A Democracia

A Democracia

        A palavra Democracia vem do grego, onde Demos = Povo e Kratos = Poder, assim “Poder do Povo”, o povo escolhe quem o governa. Ao se falar em democracia, tem de se falar em Atenas, lugar onde o poder saiu dos palácios e fora a praça pública. E aqui está a maior diferença entre a democracia antiga e a moderna, na primeira, o povo ia até a praça pública para decidir questões que interessavam a todos a chamada “democracia participativa”, enquanto na democracia moderna, elegemos quem decidirá por nós, “democracia representativa”.

        Além da democracia, é importante destacar os outros tipos de poder que o texto traz, a Monarquia onde o poder estava concentrado em uma pessoa só, a Aristocracia, onde quem obtinha o poder eram os melhores.

        Na democracia antiga não se tinha eleição e sim encargos através de sorteios, onde a decisão por sorteio acaba por fazer com que a aceitação do derrotado seja maior. Uma crítica a tal democracia está relacionada com a exclusão de mulheres, menores de idade e estrangeiros, o que perdurou por muito tempo.

        Um outro ponto que o autor traz para ilustrar melhor essa diferença entre a democracia antiga e a moderna, é o nau do Estado, onde na antiguidade a nau do Estado não possuía passageiros e sim, piloto e tripulantes, eram cidadãos, já hoje, nós somos passageiros, precisamos pagar impostos, cumprir com as leis como clientes.

        Ainda nessa busca pela democracia, surge na Inglaterra os direitos humanos como direito do povo inglês, onde esses direitos passam a converter o poder absoluto do rei em poder constitucional. Mas somente em 1789 é que se tem a primeira Declaração  que trata dos direitos humanos, onde podemos dizer que direitos humanos é a liberdade moderna de não se submeter senão às leis, o direito de se ter opinião, onde a liberdade antiga consistia em exercer coletiva e diretamente partes da soberania toda.

        Nesse contexto, o texto traz 3 gerações de cidadania dos direitos humanos, sendo esses: o elemento civil, o elemento político e o elemento social. Onde o primeiro são os direitos necessários à liberdade individual, o segundo trata do direito de participar no exercício do poder e o terceiro é tudo que vai desde um direito mínimo de bem-estar econômico e de segurança até o direito de participação.

        Aprofundando um pouco mais em relação às diferenças da democracia antiga e a moderna, o autor vai trazer que na democracia moderna se deixa de lado a participação, tornando a democracia cada vez mais representativa. Essa representação, no que tange a sua forma simples, torna presente o ausente, alguém representa e decide por você e na sua forma mais complexa você é representado por alguém que você não votou e não se sente representado, o desinteresse torna-se um dos grandes  fatores que dificultam a democracia direta. Outro ponto tem relação com o poder que a economia tem sobre a política, onde os direitos civis e de propriedade acabam por ter mais força e estarem à frente de direitos sociais, ou seja, há a separação de direitos políticos de direitos sociais. O autor sintetiza o exposto acima,  mostrando que a democracia antiga consiste num regime político e social, enquanto a moderna nasce da exclusão do social.