Razão Carga Massa do Eletron
Por: quimica1234 • 3/4/2025 • Trabalho acadêmico • 992 Palavras (4 Páginas) • 15 Visualizações
Prática 08 – Razão carga-massa do elétron
CURITIBA
2024
Introdução
O experimento para determinação da razão carga-massa do elétron (e/m) é um marco histórico na física, essencial para a compreensão da estrutura atômica. J.J. Thomson, em 1897, foi o pioneiro ao identificar o elétron como uma partícula subatômica, utilizando um tubo de raios catódicos. Durante suas investigações, Thomson observou que, ao aplicar campos elétrico e magnético, os elétrons se desviavam, revelando a relação entre carga e massa.
Do ponto de vista físico, a razão carga-massa do elétron é um parâmetro crucial que se relaciona à dinâmica das partículas carregadas em campos elétricos e magnéticos. O experimento utiliza a trajetória circular que os elétrons descrevem quando submetidos a um campo magnético, permitindo calcular a razão e/m a partir da análise das forças que atuam sobre a partícula.
Um aspecto relevante do experimento é o efeito termiônico, que ocorre quando os elétrons são emitidos de um material aquecido. Esse fenômeno é crucial para a geração de elétrons no tubo de raios catódicos, onde um filamento é aquecido, liberando elétrons que são então acelerados por um campo elétrico. A temperatura do filamento influencia a quantidade de elétrons emitidos, o que deve ser considerado nas medições.
O uso de uma bobina de Helmholtz é igualmente importante para o experimento. Essa configuração de bobinas produz um campo magnético uniforme, permitindo que os elétrons descrevam uma trajetória circular bem definida. A força de Lorentz, que atua sobre os elétrons em movimento, é dada por , onde é a carga do elétron e é sua velocidade. A relação entre a força centrípeta e a força de Lorentz é fundamental para determinar a razão e/m.[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4]
Matematicamente, a relação pode ser expressa como:
[pic 5]
onde é o raio da trajetória dos elétrons. Assim, por meio da medição do raio da trajetória e da velocidade dos elétrons, é possível calcular a razão carga-massa.[pic 6]
Resultados e Discussão
- Equipamento UNITED SCIENTIFIC SUPPLIES INC.
A razão carga/massa do elétron foi determinada de duas maneiras neste equipamento:
- Manteve-se o potencial fixo e variou-se a corrente do campo magnético
- Manteve-se o a corrente do campo magnético fixa e variou-se o potencial
Em ambas as situações, o potencial é responsável pela aceleração dos elétrons, enquanto a corrente oriunda do campo magnético é responsável pelo desvio do feixe de elétrons.
- Potencial fixo
Ao fornecer uma diferença de potencial de aproximadamente 100V, foi possível verificar a presença de um rastro de elétrons no interior da ampola preenchida por um gás rarefeito. A presença do rastro é caracterizada pela emissão de uma linha de luz. Esse fenômeno pode ser explicado pela mecânica quântica e envolve a colisão inelástica de elétrons com átomos de gás presentes na ampola. Nessa colisão, o elétron transfere energia suficiente para excitar um elétron do átomo, promovendo-o de um nível energético inferior para um superior. Ao retornar ao seu estado fundamental, o elétron excitado libera um fóton, cuja emissão é responsável pelo rastro luminoso observado.
Seguida desta observação, a bobina de Helmholtz foi alimentada pela corrente (I) do campo magnético e os dados coletados estão conforme a tabela 1. A presença do campo magnético faz o feixe de elétrons desviar em uma trajetória circular. A fim de facilitação de cálculos, o tubo foi orientado a 90º de maneira que a saída do feixe coincidisse com a entrada dele, resultando em um sen θ igual a 1. O campo magnético gerado pelo arranjo de bobinas de Helmholtz, de acordo com o fabricante, é dado por (Equação 1):
[Equação 1][pic 7]
Por fim, a razão carga/massa do elétron foi calculada pela equação a seguir (Equação 2):
[Equação 2][pic 8]
Tabela 1: Potencial Fixo
V / V | I / A | B (10-3 T) | r / m | e/m (C/kg) | 1 / r² | B² |
240 | 1,1 | 0,00099 | 0,048 | 2,12563E+11 | 434,0277778 | 9,801E-07 |
1,2 | 0,00108 | 0,0415 | 2,38945E+11 | 580,6357962 | 1,1664E-06 | |
1,3 | 0,00117 | 0,0405 | 2,13776E+11 | 609,6631611 | 1,3689E-06 | |
1,4 | 0,00126 | 0,037 | 2,2085E+11 | 730,4601899 | 1,5876E-06 | |
1,5 | 0,00135 | 0,0335 | 2,34684E+11 | 891,0670528 | 1,8225E-06 | |
1,6 | 0,00144 | 0,0335 | 2,06266E+11 | 891,0670528 | 2,0736E-06 | |
1,7 | 0,00153 | 0,0315 | 2,06651E+11 | 1007,810532 | 2,3409E-06 | |
1,8 | 0,00162 | 0,029 | 2,17478E+11 | 1189,060642 | 2,6244E-06 |
De posse dos valores obtidos, é possível manipular a equação 2 e obter uma linearização:
[pic 9]
E, assim, o gráfico (1) da reta é representado abaixo:
[pic 10]
Figura 1: Gráfico 1
A partir da equação da reta, o coeficiente angular é obtido e pode-se extrair a razão carga/massa:
[pic 11]
b) Corrente magnética fixa
De maneira análoga o experimento foi repetido, porém agora com o valor da corrente fixa ao invés do potencial. Logo foram obtidos os valores presentes na tabela 2 e por meio da manipulação da equação 2 tivemos a linearização dos dados e o gráfico (2) da reta.
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