A Qualidade de vida no trabalho
Por: Fernanda Santo • 4/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.367 Palavras (6 Páginas) • 132 Visualizações
Introdução
Qualidade de vida no trabalho são escolhas que tornam o ambiente eficaz, através de práticas que desenvolvem hábitos saudáveis, físicos, mentais e emocionais subjetivamente no âmbito da organização.
Segundo Vasconcelos (2003), a partir desse período, muito se valerá da busca pela permanência das organizações no mercado de trabalho, devido à cruel competitividade imposta pela globalização que em outros períodos terá como sacrifício o desgaste do colaborador da modernidade.
O mundo corporativo já está consciente da importância da qualidade de vida, e da real necessidade de elaborar estrategicamente, melhores condições para o bem estar dos colaboradores. Infelizmente nem toda organização implanta esta programação em sua gestão, fazendo com que através de práticas inadequadas de ambas as partes, existentes nas relações pessoais da empresa, a corporação empresarial passe a adquirir uma má qualidade de vida. Assim, o objetivo deste presente estudo é demonstrar a importância da qualidade de vida no ambiente organizacional.
Metodologia
O método utilizado neste estudo foi feito a base de uma pesquisa qualitativa documental. Uma análise feita entre três artigos disponíveis no site scielo.br, fora realizada para avaliar o andamento da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
O primeiro artigo tendo como título, Impacto da Epilepsia do Trabalho Avaliação da qualidade de vida, utilizou como metodologia a aplicação de Questionários de qualidade de vida 65(QQV-65). Nos anos de 1999 e 2000 foi avaliada uma amostra de 134 pacientes do ambulatório de Epilepsia do HC/UNICAMP com faixa etária entre 18 e 59 anos. Dentre esses pacientes a maioria possuía ensino fundamental incompleto, obtendo o percentual de 58,2% e somente 5,22% eram analfabetos. 69,4% não estavam trabalhando no momento do estudo. O questionário aplicado é composto por 65 questões que verificam perceptivamente a qualidade de vida, satisfação, trabalho, dentre outros.
No segundo artigo, com o título de Percepção de qualidade de sono e da qualidade de vida de músicos, a metodologia empregada foi a aplicação de questionários numa amostra intencional não probabilística de 22 músicos, sendo que 17 foram homens e 5 mulheres. Nestes questionários foram avaliados as variações descritivas: horários de dormir e acordar durante a semana; a qualidade do sono: por meio do índice da qualidade do sono de Pittsburg( PSQI), este questionário é composto de 10 questões abertas e semi abertas. Para analisar a qualidade de vida, foi utilizado também um questionário WHOQOL-bref que fora traduzido para o português, este é composto por 26 questões.
O artigo Qualificação profissional e representações sobre trabalho e qualidade de vida através duma amostra de 16 pessoas que exercem papeis profissionais diferentes, sendo o número de homens e mulheres iguais, aplicaram o questionário WHOQOL – 100. Quanto a qualificação profissional, foi aplicado outro tipo de questionário que avaliam os critérios de raridade, importância, indenização e esforço.
Resultados
Impacto da Epilepsia do Trabalho Avaliação da qualidade de vida: Foi verificado que quase a metade da amostragem, do grupo dos empregados se preocupou com a possibilidade de perder seu emprego, ocupando um percentual de 43,9%; 29,27% alegaram que a epilepsia trousse problemas para a realização de seu trabalho. Quanto ao grupo sem trabalho, mais da metade relatou que a epilepsia acarretou em problemas para atuar em seu emprego, ficando com percentual de 61,29%, o dobro do resultado dos que estavam trabalhando. Quanto a satisfação, aproximadamente 60% alegaram que não estavam na área que gostariam de atuar, por causa da epilepsia. Os demais mostraram satisfeitos quanto a ocupação do seu dia.
Percepção de qualidade do sono e da qualidade de vida de músicos de orquestra: A média de horas verificadas dos músicos foi de 7,61 horas, o equivalente a 71,40% de freqüência de qualidade de sono baixa. A percepção da qualidade de vida obteve menores pontos. Os itens que tiveram maiores correlações quanto a comparação entre o questionário de WHOQOL-bref e o PSQI foram: a análise da saúde, dor e desconforto e o aproveitamento da vida.
Qualificação profissional e representações sobre trabalho e qualidade de vida: Considerou-se os quatro níveis de escolaridade, sendo ensino fundamental incompleto composto por 12% da amostra, fundamental completo 31%, 19% com ensino médio e superior com 37%. Na avaliação da qualidade de vida foi considerada uma maior satisfação com fatores que formam o domínio nível de independência e menor na avaliação do domínio físico.
(Souza; Figueiredo, 2004) afirma que os profissionais com maior qualificação se sentem satisfeitos quando se vêm, como sendo parte das ações da organização. Já os indivíduos com menores qualificações o principal item para a satisfação e o bem estar no ambiente trabalhista é a amplitude contextual da sociedade em questão.
Quanto aos aspectos de mal estar e insatisfação no trabalho, o grupo de maior qualificação profissional, inferiu a submissão e o fracasso rotineiro como os principais fatores. Os menos qualificados julgaram os conflitos nas relações existentes na sociedade, como fonte principal de insatisfação (Souza; Figueiredo, 2004)
Discussões e Conclusões
Com base em dados dos anexos e com outros conhecimentos, constatou-se que o trabalho é um dos principais fatores que influenciam na formação de opiniões a respeito da qualidade de vida. Primeiro porque, é onde grande parte da humanidade passa o seu tempo, aproximadamente 2/3; e segundo porque é o principal meio de se conseguir uma fonte de renda que garante a sobrevivência e a determinação da existência humana.
Nota-se que maior parte dos colaboradores, sente-se insatisfeitos com o trabalho que exerce. Os menos qualificados, justificam sua insatisfação nos esforços físicos excessivos praticados em suas atividades que acabam afetando a sua saúde, fator fundamental que garante a permanência e produtividade no mercado de trabalho. Já os mais qualificados demonstrou sua insatisfação pela submissão de cargos e pelo fracasso do desemprego do dia a dia. (Souza; Figueiredo, 2004) considera que profissionais de melhores qualificações têm vantagens comparadas aos menos qualificados, devido às condições de vida mais favoráveis e ao acesso de recursos disponíveis.
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