidade: (50,00±0,05) mL.
- Erlenmeyer com escala;
- Capacidade: (250,0±12,5) mL.
- Pipeta graduada;
- Pipeta volumétrica;
- Capacidade: 5 mL.
- Proveta com escala;
- Capacidade: (10,0±0,1) mL.
- Proveta com escala;
- Capacidade: (100,0±0,5) mL.
- Cronômetro digital;
- Fabricante: Instrutherm;
- Modelo: CD-2800.
- Pêra de sucção;
- Pinça para bureta;
- Pisseta;
- Suporte universal.
A seguinte substância, disponível no Laboratório de Química do Instituto Federal Fluminense (Campus Macaé), foi utilizada no referido experimento:
- Água.
Procedimento
- Primeira etapa:
- Mediu-se 50 mL de água no béquer;
- Transferiu-se o volume de água contido no béquer para o erlenmeyer;
- Registrou-se a leitura do volume de água contido no erlenmeyer;
- Transferiu-se o volume de água contido no erlenmeyer para a proveta com capacidade de 100 mL;
- Registrou-se a leitura do volume de água contido na proveta;
- Observou-se, comparou-se e, em seguida, registrou-se, em ordem crescente, a precisão de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento;
- Calculou-se e, em seguida, registrou-se o erro de escala de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento.
- Segunda etapa:
- Mediu-se 50 mL de água na proveta com capacidade de 100 mL;
- Transferiu-se o volume de água contido na proveta com capacidade de 100 mL para o béquer;
- Registrou-se a leitura do volume de água contido no béquer;
- Transferiu-se o volume de água contido no béquer para o erlenmeyer;
- Registrou-se a leitura do volume de água contido no erlenmeyer;
- Observou-se, comparou-se e, em seguida, registrou-se, em ordem crescente, a precisão de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento;
- Calculou-se e, em seguida, registrou-se o erro de escala de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento.
- Terceira etapa:
- Pipetou-se 5 mL de água com a pipeta volumétrica;
- Transferiu-se o volume de água contido na pipeta volumétrica para a proveta com capacidade de 10 mL;
- Registrou-se a leitura do volume de água contido na proveta com capacidade de 10 mL;
- Observou-se, comparou-se e, em seguida, registrou-se, em ordem crescente, a precisão de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento;
- Calculou-se e, em seguida, registrou-se o erro de escala de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento.
- Quarta etapa:
- Encheu-se completamente, com o auxílio da pisseta, a bureta de água;
- Transferiu-se o volume de água contido na bureta para o erlenmeyer;
- Registrou-se a leitura do volume de água contido no erlenmeyer;
- Observou-se, comparou-se e, em seguida, registrou-se, em ordem crescente, a precisão de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento;
- Calculou-se e, em seguida, registrou-se o erro de escala de cada uma das vidrarias que foram utilizadas nesta etapa do experimento.
- Quinta etapa:
- Encheu-se completamente, com o auxílio da pisseta, a bureta de água;
- Abriu-se a torneira da bureta, de forma a propiciar o escoamento gota-a-gota do volume de água contido na referida vidraria para o erlenmeyer e, simultaneamente ativou-se o cronômetro;
- Fechou-se a torneira da bureta após o escoamento dos primeiros 25 mL de água;
- Registrou-se a leitura do cronômetro e, em seguida, registrou-se a leitura do volume de água contido na bureta;
- Registrou-se novamente, decorridos 30 segundos, a leitura do volume de água contido na bureta e, em seguida, desativou-se o cronômetro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Seguem, abaixo, para cada uma das etapas do referido experimento, os seus respectivos resultados e discussões cabíveis:
- Primeira etapa:
TABELA 1: Leituras do volume (primeira etapa)
Vidraria | Leitura do volume (mL) |
Béquer | 50,0±12,5 |
Erlenmeyer | 75,0±12,5 |
Proveta (100 mL) | 57,0±0,5 |
Observou-se, conforme os resultados apresentados na tabela 1, que a transferência de um mesmo volume de líquido (água), entre diferentes vidrarias, resultou em leituras de volume significativamente discrepantes entre si. Como exemplo, pode-se citar o seguinte resultado: (50,0±12,5) mL de água no béquer corresponderam a (75,0±12,5) mL do mesmo líquido no erlenmeyer.
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