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A Economia Empresarial - MBA FGV

Por:   •  14/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.401 Palavras (10 Páginas)  •  532 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Disciplina:Economia Empresarial

Módulo: -

Aluno:

Turma:

Tarefa: Análise do Setor de construção civil e o impacto da Covid 19.

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.

A crise sanitária global inaugurada pela COVID-19 traz em sua esteira inevitáveis consequências econômicas. Apesar de uma disputa de narrativa que tenta imputar tais consequências às medidas de isolamento social, é impossível imaginar uma normalidade em cenário de pandemia

A pandemia causada pela covid-19 vem penalizando os setores da economia em intensidades diferentes.  Setores afetados, muito dependentes de confiança do consumidor, renda e demanda: construção, veículos, indústrias. Isolamento social, restrição de funcionamento, piora na renda e queda na confiança levam a queda no consumo.

O setor escolhido é o da construção civil que desde o início foi uma das mais afetadas com a parada abrupta das obras, jornadas reduzidas, alta do dólar e os bloqueios de fronteiras com a importação e exportação das matérias primas.  Fatores que tem impactado as empresas a voltarem com as obras por falta de mão de obra ou matéria prima escassa. O maior impacto foi para as empresas que não estavam preparadas financeiramente para essa parada.  Além disso as que poderiam fazer alguma atividade não estavam preparadas para a digitalização e o mundo virtual e pela contaminação ausência de time físico no escritório obras pararam por meses.

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

Antes da pandemia o setor estava aquecido aumento de 1,6%$ em 2019 maior que o PIB nacional e com a taxa de juros diminuindo e a recuperação da economia. O setor é responsável por 4% do PIB e é responsável pela contratação da mão de obra Em 2020 os lançamentos de móveis alta de 34,6% em relação a igual período de 2019 e as vendas um avanço em 25,9% frente aos dois primeiros meses do ano anterior. Na pandemia com a mudança de tendência 88% das obras se mantem em andamento com os protocolos do covid e 79% das construtoras pretendem adiar os próximos lançamentos.

No final de 2020 o setor estava otimista e grande desempenho sendo que em 2020, houve 10% mais vendas do que em 2019. Mas em 2021 nesse mesmo período houve queda de 13%. Em relação a situação financeira se encontra em 4,9 pontos e 57,1% dos empresários se preocupam com a falta e alto custo das materiais primas que acumulou uma alta de 28,13% acumulados nos últimos 12 meses.

A retomada foi em V, mas não tem suprimentos para atender a demanda do setor e como não é previsão e comportamento dos custos prevê crescimento de apenas 2,5% devido a quedas de otimismo.

O setor impacta outros setores que gera impacto em cadeia e com a alta do PIB a construção ajuda acelerar o crescimento e desacelera a cadeia. E acompanhando outros setores e empresas recuarem em contratos devido ser impossível prever o futuro. Para ajudar o governo anunciou o corte de 98% dos recursos a obras faixa 1 da Minha casa minha vida. Podendo impactar no emprego de 250 mil trabalhadores.

A demanda em si está estável o impacto é o aumento dos preços, mas os imóveis permanecem em alta. A perda de força do mercado imobiliário impacta toda a economia pois representa entre 5 a 6% do PIB brasileiro, é o principal gerador de empregos e representa 10% de tudo o que a economia nacional produz.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

Variação Trimestral do PIB Brasileiro no Segundo trimestre do ano

-  Queda de 0,1% em relação ao primeiro trimestre e é considerada estável após três trimestres positivos seguidos de crescimento da economia.

- Economia brasileira avançou 6, 4% no primeiro semestre e no acumulado de 12 meses, o PIB registra alta de 1,8%. Os valores correntes do PIB totalizou R$ 2,1 trilhões.

- Em relação ao mesmo período de 2020 cresceu 12,4% e continua no patamar do fim de 2019 período pré pandemia, mas está 3,2% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

- O desempenho foi impactado pela agropecuária (-2,8%) e da indústria (-0,2%) puxado pelas quedas de 2,2% nas Indústrias de Transformação e de 0,9% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. E teve alta de 5,3% nas Indústrias Extrativas e 2,7% na Construção e de serviços cresceram 0,7% no segundo trimestre.

-  O consumo das famílias, que não variou no período (0,0%) sendo impactado pela segunda onda da pandemia no país e o consumo do governo teve alta de 0,7%. Mesmo com os programas do governo a massa salarial tem caído pois tem sido afetada pela alta inflação.

Investimentos e taxas:

- Contração recorde de 62% na atração de investimentos devido a incapacidade de controlar a pandemia e incerteza econômico e política.

- Brasil despencou no ranking da ONU dos locais que mais receberam recursos externos em 2020.

- Taxa de Investimento foi de 18,2% no 2º trimestre acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,1%). A taxa de poupança foi de 20,9% no segundo trimestre de 2021 (ante 15,7% no mesmo período de 2020).

- A Capacidade de Financiamento R$ 81,4 bilhões ante R$ 35,7 bilhões no segundo trimestre de 2020. O aumento da Capacidade de Financiamento é explicado, principalmente, pelo aumento no montante de R$ 55,1 bilhões no saldo externo de bens e serviços.

Inflação e aumento de preço.

- Acelera desde 2020 e está quase 10% em 12 meses. Ela corrói a renda das famílias e reduz seu poder de compra, tornando mais difícil a vida dos brasileiros.

- Razão do aumento:

 - Alta do dólar que encarece produtos importados, insumos usados na produção nacional e itens que tem seu preço definido no mercado internacional, como os combustíveis. A alta além do patamar são as são as incertezas políticas, relacionadas ao andamento das reformas no Congresso e aos choques entre o presidente Bolsonaro e o STF (Supremo Tribunal Federal).

-  Aumento dos Combustíveis devido ao aumento do dólar e o transporte afeta o custo de outros setores da economia. Aumento de 41,2% em 12 meses.

- Aumento da energia devido à crise hídrica e também entra no custo de várias atividades econômicas.  

- Os alimentos também impactados pelo aumento do dólar e combustíveis além de problemas climáticos. A média, os alimentos subiram 16,6% em 12 meses sendo que alguns subiram mais que o comum como óleo de soja (67,7%), feijão-fradinho (40,3%), arroz (32,7%) e carnes (30,8%).

A expectativa é desacelerar a partir de outubro fechando a 8,35% e no final de 2022 em 4,1%. Depende da redução do dólar para acontecer.

- Com a assistência financeira menor e inflação maior, brasileiros sem trabalho por conta da crise perderam o poder de compra para a própria subsistência

Nível de emprego.

- Taxa de emprego no Segundo trimestre atinge 14,1% estando mais baixo que o primeiro trimestre. Ainda para esse período do ano é a maior taxa da história do IBGE. Redução de 0,6% em relação ao primeiro trimestre.

- O Aumento do emprego deu-se pelo trabalho por conta própria (71% das novas ocupações totalizando em 24,8 milhões de trabalhadores) que bateu recorde no pais (4,4 milhões) mais ainda menos da metade das pessoas com idade para trabalhar está ocupada. Esse aumento tem sido considerado pelo aumento da vacinação do covid19.  

- Rendimento médio teve uma queda de 6,6%.

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

A área escolhida é da construção civil e baseada na pandemia:

Impacto: O volume de novos lançamentos e projetos precisou ser revisto com a parada devido a pandemia, os que já estavam prontos foram os mais impactados junto aos pequenos e médios prestadores de serviços. Com a pandemia o home office fez as grandes empresas reavaliar o tamanho das empresas físicas o que parou obras e projetos foram revistos. Além disso material prima teve valor acrescido e atrasos na entrega o que impacta no resultado final. Entretanto, a parte de lançamentos de novos imóveis foi interrompida. Dados setoriais indicam que 79% das construtoras pretendem adiar os próximos lançamentos.

Reação: Como outros setores a pressão para serviços prestados de engenharia e avaliação terem movimentos disruptivos e de inovação para atender remotamente não perdendo clientes e garantindo a segurança de todos e com isso evitando ir a obra propriamente dita. Como por exemplo visitas virtuais e por vídeo. Tempo de trabalho ajustado e reduzido, revisão no time que atua evitando aglomerações e avaliar concorrentes de Mercado quanto a curto e médio prazo. 88% das obras se mantem em andamento com medidas de proteção estabelecidas para ampliação de distanciamento entre operários. 

Apoio: o governo através da Caixa Econômica injetou recurso de R$43 bilhões para a carteira habitacional e manter a adimplência das operações, pois a crise pode provocar redução de compra e isso impede o Mercado de parar. O Mercado de baixa renda é um nicho distinto que a escolha é pelo custo e não pelo estilo e dependem do governo.

Recomendação: Os contratos deverão ser revistos evitando assim inadimplências, busca de novos parceiros com foco em inovação da cadeia de projetos além de rever os projetos antes no perfil de imóveis pequenos que era buscado até para investimento deverão ter nova abordagem. E dessa forma reavaliar lançamentos e projetos dentro de uma nova lógica de demanda, necessidade e expectativas. E cada vez mais buscar canais virtuais para venda e aluguel de imóveis. Outro ponto a se destacar é que há um esforço conjunto a tal ponto que até cartórios estão operando de forma digital.

Como dito acima um dos impactos globais é que mesmo que o Mercado siga mesmo com a pandemia a falta e aumento do custo de material prima, suspensão de contratos, afastamentos do time devido a sintomas e reestruturação do campo de obras.  E todo esse impacto deve ser preparado para minimizar os impactos de custo e tempo e manter assim as empresas até que tudo se reestabeleça.  Isso tudo pois a pandemia trouxe a incerteza e desconfianças para investimentos de longo prazo. 94% do total de obras continuam em andamento no Brasil. Todas as construtoras adotaram medidas de proteção e 1,15% Casos de Covid-19 entre os 55 mil trabalhadores do setor.

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

A análise pode-se basear em dados e informações públicas, mas, ao final, a sua conclusão deve dialogar com todos esses itens e ainda contar com uma análise individual que expresse o seu conhecimento de mercado e as suas expectativas frente ao setor analisado

A pandemia da Covid-19 é, antes de tudo, uma crise sanitária e de saúde pública e esse deve ser o foco de seu enfrentamento e é evidente que os impactos econômicos serão amplos e por isso mesmo é necessário que sejam previstos. A análise apresentada apresenta a realidade econômica brasileira e a análise microeconômica do setor de construção civil. Espera-se até o final do ano a redução da inflação e consequente melhora em relação aos preços e o valor do dolar, mas o que só realmente será mais relevante em 2022 se seguir conforme as previsões econômicas.

E com isso espera-se a retração de aproximadamente 14,5 milhões de postos de trabalho e com isso a retomada do poder de compra da população e assim mantendo a economia. O PIB teve uma queda, mas se mantem estável e a economia avançou, mas o consumo das famílias não variou e a massa salarial diminuiu. O setor analisado tem um impacto relevante ao PIB e tem impacto em diversos outros setores então a sua retomada em 2021 colabora para melhora e é a área que mais emprega também.

O setor tem tido alta, mas o custo gerado pelo aumento de preços, ausência de matéria prima, instabilidade com o futuro e reinvenção das empresas com uma visão mais tecnologia são desafios que tem que ser avaliado e mitigados. O governo deve manter o apoio em relação a facilitar o acesso a novos apartamentos com investimentos em programas habitacionais.  

Além disso as taxas e investimentos totalmente impactados pela economia e instabilidade política tem que gerar novamente confiança externa para que possa novamente haver investimentos e redução das taxas aplicadas. E a retomada global pós pandemia com as empresas e matérias primas voltarem a estar disponíveis e não havendo alto custo devido a escassez e os atrasos gerados na importação.

Com isso a Macroeconomia Brasileira e Global gerada pela pandemia e os seus impactos tem reflexo direto na microeconomia do setor de construção civil e impacta a retomada não só do setor em si, mas de outros que dependem dele. O setor também deverá se adaptar as novas necessidades pós pandemia para os projetos a serem desenvolvidos e os contratos criados.

Bibliografia

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