Resenha do artigo “Um olhar sobre a Química no Brasil”
Por: Rodolfo Lopes • 18/10/2019 • Resenha • 679 Palavras (3 Páginas) • 353 Visualizações
Aluno: Rodolfo M. L. Conceição
Turma: 1QBB
Disciplina: Comunicação Oral e Escrita
Resenha do artigo “Um olhar sobre a Química no Brasil”
No artigo Um olhar sobre a Química no Brasil, os autores Luiz Henrique Milagres de Oliveira e Regina Simplício Carvalho investigam com minuciosidade o processo de desenvolvimento da Química no país.
O texto é rico em informações e bem estruturado, o que revela a habilidade dos autores de construir uma história coesa, com linguagem simples e acessível, e sempre ligando os acontecimentos no Brasil com o que estava acontecendo na Europa.
No início do artigo, o autor é transportado para o período colonial. Afirma-se que antes mesmo do desenvolvimento técnico e a constituição da Química como disciplina ou até mesmo ciência, já se conheciam técnicas que faziam uso desse conhecimento. Um saber que foi acumulado pelos nativos brasileiros de geração em geração, como a utilização de corantes naturais extraídos de sementes, seiva e até de ouriços. O texto também faz referência à Pero Vaz de Caminha, que em suas cartas descreveu o Brasil recém descoberto ao Imperador.
Após essa breve contextualização do Brasil no cenário Internacional, os autores discorrem sobre as fases da economia brasileira
No período açucareiro, várias inovações foram trazidas, visto que a extração do pau brasil era feita de modo bem rudimentar e a nova forma de economia exigia mais técnicas. Apesar disso, o desenvolvimento da Química permaneceria estagnado por vários anos, pois os senhores de Engenho não se preocupavam muito com a tecnologia empregada, mas sim o lucro.
Já no período do ciclo do ouro, quando foram descobertas as jazidas em Minas Gerais, os autores nos explicam as transformações que se fizeram necessárias no país, como a criação do curso de engenharia militar, demonstrando certa preocupação do Imperador com a costa brasileira, e a modernização das técnicas de mineralogia e metalurgia.
Luiz Henrique e Regina Simplício também comentam, talvez com certo orgulho, dos primeiros químicos brasileiros, surgidos no século XVIII, fazendo menção a títulos e contribuições de cada um deles.
Já no Século XVIII, o artigo investiga as transformações ocorridas no país devido a transferência da corte portuguesa para o Brasil. Por meio de diversas medidas, o Imperador D. João VI permitiu o desenvolvimento de atividades relacionadas ao conhecimento científico. Foi nessa época em que foram criados os primeiros colégios de medicina, os laboratórios Químico prático do Rio de Janeiro e do Museu Real, e a biblioteca nacional. Além disso, os autores nos explicam como o curso de Engenharia passou a ter química no currículo, que foi devido à transformação da Academia Real de Artilharia em Academia Real Militar.
Em seguida, o artigo trata do primeiro Reinado, com D. Pedro I. Com muitos detalhes, conseguimos imaginar um Imperador intelectual, que se preocupava não só com o progresso e as inovações no país, mas também com a educação de suas filhas. Ele se interessava muito pela ciência e conheceu várias personalidades e instituições científicas na Europa. Com suas medidas e sua parceria com o Visconde de Mauá, deu o pontapé inicial na industrialização, por meio da construção de ferrovias e linhas de navegação e a introdução de novas tecnologias como o telégrafo e o telefone.
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