A CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA ADMINISTRAÇÃO
Por: Sophia Reis • 20/7/2021 • Trabalho acadêmico • 2.329 Palavras (10 Páginas) • 125 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADIMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MAXWELL CELESTINO
SOPHIA AMADEU REIS
RESUMO DA TRADUÇÃO DO CAPÍTULO I DO E-BOOK: FIT FOR GROWTH A GUIDE TO STRATEGIC COST CUTTING, RESTRUCTURING, AND RENEWAL DE COUTO, PLANSKY E CAGLAR (2017) E RESUMO DO CASO LOJAS RENNER
Natal, julho de 2021
INTRODUÇÃO
A primeira parte do presente trabalho contém um resumo do capítulo I do e-book Fit for Growth a Guide to Strategic coast Cutting, Restructuring And Renewal, destacando os principais benefícios de se adotar a estratégia de realizar cortes em setores não essenciais da empresa, e focar o investimento em seus diferenciais, bem como alguns exemplos da adoção do método (IKEA) e da não adoção (Circuit City).
Na segunda parte é abordado o caso de sucesso da gestão das Lojas Renner, um modelo a ser seguido no seu setor de atuação, que se destaca até mesmo em momentos de crise como o que estamos vivendo relativos ao novo coronavírus, demonstrando desempenho positivo e expansão de suas operações.
Por fim, uma conclusão com a relação entre os casos apresentados e a metodologia do Fit for Growth.
RESUMO DA TRADUÇÃO DO CAPÍTULO I DO E-BOOK: FIT FOR GROWTH A GUIDE TO STRATEGIC COST CUTTING, RESTRUCTURING, AND RENEWAL
VOCÊ PRECISA CORTAR PARA CRESCER?
O texto comenta sobre o que as empresas devem fazer para crescer no “Novo Normal”. O gerenciamento de custos e a realização de cortes nas companhias são os principais pontos abordados. É preciso alinhar os custos com a estratégia geral da empresa para um crescimento eficiente. Além disso, ter um objetivo claramente definido, acessível e compreendido por todos, impulsiona a estratégia da empresa, pois todos sabem a direção a seguir.
No entanto, implantar e alinhar as ações comentadas nem sempre é tarefa fácil para os gestores das empresas, pois geralmente os esforços estão alocados de forma equivocada, e a estrutura de custos desalinhada com a estratégia da empresa, causando o esgotamento dos recursos financeiros. Um exemplo são os benchmarkings utilizados que muitas vezes não fazem sentido para o crescimento da empresa, pois focam em “ser o melhor de uma categoria”, ou fazem comparações com resultados anteriores, que podem não ser estrategicamente eficiente.
Portanto, se uma empresa não estiver organizada para o crescimento, as ineficiências se proliferam e a tomada de decisão se torna incerta, contribuindo para que a concorrência ganhe espaço no mercado. É muito importante, no contexto econômico e de negócios atual, alinhar a estrutura de custos e organizá-la para apoiar a estratégia, além de aceitar o fato de que é preciso fit for growth.
CIRCUIT CITY: A ABORDAGEM DE OSTRICH
A queda vertiginosa da Circuit City é um exemplo do que não fazer na busca do crescimento de uma empresa e o que a não adoção do Fit for Growth pode causar. A companhia chegou a ser uma das maiores do mundo em venda manual de sistemas e equipamentos de entretenimento doméstico caros e complicados, juntamente com planos de serviços estendidos. Mas em 8 de março de 2009 viu sua última loja fechar as portas.
A empresa tinha um recurso diferenciado de consultoria e apoio ao consumidor de classe média que buscava comprar dispositivos eletrônicos de grande porte, mas quando precisou fazer cortes, ao invés de proteger e promover o que faziam de melhor e cortar custos não essenciais, a gestão fez os cortes justamente nesse setor produtivo, prejudicando a experiência do cliente.
Aos poucos a Circuit City foi perdendo a visão desse sistema de recursos diferenciados, não evoluiu para atender às necessidades do cliente em constante mudança, não ajustou suas variedades de produtos, não formatou suas lojas para acompanhar as tendências do varejo e, com isso, não atingiu sua força na experiência do cliente. Nesse momento, aproveitando a queda das vendas da Circuit City, a sua concorrente Best Buy, teve um crescimento constante.
Em vez de se envolver em um processo proativo e estratégico para redirecionar recursos para suas capacidades diferenciadas, a Circuit City reagiu com uma série de movimentos táticos mal planejados e sucedidos. O mais alarmante foi a troca de milhares de funcionários experiente da sua equipe de vendas, que eram comissionados, por funcionários inexperientes sendo pagos por hora.
Essa onda de erros fez com que as ações da empresa chegassem a valer 10 centavos, enquanto as da Best Buy valiam 25 dólares e, com a chegada da recessão de 2008 a Circuit City declarou falência e foi forçada a liquidação, mostrando o quão importante é o alinhamento dos custos e recursos para que a empresa tenha excelentes e duradouros resultados.
IKEA: ELEVANDO A OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS PARA UMA FORMA DE ARTE
Ao contrário do que vimos na Circuit City, a IKEA é um ótimo exemplo quando se trata de focar no que se faz de melhor e alinhar seus custos e organização. É uma loja mundialmente conhecida por seus produtos com design simples e elegantes, enormes e convidativas lojas, e preços incrivelmente baixos.
O preço baixo de seus produtos é resultado da transferência de algumas atividades que seriam suas atividades, para os clientes, que fazem isso com prazer. A IKEA coloca seus clientes para escolher, transportar e montar seus móveis, priorizando o valor do consumidor e a acessibilidade.
Concentrando sua estratégia em seus recursos diferenciados, a IKEA incorpora a fórmula Fit for Growth, alinhando sua estrutura de custos e recursos, permitindo, assim, um crescimento rentável. Isso é possível devido a visão original do fundador da empresa ser visível para todos os funcionários de todas as IKEA do mundo, sendo guia em todas as decisões da empresa.
Os funcionários da IKEA buscam o máximo de economia em tudo, menos na qualidade de seus produtos, na experiência do cliente em suas lojas físicas e na eficiência de suas operações. Todos entendem as principais capacidades do grupo e trabalham para mantê-las, buscando sempre os mesmos objetivos. Além disso, as pessoas que trabalham na empresa se sentem tão valorizadas que realmente querem estar lá, pelo sentimento de pertencimento e humildade, eles vestem a camisa.
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