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A DISCRIMINAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  9/6/2022  •  Projeto de pesquisa  •  1.784 Palavras (8 Páginas)  •  134 Visualizações

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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO

LUCÉLIA COELHO   RA:

PROJETO INTEGRADOR – ROTINAS DE

DEPARTAMENTO DE PESSOAL: PRECONCEITO E

DISCRIMINAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

                             Claretiano – Centro Universitário

              Curso: Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos

Disciplina: Rotinas de Departamento Pessoal

 Professor: Neivaldo Hakime Dutra

Junho de 2022, PALMAS-TO.

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar como o preconceito e a discriminação de afrodescendentes no mercado de trabalho está conectado ao processo histórico, desde a escravidão, seguido pela abolição da escravatura e permanecendo até os dias atuais, mostrando que a figura do negro como sendo socialmente inferior. Essas discriminações são perceptíveis na escolaridade, nos ambientes de trabalho e no prestígio social dessas pessoas, onde podemos concluir que, apesar das estatísticas obtidas pela internet apontar uma mudança positiva da posição social dos negros no número de matriculados em universidades, dos que já possuem curso superior e no mercado de trabalho podemos ver que o caminho a ser percorrido ainda é longo e precisam ser tomadas medidas de inclusão social mais efetivas.

Palavras-chave: Preconceito, discriminação, negros, mercado de trabalho, universidade.

                

  1. INTRODUÇÃO

 Neste Projeto Integrador, para discursar sobre a temática do preconceito e discriminação do mercado de trabalho, foi usado o método de pesquisa qualitativo, obtido atraves de duas reportagens retiradas da internet, as quais dispõem o assunto em questão. Analisando o cenário atual do mercado de trabalho, vemos que existe a segregação racial que dificulta ou até mesmo barra a presença de negros na ocupação de cargos de prestígio nas empresas privadas. Infelizmente esse cenário é reflexo de todo um processo histórico discriminatório no qual os negros sempre ficou à margem da sociedade, restando para ele cargos com pouca qualificação e/ou prestígio social. Podemos afirmar isso analisando a nossa rotina, pois dificilmente encontramos dentistas negros, médicos negros, professores universitários negros, diretores de escola, gerentes de banco negros, empresários negros, em trabalhos na mídia seja em novelas, series ou campanhas publicitárias etc. Em contrapartida, os trabalhos com menos prestígio social possuem um número maior de negros, como por exemplo, atendentes de fast food, vendedores ambulantes, empregadas domésticas, diaristas, zeladores, gari, serventes de pedreiros,  babás, assim acontece em várias outras atividades que infelizmente é silenciada através da nossa rotina e que expõem-os a essa segregação.

 Analisando o conjunto de fatores sociais, desde o fim da escravidão, nota-se que a ausência de políticas de inclusão social desencadearam o  preconceito e a segregação racial em vários parâmetros da vida em sociedade. Se não houver políticas de inclusão social e abolição do preconceito, cenas como essas serão ainda mais frequentes e se repetirá eternamente.

 O preconceito no mercado de trabalho se dá de forma tímida e silenciosa,  dificultando as discussões a respeito do mesmo. Segundo um raio x universitário dos alunos de graduação da UFMG, encontrado no artigo de Beatriz Seixas e Mikaella Campos e publicado pelo  site gazeta online em 29 de abril de 2017, podemos ver representado no cenário nacional que apenas 8,45% dos universitários são negros, em outras palavras são minoria nas grandes empresas, principalmente me cargos de chefia e liderança. Ainda há um longo caminho a percorrer para que essa estiamtiva mude, algumas politicas de inclusão social já estão sendo adotadas como por exemplo o ProUni, onde o negro consegue ter acesso à educação e concorrer a cargos com mais prestigio e que exigem niveis de instrução aos quais agora eles podem obter com o programa, embora muitas vezes o preconceito ainda perdura no mercado de trabalho, e acabam que são avaliados pela cor da pele e não por sua capacidade, talento e nivel de escolaridade.

PROCESSO HISTÓRICO DO PRECONCEITO RACIAL NO MERCADO DE TRABALHO

Após a abolição da escravidão, em 13 de maio de 1888, a expectatativa era que a vida dos negros melhorasse, porém continuou muito difícil porque o Estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que a população negra fosse inserida na sociedade de maneira adequada. De fato é certo afirmar que a abolição da escravatura foi o mesmo que um cheque sem fundo dado a população negra, que não teve nenhum tipo de respaldo social onde pudesse encontrar seu lugar à margem da sociedade, podemos confirmar tais evidências nos noticiarios de jornais, telejornais, na vivência diária em que é visível que o negro está sempre em desvantagem em todos os aspectos sociais, seja em moradias precárias, com situação financeira minima, no nível de escolaridade .  Através das políticas de inclusão social, analisadas através de um olhar mais frio, forçam a inserção dos negros no convívio social, quando na verdade  deveriam introduzir mais campanhas de consciência social sobre o papel dos negros e a sua importância  em nossa sociedade.

Ao passar dos anos poucas mudanças foram notadas, pois o ciclo da segregação se repete com muita frequencia, e o preconceito está enraizado em todas as esferas da população negra, que por muitas vezes não tem acesso à educação de qualidade e nem a políticas públicas de inclusão social, colocando-os em um estado de vulnerabilidade. O mercado de trabalho está tão imerso nessa esfera de preconceito e segregação que a população negra vive. Chega a ser vergonhoso olhar e deparar com esse cenario, onde deveriamos estar evoluindo e não regredindo.

  Segundo o artigo de autoria de Beatriz Seixas e Mikaella Campos e publicado pelo  site gazeta online em 29 de abril de 2017,  podemos ver que, a imagem preconcebida dos negros baseada na mentalidade escravocrata e preconceituosa, infelizmente torna ainda mais comum o fato da grande maioria dos afrodescendentes ocuparem postos de trabalho braçais e com pouco nível de instrução, os quais são social e economicamente inferiores, tudo isso por ter a cor da pele negra. É comum que nesses trabalhos, como por exemplo, de faxineira, porteiro, pedreiro, catadores de lixo, catadores de papelão, empregada doméstica, babá, entre muitos outros, a maioria das pessoas sejam negras ou pardas, ao passo que, se deparar com um negro ocupando posições socialmente privilegiadas como médico, advogado, engenheiro, gerente, diretor executivo, empresários, entre muitos outros causam estranheza a quem observa por se tratar de uma situação incomum, além de reforçar, mesmo que de forma nivelada, o preconceito existente na estruturação do mercado de trabalho.

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