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A Organização do Trabalho: O Fordismo

Por:   •  27/1/2021  •  Trabalho acadêmico  •  678 Palavras (3 Páginas)  •  246 Visualizações

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As considerações de Barros(2004) em “Fordismo: origens e metamorfoses”

permitem-nos refletir sobre importantes aspectos das atuais transformações dos processos

produtivos no mundo do trabalho. Tais transformações caracterizam-se como incompletas,

limitadas, e inseridas no desenvolvimento político-econômico do capitalismo e na

constituição da acumulação de capitais. O autor nos aponta que os novos modelos de

produção não estão divorciados dos princípios apregoados pelo taylorismo e pelo fordismo.

Suas origens e suas constituições enquanto modelo de organização do trabalho voltado à

maximização da lucratividade, às custas da subjetividade e sociabilidade emancipatórias, são

historicamente inegáveis.

Os processos de desenvolvimento do fordismo, por outro lado, de forma dialética e

contraditória, implicaram em sua maturação enquanto modo de regulamentação social e

política. Portanto, a acumulação capitalista neste período baseou-se na produção e consumo

em massa e numa expansão que se deu paralelamente à constituição e desenvolvimento do

Estado de bem estar. Sob tal contexto, por vender milhares de carros Ford foi protagonista

na transformação econômica americana. Por ter um carro, um determinado cidadão

necessita abastecê-lo, fazer manutenção e ainda percorrer estradas bem pavimentadas.

Com a onda de novos veículos pelo país, muitos empregos foram formados para atender

as necessidades da crescente indústria.

A partir da obra de Beynon (Trabalhando para Ford), é possível identificar

diversas características da gestão de Ford. Ele entendeu que para alcançar a maior

produtividade de sua indústria, precisava se preocupar com a melhoria da fábrica e com

a motivação dos operários, da mesma forma que percebeu a necessidade de consumo em

massa para sua produção em massa. Apesar da atenção dada à motivação dos funcionários, as

taxas de rotatividade da mão-de-obra eram altíssimas e os padrões e a preocupação com a

segurança eram extremamente precários, resultando em acidentes fatais

Segundo Beynon, pondo em prática os princípios fordistas para intensificação e

produtividade, Ford triunfou a partir da linha de montagem móvel. A produção de

maior sucesso, o modelo T, precisou ser extremamente barateado para viabilizar maiores

vendas. Desse modo, a responsabilidade caiu em cima dos operários, que por sua vez, tiveram

que aumentar seu ritmo de trabalho. Quem mandava eram as máquinas, e os homens tinham

que acompanhar o processo. Com o objetivo de manter o consumo em massa e ao mesmo

tempo motivar os prejudicados operários, Ford teve como estratégia aumentar o salário

dos trabalhadores para pelo menos o dobro do que as outras indústrias pagavam na

época. Assim, o mesmo operário que tinha certa função na linha de produção poderia

fazer a aquisição do carro Ford. Além disso, a estratégia atraía mão-de-obra, já que era

um

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