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A Felicidade Paradoxal

Por:   •  31/8/2017  •  Resenha  •  819 Palavras (4 Páginas)  •  466 Visualizações

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LIPOVETSKY, G. Super homem: obsessão pelo desempenho, prazeres dos sentidos. In:_______. A felicidade Paradoxal, p.263, São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

RESENHA

O Taylorismo é voltado para uma visão racionalizada da Gestão de Produção, diante de uma conjuntura modificada, pela introdução das máquinas trazendo agilidade e eficiência para a produção, fazendo com que trabalhadores trabalhassem a todo vapor, não tendo, assim, tempo ocioso. O texto de Lipovetsky reflete sobre uma nova postura intitulada organizações inteligentes, em que se tem relações de cooperação, de iniciativa, de flexibilidade, de participação ativa. Todos são coadjuvantes, todos participam em prol do benefício do todo e de si mesmo.

A globalização eclodiu de tal forma, que determinou uma nova postura frente a um mundo moderno e exigente, com sede de colocação, diante dos concorrentes. Como dito no livro de Lipovetsky "Construir-se, destacar-se, aumentar suas capacidades, a "sociedade do desempenho" tende a torna-se a imagem prevalente da hipomordenidade". É procurar usar da criatividade, da iniciativa, autonomia para se ter o reconhecimento necessário frente as novas ofertas que vem surgindo no mercado. As organizações tradicionais foram sendo afugentadas pelas organizações inteligentes. O que antes era visto como uma organização mantenedora do domínio e das ordens a serem acatadas, sem ao menos o empregado pestanejar, trabalhando a todo vapor, como uma máquina, para que em tempo hábil a produção não "encalhasse", hoje é visto como

uma nova condição determinada pela posição de se colaborar pelos mesmos ideais, através de uma nova concorrência, em que se assume riscos, do aperfeiçoamento pelo aperfeiçoamento, dos novos desafios, sem temer, como no próprio livro aborda, do "Super-Homem" que não se cansa, que busca o melhor. A nova visão de mercado, de organização baseia-se nas necessidades do cliente, da qualidade na produção e não mais na super produção, mas no nível de serviço a ser oferecido, em procurar estar sempre aperfeiçoando os serviços e produtos para atrair o público e satisfazer as suas necessidades. Não é mais o bem estar só da empresa, mas da equipe que comporta a organização, diante da influência e de se ter "uma voz ativa" junto ao corpo administrador que recria o surgimento de uma nova era dentro das organizações. Mas diante dessa retórica de que o trabalho é o essencial e o desempenho é fundamental para o bem estar, a distorção é encontrada. Os valores de reconhecimento pelos serviços prestados se tornam imprescindíveis para o ego do trabalhador, que labuta dia após dia pela perfeição de melhores ofertas. Hoje, a realidade vem mudando, diante dos paradigmas de um novo prazer fundamentado na família, nas férias, no próprio lazer, na própria autoestima. Mesmo com o novo pensamento, o trabalho prevalece, pois é a renda necessária para se beneficiar da nova sociedade hiperconsumista. Essa nova sociedade que julga o infame trabalho, mas que depende dele tanto para consumir, quanto para se distrair. É uma faca de dois gumes que arrebata para uma "prisão" valorizada e recriminada pela sujeição da aceitação de que, para se ter o melhor, trabalhar é primordial. Tem-se com toda essa enxurrada um palpitar de emoções que se funde a busca pela excelência, pelo reconhecimento, pelo estímulo, pela aceitação, pela primazia, ao passo que quando não se tem esse reconhecimento, as crises acontecem, pois os outros não aceitam, e por quê não aceitam? porque se tem o desejo de ser valorizado, é como uma constante. Tudo acaba girando em torno de paradoxos existenciais e de oportunidades recolhidas pela falta do acreditar em si próprio. Diante das circunstâncias estabelecidas, qualidade de vida no trabalho é fator decisivo para uma alavancar do bem estar, não só no ambiente de trabalho, mas na vida, ao deleite do próprio prazer. A questão advertida é o enigma homem em busca do seu Super-Homem interno, capaz de afugentar seus receios mais sombrios por práticas escabrosas do desabrochar virtuoso, do prazer de estar a frente, de dedicar-se, de construir, de   não

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