A Teoria da contingência
Por: Leo S. Costa • 23/10/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 694 Palavras (3 Páginas) • 199 Visualizações
Teoria da contingência
A teoria da contingência enfatiza que não há nada de absoluto, seja nas organizações ou na teoria administrativa. Ou seja, tudo é relativo e depende da situação. O ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas, mas uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo “se-então”, se a variável independente for assim, então as técnicas administrativa deverão ser também. O reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são fundamentais para a abordagem contingencial.
Em suma, as ações administrativas são contingentes das características situacionais para obter resultados organizacionais.
A teoria da contingência surgiu a partir de resultados de várias pesquisas que procuraram verificar os modelos organizacionais mais eficazes em determinados tipos de empresas. Os resultados conduziram a uma nova concepção de organização: a estrutura da organização e o seu funcionamento são dependentes das características do ambiente externo, ou seja, não há um melhor jeito de organizar, tudo depende.
A pesquisa de Chandler sobre estratégia e estrutura
Chandler fez uma investigação histórica sobre as mudanças estruturais de grandes organizações. A sua conclusão é que a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi gradativamente determinada de acordo com sua estratégia mercadológica. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, ou seja, é a forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos. Em resumo, diferentes ambientes levam as empresas a adotar novas estratégias e as novas estratégias exigem diferentes estruturas organizacionais.
A pesquisa de Emery e Trist sobre os contextos ambientais
Emery e Trist procuraram identificar o processo e as reações que ocorrem no ambiente como um todo. Para eles, existem quatro tipos de contexto ambiental, cada qual propiciando determinada estrutura e comportamento organizacional:
- Ambiente tipo 1: meio plácido e randômico. É o ambiente mais simples e tranquilo. Corresponde ao “mercado clássico” dos economistas, no qual organizações vendem produtos homogêneos. Pelo seu pequeno tamanho, cada organização não pode afetar as outras e nem, sozinha, influenciar o mercado.
- Ambiente tipo 2: meio plácido e segmentado. É o ambiente também estático, mas os objetivos são distribuídos randomicamente, pois estão concentrados de alguma forma. Corresponde ao modelo “competição imperfeita” dos economistas, no qual os produtos oferecidos pelas organizações concorrentes são diferenciados, cada empresa precisa conhecer seu mercado. Toda organização pode ter algum controle sobre o mercado, mas não pode afetar as outras empresas.
- Ambiente tipo 3: ambiente perturbado e reativo. Nesse ambiente desenvolvem-se organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivo, dispondo das mesmas informações e pretendendo o mesmo mercado. Corresponde ao “mercado oligopólico” que tem como característica primaria o fato de que as atividades de uma organização causam repercussões adversas sobre as demais
- Ambiente tipo 4: meio de campos turbulentos. Este ambiente é caracterizado pela complexidade, turbulência e dinamicidade.
Pesquisa de Burns e Stalker sobre organizações
Burns e Stalker pesquisaram vinte industrias inglesas para verificar a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo. Classificaram as empresas em dois tipos: Mecanísticas e orgânicas.
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