A Gestão de Materiais

FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE - FAINOR

CURSO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO

VANESSA MOREIRA OLIVEIRA

GESTÃO DE MATERIAIS

VITÓRIA DA CONQUISTA

2019

VANESSA MOREIRA OLIVEIRA

GESTÃO DE MATERIAIS

Pesquisa apresentada à disciplina de Administração de Recursos Materiais do Curso Superior de Administração da Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR como pré-requisito avaliativo.

Professor: Clodomar Fernandes.

VITÓRIA DA CONQUISTA

2019

1 INTRODUÇÃO 

        Estudos realizados em várias empresas demonstram que 30% a 60% do estoque de materiais se encontram espalhados pelos chãos das fábricas, perdidos, estragados ou não disponíveis. Esse fato resulta em boa parte do tempo dos funcionários desperdiçado procurando esses materiais, e consequentemente, na perda por parte das empresas em não estarem gerenciando eficazmente seus materiais (POZO, 2010).

        As empresas buscam aumentar o lucro sobre o capital investido e, para isso, é necessário usar o capital para que este não permaneça inativo. O esperado é que o dinheiro investido em estoque seja imprescindível para a produção e o bom atendimento das vendas. Porém, a manutenção dos estoques envolve gastos e investimentos altos; prevenir a formação ou, tê-los em quantidades reduzidas, sem que eleve o risco de não ser atendida a demanda dos usuários é a divergência que a gestão de materiais busca sanar (MARTINS; ALT, 2009).

A gestão de materiais vai muito além do simples controle de estoques, envolvendo um amplo campo de relações interdependentes que necessitam ser geridas corretamente para evitar desperdícios.

        De acordo com Martins e Alt (2009), o controle da gestão de materiais significa mais que apenas lucrar, sendo possível instituir uma vantagem competitiva com este recurso. O atendimento ao cliente na hora correta, com quantidade adequada e solicitada é um dos principais objetivos da maioria das empresas. A rapidez e a prontidão na distribuição dos materiais atingem cada vez mais um papel importante na aquisição de uma vantagem competitiva consolidada.

        Diante do exposto, a presente pesquisa bibliográfica tem como finalidade apresentar um breve histórico e conceito de gestão de materiais, bem como sua importância e os procedimentos fundamentais para sua realização.

2 GESTÃO DE MATERIAIS

        A história da gestão de materiais acompanha a existência dos seres humanos. Existe desde tempos remotos, em que havia as trocas de caças e utensílios. Em meados dos séculos XVIII e XIX, durante a Revolução Industrial, ocorreu o aumento da concorrência de mercado e a sofisticação da comercialização de produtos, dando mais ênfase às compras e estoques. Essa época foi responsável por promover várias modificações e métodos de fabricação e estocagem em maior número (BORBA; LISBOA; ULHÕA, 2009).

O trabalho, que antes era artesanal, foi em parte substituído por máquinas, tornando a produção mais tecnológica e fazendo com que os estoques fossem vistos de forma diferente pelas administrações. A gestão de materiais ganhou um novo impulso devido à evolução fabril, novas tecnologias, consumo, exigência dos usuários e concorrência. Isso fez com que ela fosse reconhecida como um recurso indispensável para alcançar objetivos impostos pelas empresas (SILVA, 2004).

        A Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial foram fatos fundamentais na comprovação da necessidade de uma boa gestão de materiais. O abastecimento e/ou o suprimento de materiais foi de grande importância para o sucesso ou fracasso dos empreendimentos. A partir desse período a gestão de materiais vem recebendo um papel central como estratégia de vantagem competitiva (POZO, 2010).

        Kuehne Jr. (2006) conceitua a gestão de materiais como o planejamento, a realização e o controle do fluxo de materiais dentro da empresa. Esse processo é efetuado de forma eficaz e eficiente, e abrange a solicitação dos materiais, as compras, o efetivo consumo e o descarte final.

        Os principais objetivos da gestão de materiais são: certificar que os materiais estejam disponíveis, no local e data adequados, para entrega de um serviço competente; garantir que os materiais necessários sejam continuamente abastecidos para a comercialização ou atendimento de serviços realizados pela empresa (SILVA, 2004).

2.1 Procedimentos Fundamentais na Gestão de Materiais

        Segundo Viana (2010), gerir de forma eficiente e com exatidão o movimento de entrada e saída dos materiais necessários à empresa não é uma tarefa fácil, visto que processos essenciais como o que deve ser comprado, por qual preço deve ser comprado, quando deve ser comprado e como deve ser comprado, resultam em uma sequência de preocupações e devem ser bem administrados. O autor cita um exemplo de gestão de materiais mal realizada: a compra de um grande lote de materiais para fazer protetor solar no inverno, sendo que nesta época poucas pessoas o usam.

        A seguir serão apresentados os procedimentos fundamentais na gestão de materiais.

2.1.1 CADASTRAMENTO

        Neste é realizado o cadastro dos materiais indispensáveis para a manutenção e o desenvolvimento da empresa. O cadastramento é feito por meio do reconhecimento da classificação, codificação e especificação do material incluso (VIANA, 2010).

2.1.2 GESTÃO

        Através da gestão de materiais, é possível que o administrador verifique se os estoques estão sendo utilizados, manuseados e controlados de forma eficaz em relação aos setores que os utilizam. Portanto, esse procedimento realiza o gerenciamento dos estoques por meio de métodos que elucidam os níveis de ressuprimento e sua evolução (VIANA, 2010).

2.1.3 COMPRAS

        As compras visam identificar e selecionar os fornecedores aptos a satisfazer as necessidades relacionadas a prazo, quantidade e qualidade dos clientes. É através das compras que a empresa preenche suas necessidades de obtenção de materiais, tendo como finalidade a busca no mercado por melhores condições comerciais e técnicas (VIANA, 2010).  

Este é um procedimento de grande importância para o controle dos recursos materiais. É a gestão de materiais que determina se a compra foi ou não bem realizada. Isso significa que se não existe um bom controle do estoque, sem haver certeza dos materiais contidos nele, é bem provável compras além do necessário ou de algum material que já se tem.