Relatório
Por: tacss • 17/8/2015 • Relatório de pesquisa • 1.532 Palavras (7 Páginas) • 479 Visualizações
FACULDADES OSWALDO CRUZ |
RELATÓRIO DE QUÍMICA GERAL E EXPERIMENTAL |
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INTRODUÇÃO E OBJETIVOS:
Desde a mais tenra idade o ser humano busca compreender o que acontece à sua volta. O homem primitivo tentava entender como o fogo acontecia, e, após milhares de anos, o homem moderno ainda busca desvendar uma série de enigmas: Como o universo foi formado? Como nós fomos criados, e, o que aconteceu para que nos tornássemos seres racionais enquanto os outros seres vivos não evoluíram a tal ponto?
Temos na Química, a busca do homem por entender como ocorrem as transformações que acontecem ao nosso redor. Sabemos que não há coisa alguma sendo criada a partir do nada e que tudo o que temos hoje são alterações de coisas pré-existentes.
Quando uma substância é formada a partir de outra, chamamos esse fenômeno de reação química. No entanto, nem todas as substâncias reagem da mesma maneira para que a transformação ocorra. Neste relatório, mostraremos experimentos que possuem como objetivo mostrar a diferença entre os vários tipos de reações químicas. Podemos dividi-las em quatro classes:
Reação de precipitação: Ao misturarmos duas soluções aquosas na forma iônica é formado um precipitado sólido. Isso ocorre quando a concentração destes íons, em solução, tiver uma quantidade suficiente para superar o produto de solubilidade do precipitado que se formará a uma determinada temperatura.
Reação com liberação de gás: Onde os reagentes são substancias não gasosas e o gás produzido na solução é pouco solúvel e menos denso que a solução líquida.
Reação com formação de eletrólito fraco: Nem sempre é possível identificar visualmente quando ocorre uma reação química, este é o caso deste tipo de reação em que é formado um produto menos ionizado.
Reação de oxirredução (transferência de elétrons): Ocorre um processo simultâneo de perda e ganho de elétrons.
Mostraremos a seguir em nossos experimentos esses tipos de reações e o que visualizamos quando elas ocorrem.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:
- Em um tubo de ensaio, adicionamos à uma pequena quantidade de óxido de cálcio, cerca de 10 mL de água destilada. Mergulhamos uma tira de papel de tornassol azul e rosa no tubo de ensaio, observamos. Adicionamos algumas gotas de fenolftaleína. Observamos.
- Em um tubo de ensaio, colocamos um prego pequeno, devidamente poluído, numa solução de sulfato de cobre (ll) (2mL).
- Em um tubo de ensaio, colocamos uma tira de cobre metálico, numa solução de 2 mL de nitrato de prata.
- Em um tubo de ensaio, adicionamos 1 mL de solução de nitrato de chumbo (ll). Com uma pipeta, adicionamos no mesmo tubo, gota a gota, 1 mL de iodeto de potássio.
- Em um tubo de ensaio contendo 1 mL de solução de dicromato de potássio, adicionamos lentamente 1 mL de solução de nitrato de prata.
- (Demonstrativa) Em uma cuba de vidro contendo água destilada, colocamos com cuidado sódio metálico. Observarmos. Terminada a reação, transferimos para três tubos de ensaio cerca de 5 mL da solução da cuba. Testamos a solução do primeiro tubo com papel de tornassol azul e rosa. No segundo tubo, adicionamos 3 gotas de indicador de fenolftaleína. No terceiro tubo adicionamos 3 gotas de indicador alaranjado de metila.
- Colocamos em tubo de ensaio, pequena quantidade de bicarbonato de amônio, em seguida, aquecemos lentamente o tubo na chama do bico de Bunsen. Identificamos o odor liberado e verificamos o pH com papel de tornassol.
- (Demonstrativa) Usando a capela e com cuidado, colocamos uma pequena porção de dicromato de amônio num tubo de ensaio. Aquecemos lentamente o tubo na chama do bico de Bunsen.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
1. Ao adicionarmos 10 mL de água destilada ao óxido de cálcio, vemos o sólido branco tornando-se um líquido de aspecto leitoso. No momento em que foi mergulhado o papel de tornassol azul na solução, não houve mudança na cor do papel. Ao mergulhar o papel de tornassol rosa na mesma solução, houve mudança de coloração para azul. No instante em que foi adicionado as gotas de fenolftaleína, a solução tornou-se rosa.
Pudemos perceber o caráter básico do CaO através dos indicadores usados, já que através da fenolftaleína líquidos ácidos ficam incolores e líquidos básicos tornam-se rosas. Outro indicador foi o papel de tornassol ficar com sua coloração azulada, o que também evidencia o caráter básico da solução, pois neste tipo de indicador, ácidos fazem com que o papel adquira cor avermelhada.
A reação é de formação de eletrólito fraco, pois vemos que seu produto perde íons.
2. Após colocarmos o prego polido em 2 mL de solução de sulfato de cobre (ll) (coloração azulada), aguardamos alguns minutos e logo o prego estava enferrujado e o líquido havia se tornado esverdeado. Após mais alguns minutos, o líquido havia se tornado amarelo.
[pic 1][pic 2]
Podemos dizer que ocorreu uma reação de oxirredução, pois o prego de ferro se oxidou por conta do cobre presente na solução.
3. Após colocarmos a tira de cobre metálico na solução de nitrato de prata e aguardarmos alguns instantes, observamos a formação de uma camada de prata sobre o cobre, dando uma aparência porosa a esta tira. Observamos também que a solução passou a ter uma coloração levemente azulada.
Cu + 2 AgNO3 → Cu(NO3)2 + 2 Ag. Reação de oxirredução.
4. Ao adicionarmos o iodeto de potássio no tubo de ensaio que já estava com a solução de nitrato de chumbo ll, a solução tornou-se amarela.
Pb(NO3)2 + 2 KI → PbI2 + 2 KNO3. Reação de precipitação.
É importante mencionar que temos nessa solução um halogeneto (I), onde sua regra de solubilidade diz que estes elementos são solúveis, exceto em contato com o mercúrio, prata e chumbo, que é o caso ocorrido aqui.
Temos nessa reação a presença de um metal alcalino (K), que são elementos extremamente reativos. O elemento K une-se ao NO3 para que compartilhem elétrons e ele possa finalmente se estabilizar com a transferência de elétrons.
5. Ao adicionarmos a solução de nitrato de prata no tubo de ensaio que já continha 1 mL de solução de dicromato de potássio, a solução que antes possuía coloração alaranjada, passou a ser marrom.
K2Cr2O7 + 2 AgNO3 = Ag2Cr2O7 + 2 KNO3. Relação com formação de eletrólitos fracos.
Temos nessa reação a presença de um metal alcalino (K), que são elementos extremamente reativos. O elemento K une-se ao NO3 para que compartilhem elétrons e ele possa finalmente se estabilizar com a transferência de elétrons.
6. Quando colocamos o sódio metálico na cuba de vidro contendo água destilada, ele passa a girar sobre seu próprio eixo, liberando energia e gás.
2 Na + 2 H2O = 2 NaOH + H2. Reação de liberação de gás.
Temos nessa reação um metal alcalino (Na), que são elementos extremamente reativos, pois possuem apenas um elétron em sua camada de valência e precisam perde-lo para se estabilizar, juntando-se com outros elementos para que isso ocorra, como é o caso deste experimento realizado em que 2Na desloca a molécula da água e forma 2NaOH, havendo então transferência de elétrons.
7. Ao aquecermos o bicarbonato de amônio na chama do bico de Bunsen, a solução passou a espumar e a liberar odor de amônia. No momento em que verificamos o pH com o papel de tornassol azul, ele continuou azul, e ao colocarmos o papel de tornassol vermelho, este se tornou azul, demonstrando ter caráter básico.
NH4HCO3 = NH3 + CO2 + H2O. Reação com liberação de gás.
Os gases produzidos pela reação são os gases de amônia, o gás carbônico e o vapor de água. Podemos identificar o gás de amônia pelo forte cheiro de amônia liberado no ar, o gás carbônico através do papel de tornassol e o vapor de água era visível.
O gás carbônico produzido na reação (CO2), é um dos principais componentes químicos do ar atmosférico, além do nitrogênio e do argônio.
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