Relatório de como fazer sabão e detergente

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE ENSINO SUPERIOR

UNIDADE ACADÊMICA DE LICENCIATURAS E FORMAÇÃO GERAL

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA – CAMPUS JOÃO PESSOA

PRÁTICA PROFISSIONALIII

SABÃO E DETERGENTE

Alunos: Joab Barbosa da Silva

Eliel Melo da Costa Junior

Professora Maria de Fátima Villar de Queiros

João Pessoa, 28 de Outubro de 2014

1. OBJETIVOS

Ao longo da experiência pretendeu-se apreender os processos químicos envolvidos na preparação do sabão e detergente., bem como identificar suas principais diferenças.

2. INTRODUÇÃO

Um dos componentes essenciais para a limpeza é sem dúvida o sabão. Mas o que é um sabão? Sabão é um sal de ácido carboxílico de cadeia longa (o chamado ácido graxo). Esse sal possui caráter misto, em termos de solubilidade em água: por possuir cadeia hidrocarbônica longa, esta tende a ser insolúvel em água, mas capaz de interagir com espécies apolares, como gorduras e outras que denominamos comumente de sujeira.

Por outro lado, possuem também uma região polar, que é o grupamento ácido carboxílico ionizado (carboxilato), capaz de interagir com moléculas de água. Assim, as moléculas de sabão podem interagir tanto com água como com gorduras, levando à dispersão destas naquele solvente, ou seja, proporcionando aquilo que chamamos limpeza.

O sabão é preparado por hidrólise de triglicerídeos com bases como o hidróxido de sódio ou de potássio. Triglicerídeos são ésteres de ácidos graxos com glicerol, e a hidrólise em meio alcalino gera sabão (sal de ácido graxo) e glicerina (glicerol). Os triglicerídeos empregados são de origem animal ou vegetal, podendo ser denominados óleos (quando líquidos) ou gorduras (quando sólidos). Assim, o sabão de coco, por exemplo, vem da hidrólise da gordura de coco. O uso de hidróxido de sódio gera sabões sólidos, enquanto o hidróxido de potássio fornece sabões pastosos.

Em relação ao detergente, também utilizado para limpeza, Qual seria a diferença entre ele o sabão? Enquanto sabões são sais de ácidos carboxílicos, detergentes são sais de ácidos sulfônicos. Enquanto os sais de ácidos carboxílicos com íons divalentes e trivalentes (Ca2+ e Fe3+, por exemplo) são insolúveis em água, os sais de ácidos sulfônicos desses mesmos íons são solúveis. Os detergentes, ao contrário dos sabões, são de origem sintética. Muitos detergentes causam problemas ambientais, ao serem lançados em cursos de rios, levando à formação de espumas; assim, é importante haver tratamento de resíduos de indústrias, de forma a diminuir a degradação do meio ambiente.

Sabões e detergentes são denominados tensoativos aniônicos, porque em ambos o grupo polar é um ânion (carboxilato ou sulfonato). Existem outros tipos de tensoativos: os catiônicos, que possuem como grupo polar um nitrogênio quaternário (sal de amônio quaternário), os anfóteros ou betaínicos, que possuem dois grupos ionizados – um aniônico e outro catiônico –, e os não-iônicos, que são poliálcoois, como os polietilenoglicóis (PEG).

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Materiais

I. Preparação do Sabão

• Balde plástico
• Balança
• Bastão de vidro
• Béquer
• Colher de pau
• Esponja de aço
• Proveta
• Peneira
• Vidro de relógio
• Reagentes
• Óleo
• Hidróxido de sódio (NaOH)
• Sabão em pó
• Pinho sol
• Água sanitária
• Água destilada

II. Preparação do Detergente

• Béquer
• Balança
• Balde plástico
• Bastão de vidro
• Colher de pau
• Proveta
• Funil
• Vidro de relógio
• Reagentes
• Hidróxido de sódio (NaOH)
• Ácido sulfônico
• Amida
• Ipel (bactericida)
• Água destilada
• Essência
• Brancol (corante)
• Lauril (espumante)

3.2 PROCEDIMENTOS

3.2 Preparação do Sabão

O óleo aproveitado para fazer o sabão foi peneirado utilizando-se uma peneira e lã de aço, para filtrar a gordura presente no óleo.

Pesou-se em seguida 280g de Hidróxido de Sódio (NaOH), e mediu-se 100mL de sabão em pó, 100mL de pinho sol, 100mL de agua sanitária, e 250mL de água.

No óleo foi acrescentado a água, a água sanitária, o sabão em pó, e o NaOH. Mexeu-se a mistura vigorosamente por um tempo. Verificou-se o seu pH. Quando adquiriu uma certa consistência, a mistura foi armazenada em um recipiente e deixada em repouso.

3.2.1 Preparação do Detergente

O NaOH foi pesado, e depois dissolvido em água, em seguida foi depositado no balde que continha os 5L dessa substancia.

Mediu-se os 250mL de ácido sulfônico, os 150mL de amida, os 10mL de formol, os 5mL da essência, e as quantidades de corante e do lauril, necessários para produzir os 5L de detergente.

O ácido sulfônico foi adicionado bem lentamente na mistura de água mais NaOH para evitar fazer espuma, com o objetivo de obter o pH sete, e foi deixado em repouso por 10 minutos. Por ultimo adicionou-se o ipel, o corante, a essência, e a amida. Para que ela ficasse mais viscosa, deixaram-na em repouso por algumas horas.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Sabão

A água por si só não consegue remover certos tipos de sujeira, como por exemplo, restos de óleo. Isso acontece porque as moléculas de água são polares e as de óleo apolares. O sabão exerce um papel importantíssimo na limpeza porque consegue interagir tanto com substâncias polares quanto com substâncias apolares. Podemos dizer que a cadeia apolar de um sabão é hidrófoba (possui aversão pela água) e que a extremidade polar é hidrófila (possui afinidade pela água).