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Produção mundial de mercúrio

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Por:   •  25/11/2014  •  Artigo  •  1.334 Palavras (6 Páginas)  •  392 Visualizações

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A produção mundial de mercúrio é estimada em 10.000 toneladas por ano para uso nas mais diversas áreas. É um material que pode ser utilizado em processos industriais, na fabricação de aparelhos como termômetros, esfigmomanômetros, na produção de gás cloro e de soda cáustica, em amálgamas dentários e em pilhas, sendo também encontrado na forma de compostos orgânicos em fungicidas, bactericidas e inseticidas. É também usado em vários tipos de lâmpadas elétricas, incluindo as fluorescentes e as de descarga de alta densidade; em interruptores, retificadores e termostatos elétricos; em bombas de difusão a vapor de mercúrio; em manômetros; e em outros tipos de instrumentos de pressão, medição e calibração.

O mercúrio, portanto, possui uma ampla utilização, tanto na indústria quanto na odontologia; porém, pode acarretar sérios danos se utilizado de maneira indiscriminada ou inadequada, por isso o controle dessa substância surge como preocupação atual devido sua alta toxicidade e persistência na atmosfera.

O mercúrio causa graves problemas de corrosão e quando aquecido emite fumos altamente tóxicos. Para a saúde humana, o mercúrio representa um grande risco, pela toxicidade e danos no nível celular e orgânico do organismo humano e sua exposição deve ser diminuída na população em geral, mas principalmente em crianças e grávidas.

Por ser um material perigoso, porém de intensa utilização foi feito um levantamento na literatura científica sobre o gerenciamento que vem sendo dado a esse resíduo, dando ênfase no uso do mercúrio na odontologia.

A exposição ao mercúrio pode ocorrer ao se respirar ar contaminado, por ingestão de água e comida contaminada e durante tratamentos dentários. Pode causar efeitos nefrotóxicos, neurotóxicos, podendo prejudicar o cérebro, o fígado, pulmão, o desenvolvimento de fetos e causar vários distúrbios neuropsiquiátricos.

A legislação brasileira, seguindo as normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e da Organização Mundial de Saúde, e também de acordo com a NBR 10004 de 2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, estabelece como limite de tolerância biológica para o ser humano, a taxa de 33 ug Hg/g de creatinina urinária e 0,04 mg Hg/m3 no ambiente de trabalho (sendo considerado como insalubridade de grau máximo). De acordo com a NBR 10004/04, os resíduos gerados em diferentes fontes produtoras podem ser classificados de acordo com o grau de risco ou periculosidade para a saúde e ambiente, sendo classificados em classe I (perigosos por apresentarem uma das cinco características: toxicidade, reatividade, inflamabilidade, corrosividade e patogenicidade) e classe II (não perigosos).

Uma agencia federal norte-americana criou uma tabela para aplicar regulamentações sobre segurança e saúde ocupacional para empresas e indústrias nos Estados Unidos, com os Limites de exposição aos vapores de Hg. No Brasil, não existe na legislação a divisão do mercúrio em compostos alquil e aril; os limites de exposição são estabelecidos para o composto mercúrio, de um modo geral.

O amálgama dental tem sido usado por mais de 150 anos. Em 1840 o amálgama e todas as substâncias com mercúrio foram consideradas nocivas aos dentes e todas as partes da boca e já havia idéias relacionadas a retirada do amálgama da odontologia. Foram feitas pesquisas com mulheres grávidas e foi constatado que o amálgama poderia promover intoxicação fetal. Alguns autores destacam o perigo que representa para a saúde dos profissionais odontólogos e de seus auxiliares, uma vez que a contaminação pode ocorrer por contato direto do metal com a pele ou através da inalação de seus vapores, sendo a manobra de mais perigo a preparação do amálgama. Na literatura há vários estudos mostrando que o amálgama dentário se espalha pelo corpo, podendo ser encontradas concentrações em outros órgãos, urina, sangue e fezes e que essas concentrações diminuem após a retirada das restaurações de amálgama. Foram feitos também estudos relacionados a quantidade de mercúrio na urina dos profissionais dentistas, mas não foi constatada alterações, porém os valores foram estatisticamente relevantes quando correlacionadas com o número de restaurações de amálgama que cada dentista colocava por semana. Esses profissionais devem se preocupar com os vapores de mercúrio liberados dos resíduos de amálgama, pois podem estar expostos a grandes concentrações de mercúrio, que, com o passar do tempo, poderia provocar fadiga, esclerose múltipla, arteriosclerose, doença de Alzheimer, nervosismo, irritabilidade, dores de cabeça e instabilidade emocional.

Os profissionais da saúde bucal estão expostos diariamente ao mercúrio e aos seus riscos de contaminação, que pode ocorrer por meio de diferentes fatores, como: pela manipulação do amálgama, gotas do metal derramadas acidentalmente, remoção do excesso do mercúrio do amálgama, por amalgamadores com vazamento, por falhas do sistema de sucção, quando da remoção de restaurações antigas, ou pela presença de restos de amálgama armazenados inadequadamente nos consultórios. A presença de fontes de calor, como estufas e autoclaves, no mesmo ambiente onde o amálgama é manipulado, aumenta as possibilidades de intoxicação mercurial. Foram feitos estudos sobre a eficácia de diversas substâncias na retenção

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