A RELAÇÃO INTERPESSOAL E SUA INFLUÊNCIA NO SUCESSO EMPRESARIAL.
Por: Rosana Musumeci • 21/5/2019 • Artigo • 5.625 Palavras (23 Páginas) • 231 Visualizações
A RELAÇÃO INTERPESSOAL E SUA INFLUÊNCIA NO SUCESSO EMPRESARIAL.[1]
Fulano de Tal[2]
RESUMO:
Este artigo tem como objetivo descrever e analisar, por meio de referencial teórico e levantamento bibliográfico sobre o tema, a amplitude da interferência da qualidade das relações interpessoais no contexto e no sucesso empresarial, e também, de que forma este aspecto pode influenciar no sucesso competitivo de uma empresa. Também se propõe a questionar o tratamento dado pela teoria organizacional aos relacionamentos interpessoais, por sua forma dominantemente racionalista, instrumental e prescritiva e apenas parcialmente integrada ao seu elemento central: a emoção. Com resultados obtidos com a consulta às publicações anteriores e artigos pesquisados, a proposta é (re)pensar por meio da metodologia reflexiva, formas de dinamizar estas relações em busca de direcionar ações estratégicas que possam efetivamente otimizar procedimentos no ambiente de trabalho, e, afirmar a influencia deste fator no sucesso de uma organização.
Palavras chave: Grupos de trabalho. Relações interpessoais. Comunicação no trabalho. Sucesso organizacional.
- INTRODUÇÃO
Um dos valores impulsionadores do sucesso em uma carreira profissional está na forma pela qual o sujeito se relaciona com as pessoas em seu ambiente de trabalho. À medida que se esteja comprometido e envolvido com as atividades, se permite também experimentar momentos singulares de relacionamento profissional e pessoal, desnudando a verdadeira habilidade, atitude e maturidade comportamental que está presente em cada pessoa que faz parte deste contexto.
Neste cenário, a valorização de relacionamentos que sejam permeados de empatia vem tomando força no perfil profissional exigido pelas organizações para seu quadro funcional. Antes as empresas buscavam acima de tudo experiência técnica, hoje este aspecto cede espaço para as habilidades comportamentais como flexibilidade, inteligência emocional, criatividade e facilidade de adaptação ao trabalho em grupos. Não basta apenas ser um excelente técnico, tem que também ser capaz de perceber e respeitar as diferenças de cada participante de uma equipe, portanto, a sua forma de agir(as atitudes), em relação às outras pessoas, que estão diretamente ligadas a um sujeito é imprescindível ao perfil de competências, e fazem o sucesso da organização por estarem ligadas também a toda cadeia produtiva, ou seja, o produto final do processo, o que dá valor ao produto e eficiência empresarial. A forma de ser, pensar e agir de cada indivíduo influencia diretamente os relacionamentos nas organizações. Se há a preocupação de instaurar um clima harmônico, positivo e de respeito mútuo, o retorno será produtivo com relacionamentos sadios e sem grandes conflitos. No entanto, se ao invés disso, o ambiente for competitivo, negativo e pesado, o resultante será inimizades, antipatias, desconfianças, o que vai impactar diretamente nos resultados e no desempenho, acarretando por vezes dificuldades no crescimento pessoal e no sucesso empresarial. Desenvolver um bom nível de relacionamento com todos, é uma responsabilidade individual, mas motivada pela própria cultura organizacional. Para tanto é necessário haja preocupação no plano estratégico de criar ações no sentido de oportunizar um ambiente em que se possibilite confiança e esta seja geradora de trocas de conhecimento, feedbacks(devolutiva de desempenho funcional e pessoal), transparência e sinceridade nas atitudes, ou seja, de crescimento pessoal e profissional.
Defender valores que representam a vontade coletiva e mobilizar os subordinados em busca dos resultados organizacionais tem sido os objetivos dos líderes no desempenho de suas funções no âmbito organizacional. Sendo assim, o presente artigo tem como objetivo descrever e analisar as relações interpessoais como um dos prováveis fatores que podem interferir na efetividade das equipes de trabalho, e no sucesso de uma organização, a partir da análise crítica de referenciais teóricos disponíveis na literatura sobre o tema. Além da apresentação de alguns conceitos de autores específicos da área de pessoas, que enfatizam em suas pesquisas este tema como fator de importância e relevância na competitividade empresarial.
Desta forma, este trabalho se fundamenta numa pesquisa de caráter bibliográfico exploratório constituindo por fontes secundárias, na medida em que visou levantar dados teóricos e referências, que ofereçam bases sólidas e científicas em relação à necessidade de uma melhor observação e tratamento, por parte dos dirigentes das organizações, a respeito deste fator que interfere na eficácia das equipes de trabalho.
Ainda em relação à metodologia aplicada a este tipo estudo, e conforme afirmam Marconi & Lakatos (2003, p.155): “A pesquisa é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”. Neste contexto para Manzo(1971, apud Marconi & Lakatos, 2003, p.71), “[...] a bibliografia pertinente oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas mão se cristalizaram suficientemente.”. Não se propõe aqui, portanto, apenas corroborar o que já se sabe sobre este assunto, mas, de certa forma oportunizar uma reflexão mais profunda sobre o tema, no intuito de gerar novas abordagens de pensamento sobre este aspecto evidenciado.
Utilizando da compilação de conceitos teóricos e resultados de estudos empíricos, pode-se analisar se a incidência de sucesso em um ambiente onde as relações interpessoais são alvo de estratégias e ações específicas, e se realmente a preocupação com este fator representa uma probabilidade de tendência ao sucesso organizacional, uma vez que, as fontes de documentos variam o que vai fornecer ao pesquisador acesso aos mais diversos dados, que por sua vez, exigem manipulação e procedimentos diferentes. Por meio de conceitos já determinados por autores específicos da área de administração de recursos humanos e, portanto, detentores de um suposto saber instituído, parece possível repensar, por meio de uma análise apurada, aspectos abrangentes na área pesquisada.
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