VOLUME PARCIAL MOLAR (TERMODINAMICA II)
Por: DEYVISSON11 • 29/9/2016 • Relatório de pesquisa • 1.566 Palavras (7 Páginas) • 915 Visualizações
PRÁTICA 02: VOLUME PARCIAL MOLAR
(TERMODINAMICA II)
C. R. OLIVEIRA , D. A. NASCIMENTO, F. S. S. MORAIS, M. ANDRADE, M.C.G. MORAIS, T. S. MENEZES.
1 Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Departamento de Engenharia Química
E-mail para contato: carolinne.rocha@yahoo.com.br, deyvisson.araujo@hotmail.com, fernanda-ssm@hotmail.com, mairalcandrade@yahoo.com.br, lyla_christian@hotmail.com, soares_menezes@hotmail.com
RESUMO
Devido às interações moleculares, a medida do volume total, resultante da mistura de dois líquidos reais, desvia do volume total calculado a partir dos volumes das espécies individuais. Para descrever este comportamento não ideal, é avaliada a propriedade parcial molar (PPM), na qual inclui o volume parcial molar das substâncias. O objetivo deste trabalho foi determinar o volume parcial molar dos componentes presentes em misturas binárias formadas por etanol e água. Foram preparadas dez soluções de frações molares variadas de etanol e água, sendo que metade das soluções foram preparadas utilizando etanol P.A e a outra metade com etanol 95%. Os resultados demostraram que com o aumento da relação molar etanol-água ocorreu expansão do volume parcial molar da mistura formada, enquanto que o aumento molar da relação água-etanol apresentou contração volumétrica do sistema.
INTRODUÇÃO
As variáveis termodinâmicas podem ser classificadas em dois tipos: propriedades intensivas (independentes da quantidade de material) ou extensivas (proporcionais à quantidade de material em questão). Entre as propriedades intensivas importantes na termodinâmica, encontramos as quantidades parciais molares, definidas na equação 1.
[pic 1]
Onde Q pode ser qualquer propriedade extensiva como volume (V), entalpia (H), energia livre de Gibbs (G).
A propriedade parcial molar mais fácil de visualizar é o volume parcial molar, definido como a contribuição que um componente de uma mistura faz para o volume total da mistura. Por exemplo, devido às interações moleculares, a medida do volume total resultante da mistura de dois líquidos reais desvia-se do volume total calculado a partir dos volumes adicionados de cada espécie. No caso da mistura etanol e água, por exemplo, ocorre uma contração de volume.
Neste caso, os volumes reais podem ser calculados através dos volumes parciais molares dos componentes da mistura (Vi e Vj). A diferença entre os volumes molares real e ideal define a variação média de volume molar da mistura (ΔV). A dependência da composição em (ΔV) é dada pôr:
[pic 2]
MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais e Reagentes | Quantidade |
Água Destilada | 400 mL |
Solução de Etanol (P.A) | 200 mL |
Solução de Etanol (95%) | 200 mL |
Picnômetros | 05/out |
Béqueres | 05/out |
Termômetro de mercúrio | 1 |
Cronômetro | 1 |
Balança analítica (precisão mínima de +/- 0,001g) | 1 |
Papel Absorvente | - |
Foram preparadas misturas de etanol-água (em diferentes composições) utilizando como base os valores mássicos. Após, pesou-se os picnômetros vazios, secos e fechados e calibrou-os. Verificou-se a temperatura da água dentro do picnômetro e a temperatura das misturas etanol-água. Depois, retirou-se a água destilada dos picnômetros e completou-os com as misturas. Fechou-se os picnômetros com suas respectivas tampas, secou meticulosamente e pesou-os.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os picnômetros foram calibrados segundo os dados da Tabela 1 e Tabela 2.
Tabela 1: Densidade da água a temperatura de trabalho
Dados: à 1 atm | |
Densidade | T (ºC) |
0,9975 | 23 |
0,9973 | 24 |
Tabela 2: Dados obtidos com o experimento
Dados experimentais (g) | |||||
Picnômetro | vazio | c/ água 1 | c/ água 2 | média 1 e 2 | (T ºC) |
1 (50 ml) | 33,4723 | 83,9709 | 83,9705 | 83,9707 | 23 |
2 (50 ml) | 38,9502 | 89,8443 | 89,8385 | 89,8414 | 24 |
3 (25 ml) | 13,352 | 39,9533 | 39,9655 | 39,9594 | 24 |
Após possuir os dados, foi encontrado o volume real de cada picnômetro através da massa de água e densidade da mesma, dando resultado à Tabela 3.
Tabela 3: Volume real dos picnômetros
Calibração dos picnômetros | |||
Picnômetro | massa d/ a | ρ (g/mL) | volume real(ml) |
1 | 50,4984 | 0,9975 | 50,62 |
2 | 50,8912 | 0,9973 | 51,03 |
3 | 26,6074 | 0,9973 | 26,68 |
Utilizando a formula de cálculo de erro (Equação 3), podendo o resultado ser visto na Tabela 4.
)[pic 3]
Tabela 4: Cálculo do erro percentual
Cálculo de erro do equipamento | |||
Picnômetro | Vol real | Vol padrão | Erro (%) |
1 | 50,62 | 50 | 1,23 |
2 | 51,03 | 50 | 2,02 |
3 | 26,68 | 25 | 6,29 |
Ao final da análise verificou-se que houve erro de volume real do picnômetro e embora o valor de erro fosse pequeno, a falta de calibração geraria erro nos cálculos posteriores, sendo assim, a etapa de calibração do equipamento se fez necessária.
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