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Resenha do Livro '' Os botoes de Napoleão

Por:   •  17/12/2015  •  Resenha  •  3.020 Palavras (13 Páginas)  •  2.031 Visualizações

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Aluno: ________________________________________ n°_____ 3o Série ___

Professora: Heloísa data: _____/____/2015.

1 – Pimenta, noz-moscada e cravo-da-índia

O capítulo primeiro do livro Os Botões de Napoleão (Pimenta, noz-moscada e cravo-

da-índia), aborda de maneira abrangente e peculiar como a simples existência, e o fascínio da

população por suas propriedades conservativas, gastronômicas (ardência e sabor prazerosos),

medicinais (pesticidas, repelentes..), de compostos com anéis aromáticos como a piperina,

capsaicina, zingerona, eugenol, isoeugenol, miristicina e elemicina, presentes nas

especiarias (Pimenta, noz-moscada e cravo-da-índia), puderam, de certa forma, alterar

drasticamente a organização social política e econômica da época, sendo alguns dos produtos

mais caros e cobiçados até então, impulsionando uma série de conflitos entre potências,

massacres e genocídios de povos, grandes expedições navais e o descobrimento de inúmeras

terras (se não de todo o mundo até então desconhecido), ou seja, esses compostos foram um

dos estopins para o crescimento dos impérios ultramarinos europeus, o colonialismo. Estopim

talvez, mas não a causa, como às vezes é deixado a entender pelos autores, a causa para todos

esses eventos foi obviamente a ganância desenfreada das potências europeias que já, a partir

do séc. XV, começavam a agir como "multinacionais imperialistas", controladas por alguns

representantes "estatais", clero, nobreza e a crescente burguesia, visando enriquecer algumas

famílias e, como possuíam uma demanda gigantesca, a busca pelo monopólio do comércio de

especiarias em prejuízo de diversos povos, inclusive, da própria quantidade desses recursos na

natureza, era um investimento lucrativo, aparentemente melhor que simplesmente usufruir

harmoniosamente desses abundantes e magníficos recursos naturais.

2 – Ácido ascórbico

O capítulo segundo do livro Os Botões de Napoleão (Ácido ascórbico) aborda de

maneira abrangente e peculiar a suma importância que teve a vitamina C (ácido ascórbico)

para uma melhor qualidade de vida dos marinheiros e consequentemente um melhor

desenvolvimento da capacidade naval humana. O escorbuto, causado pela deficiência de

vitamina C no organismo, é uma doença mortal que ataca diversas partes do corpo, causando

muito sofrimento e deixando suas vítimas extremamente debilitadas e depressivas, isso


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seguido de uma morte agonizante. Foi considerado o maior responsável pelas mortes no mar

durante o período colonial. As viagens marinhas da época contavam com uma tripulação

muito grande e não dispunham de espaço suficiente para armazenar água e comida necessárias

para uma alimentação digna e saudável e nem capacidade "tecnológica" para conservar frutas

cítricas, verduras e hortaliças (alimentos ricos em ácido ascórbico), mesmo sendo do

conhecimento público que consumo de cítricos era excelente para a prevenção e tratamento do

escorbuto (embora não havia sido comprovado e aceito cientificamente ainda). Essas

condições precárias causaram o gigantesco mal que foi o escorbuto. Ao longo dos tempos,

experiências foram sendo feitas e foi ficando cada vez mais evidente que o consumo de frutas

e verduras ricas em vitamina C era o essencial para erradicar por completo o escorbuto dos

navios. Suco de limão, laranja, plantas de gengibre, etc., passaram a ser obrigatórias nos

navios, e métodos de conserva foram aprimorados, tornando o escorbuto um terrível mal

passado. A palavra vitamina vem de vital (necessário) e amina (composto orgânico

nitrogenado), o C indica que foi a terceira vitamina descoberta.

4 – Glicose

No capitulo terceiro do livro “Os Botões de Napoleão” (Glicose), é apresentado

curiosidades históricas sobre como moléculas de sabor doce (em especial a glicose) puderam

servir de grande motor da história. A partir do séc. XIII, o açúcar (ou sacarose, composto por

uma molécula de glicose e uma de frutose, vinda do fruto de extração) tornou-se uma iguaria

extremamente desejável, sendo utilizada para adoçar safras de vinho, café, chá, preparar

geleias e gelatinas, doces, etc. Era tão indispensável que podemos considerar uma das maiores

drogas até hoje. A matéria-prima ideal para a obtenção desse açúcar era a cana-de-açúcar

(sendo bastante utilizado beterraba também) e, como na Europa não era muito viável o cultivo

da mesma, as colônias europeias no novo mundo serviam de quintal perfeito para isso

(considerando clima e solo), sendo o ciclo do açúcar um dos principais e mais duradouros

ciclos econômicos da América, contando com a mão-de-obra escrava de dezenas de milhões

africanos ao longo de séculos, que eram capturados e vendidos (gerando um outro lucrativo

movimento econômico inclusive) de uma das formas mais desumanas e agonizantes possível,

a fim de, mais uma vez, gerar lucros astronômicos, já que havia uma demanda igualmente

astronômica pelo produto. Ao longo do tempo foi-se descobrindo que era possível sintetizar

substancias artificiais que imitam a geometria dos açucares (compatíveis com os receptores de

doçura das papilas gustativas que captam os impulsos de sabor) dando início à indústria de


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adoçantes sintéticos, tendo como principais moléculas a sacarina, ciclamato de sódio,

asparmate, sucralose, etc. Esses adoçantes, além de não possuírem valor calórico

significativo (pois não são metabolizados), são absurdamente mais doces e potentes do que

açucares a base de glicose como a sacarose e a lactose (açúcar do leite, composto por uma

molécula de glicose e um de galactose).

4 – Celulose

O capitulo quarto do livro “Os Botões de Napoleão” (Celulose), aborda características

e aplicações do polissacarídeo celulose, e como, de certa forma, ele foi útil para o desenrolar

da revolução industrial e do trabalho escravo na América. A paixão por algodão, sendo ótimo

par o vestuário, era um fato na Europa do séc. XVIII, fazendo com que a indústria têxtil fosse

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