A Origem do Capitalismo Segundo Marx Weber
Por: 201411073801 • 7/9/2015 • Monografia • 828 Palavras (4 Páginas) • 2.318 Visualizações
Universidade Estácio de Sá RJ
Autor: Giselle Ferreira de Britto
A Origem do Capitalismo segundo Marx Weber
1 – O Capitalismo – Histórico Max Weber:
O capitalismo segundo a visão de Max Weber, é a racionalização do mundo ou da sociedade. A funcionalidade da estrutura capitalista se revela na administração complexa, com balanços, ratificando a busca pelo lucro através da contabilização dos créditos e débitos, administrando a mão de obra livre, utilizando os elementos da ciência moderna para atingir as metas traçadas, vale dizer, o lucro.
Mas Weber, como um idealista neo kantiano, afirma que são as ideias que mudam o mundo, ou seja, a partir das ideias é que a realidade se transforma. Para ele o capitalismo surge do espírito capitalista, ou seja, do pensamento e da ética capitalista.
No que tange a ética capitalista, o texto de Benjamim Franklin, também utilizado por Weber, que se chama “Time is Money” traduzido para a nossa língua como “Tempo é dinheiro”:
“Lembre-se que tempo é dinheiro. Para aquele que pode ganhar dez shillings por dia pelo seu trabalho e vai passear, ou fica ocioso metade do dia, apesar de não gastar mais que seis pence em sua vadiagem ou diversão, não deve ser computada apenas essa despesa; ele gastou, ou melhor, jogou fora mais cinco shillings.”
A citação nos revela que apesar de não gastar muito, não se deve computar apenas essa despesa como gasto, pois além dela, também se jogou fora o tempo em que se estava ocioso. Ou seja, é preciso sempre estar atento a transformação do tempo em utilidade.
Daí nasce também a noção de que crédito é dinheiro, porque o homem que deixa dinheiro em outras mãos por mais tempo que o devido estará também deixando juros. O dinheiro é sempre de natureza prolífica e geradora, pois dinheiro gera mais dinheiro, investimento gera mais investimento. Segundo Weber, o bom pagador é sempre dono da bolsa alheia, por isso é importante que se pague em dia as contas, não pelo fato ou dever moral que se deve pagar em dia por honestidade, mas pelo fato de que isto com certeza tará de volta mais dinheiro, em forma de descontos e refutação de juros e multas. Esta, em suma, é a ética utilitária, a ética que mercantiliza o tempo e que visa a acumulação de dinheiro e a busca por mais dinheiro e assim por diante. Weber inclusive aconselha a que nunca se pense que já se tem tudo que precisa, pois isto leva o indivíduo a uma estado de inércia que não gera lucro. Deve-se, segundo ele, poupar, investir, movimentar. Este
seria então o espírito do capitalismo.
Porém, de onde provém este espírito do capitalismo? Weber nota uma relação: os primeiros grandes países capitalistas Inglaterra, Estados Unidos, Holanda eram predominantemente protestantes calvinistas, ou seja, para Weber, o Calvinismo gerou o espírito do capitalismo, que por sua vez gerou o capitalismo. Isto porque, para os Calvinistas, o nosso destino, se vamos para o céu ou se vamos para o inferno, já está predestinado. Ora, se já está predestinado, como sabermos se somos ou não somos escolhidos de Deus para ir para o céu? É aí que surge a ideia de sucesso no trabalho, além da resistência ao pecado, ou seja, esses dois itens determinariam se o indivíduo seria ou não um escolhido por Deus.
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