Relatório Sobre Métodos Científicos
Por: Iara Alves • 3/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.623 Palavras (7 Páginas) • 345 Visualizações
- Introdução
Os processos na química, assim como nas outras ciências, são acompanhados de muitas horas de trabalho cuidadoso que segue um caminho mais ou menos sistemático, na busca de respostas a questões científicas. Este caminho é chamado de método científico.
A primeira etapa do método científico é a observação, em que a natureza é observada em condições de forma que os resultados das experiências são reproduzíveis.
A próxima etapa é a proposição de explicações, tentativas ou hipóteses que possam ser testadas através de experimentos. Se confirmadas por repetidas experiências, evolui para o que se chama de teoria. Quando não confirmadas, busca-se uma nova teoria, a qual também é submetida a testes, até que se encontre uma que se enquadre como explicação mais provável.
Neste experimento, empregou-se o método científico objetivando responder a curiosos questionamentos levantados a respeito de um dado sistema.
- Experimental
- Materiais e equipamentos
- Erlenmeyer arrolhado 250ml
- Termômetro graduado em graus Celsius
- Chapa de aquecimento
- Congelador
2.2. Procedimento
Na primeira parte do experimento o erlenmeyer contendo um líquido de composição desconhecida e que era inicialmente incolor, foi agitado e então se observou que o líquido tornava-se azul, e poucos instantes depois, quando deixado em repouso, voltava ao seu estado inicial. A partir de então hipóteses foram levantadas para explicar o que ocorrera dentro do recipiente.
O próprio material utilizado como base para desenvolver o método científico fornece quatro hipóteses para serem analisadas. São elas:
H1: O líquido fica colorido ao entrar em contato com a rolha, que parece impregnada de uma substância azul.
H2: Quando o líquido é agitado, aumenta muito o seu contato com as paredes do frasco. Isto torna o líquido azul.
H3: A agitação aumenta a energia térmica das moléculas, e isto produz a cor azul.
H4: Existe um gás acima do líquido que, ao misturar-se com ele durante a agitação, torna o líquido azul.
H4’: No frasco contem dois líquidos imiscíveis que com a agitação, se misturam e a cor se dispersa por todo o volume, assim permanecendo enquanto dura a mistura.
Com as hipóteses levantadas, passamos a aplicar testes a cada uma delas e observar os resultados com o intuito de julgá-las com relação a sua veracidade. Sendo eles:
T1: Fizemos o líquido entrar em contato com a rolha, mas sem agitá-lo, e deixamos repousar um pouco, em seguida agitamos (sem deixá-lo tocar na rolha).
T2: Giramos o líquido, cuidadosamente e sem agitação, de modo que a superfície de contato com o recipiente aumentasse.
T3: Esfregamos um pouco a parede do erlenmeyer com a mão para aquecê-lo um pouco, mas sem agitar o líquido.
T4: Observamos atentamente a superfície do líquido e pudemos perceber pequenos indícios de cor azul.
T4’: Verificamos se havia a existência de uma camada azul, depois da mistura dos dois líquidos, que se apagava de baixo para cima, à medida que o suposto líquido azul voltava à superfície.
A cada teste realizado foram feitas anotações sobre o que se era observado. E assim notou-se que a hipótese mais plausível era a H4. Acreditasse então que a coloração era dada por um gás contido no recipiente.
Entretanto, inicialmente não era possível identificar a natureza do gás, então destampamos o erlenmeyer para que o gás aprisionado fosse liberado, transportamos a mistura para outra vidraria vazia, deixando que o liquido estivesse em contato apenas com o ar atmosférico. Depois tampamos e agitamos o recipiente novamente para saber se o fato continuava a ocorrer. Como aparentemente a intensidade da cor azul não se alterou, concluiu-se que o gás contido anteriormente era o gás atmosférico ou um de seus componentes.
Com uma maior confiança de que a H4 é a correta, só resta saber se a interação entre o gás e o líquido se dá através de uma mistura ou de uma reação química. Para verificar esse questionamento, agitamos o recipiente até que o líquido mudasse de cor e depois esperamos ele voltar ao estado inicial; este procedimento foi repetido vinte vezes e então retiramos vagarosamente a rolha após umedecê-la, e observamos o que a pressão interna diminuiu e a água presente na rolha foi arrastada para dentro do erlenmeyer, comprovando que a interação “liquido + gás” é na verdade uma reação e não uma simples mistura.
Para saber qual dos gases atmosféricos é responsável pelo fenômeno, borbulhamos gás nitrogênio e oxigênio no líquido. Logo após verificamos que o oxigênio é o responsável pelo efeito. E obtivemos a seguinte reação para a coloração:
Líquido + oxigênio -> Substância Azul
Em seguida, resfriamos a mistura a 16°C e agitamos. Observamos que demorou 6 minutos para que o sistema voltasse a sua coloração inicial, um tempo 5 vezes maior que precisava para ficar incolor na temperatura ambiente (25°C).Despois disso, levamos a mesma mistura a uma chapa de aquecimento até que fosse atingidos 36°C. Agitamos mais uma vez o recipiente e então foi necessário apenas 30 segundos para que o estado inicial fosse atingido novamente.
Por fim, segundo as anotações feitas a partir das observações ao longo do experimento, pode-se dizer que a reação que melhor explica os acontecimentos é: Substância azul + substancia B -> substancia incolor
- Resultados e Discussão
Foi adquirido um recipiente chamado Erlenmeyer, com capacidade de 250 ml com aproximadamente 100 ml de um misterioso líquido. Feita, inicialmente uma análise macroscópica, o liquido apresentou uma viscosidade próxima a da água e coloração transparente. Ao agitar o recipiente, o líquido tornava-se azul, e deixado em repouso retornava ao seu estado inicial.
Como foi descrito na Metodologia foram executados alguns testes, e observamos que ao colocar o líquido em contato com a rolha nada ocorreu, embora quando agitamos mesmo sem o contato com a rolha o líquido continuou tornando-se azul. Então realizamos movimentos circulares sem agitar o erlenmeyer a fim de aumentar a superfície de contato e observamos que o líquido permaneceu inalterado. Por fim, atritamos as mãos com as paredes do recipiente para aumentar a energia térmica, mas nada ocorreu, podendo assim descartar as hipóteses H1, H2 e H3. Como também ao tornar o liquido azul e depois observar ele retornar a cor inicial foi observado que o descoramento não ocorria de cima para baixo ou de baixo para cima, abandonando a hipótese de ser uma mistura de líquidos de densidades distintas.
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