A explicação da Teoria das Culturas (Charles Handy)
Por: LETICIALEEKA • 17/11/2016 • Relatório de pesquisa • 1.050 Palavras (5 Páginas) • 1.202 Visualizações
MBA Gestão de Recursos Humanos - Turma 24
Disciplina: Comportamento Organizacional
Professora: Cida Eiras
A explicação da Teoria das Culturas (Charles Handy)
Em umas das mais competentes tentativas de explicar o fenômeno das culturas organizacionais, Charles Handy escreveu sobre as variadas culturas existentes nas organizações, relacionando as os deuses da Grécia antiga. Ele trabalhou com quatro deuses como vemos abaixo:
- ORGANIZAÇÕES REGIDAS POR ZEUS:
Segundo Handy (1994; p. 18):
“Zeus é o deus-patrono. Os gregos escolheram ou criaram seus deuses para representar certas características do mundo tal como o viam. Zeus era o rei de seus deuses, que reinava sobre o monte Olimpo por meio dos raios (quando zangado) ou da chuva de ouro (quando sedutor). Ele era temido, respeitado e ocasionalmente amado. Representava a tradição patriarcal, o poder irracional mas muitas vezes benevolente, a impulsividade e o carisma”
Este tipo de liderança se refere a uma liderança mais concentrada em uma só pessoa. Assim como Zeus é o Deus dos Deuses na mitologia grega, o líder aqui será sempre o centro das atenções, as características predominantes aqui são o patriarcalismo e as emoções sobrepondo a razão. Este tipo de comportamento leva a informalidade já que os mimos e agrados exagerados ao chefe podem proporcionar uma troca de favores entre o chefe e seus subordinados, favorecendo o favoritismo em detrimento de se cumprir um objetivo para o bem comum. Nesta hierarquia, quanto mais próxima a pessoa for do seu líder dentro da empresa, mais poder e regalias ela terá.
Este tipo de cultura funciona da melhor maneira em empresas do tipo start-up em empresas do tipo start-up, e em empresas que precisam de maior agilidade na tomada de decisões como por exemplo corretoras e bancos de investimento.
- ORGANIZAÇÕES REGIDAS POR APOLO:
Handy (1994; p. 21) escreve que:
“Apolo é o deus-patrono, pois Apolo era o deus da ordem e das regras. Esta cultura assume que o homem é racional e que tudo pode e deve ser analisado de uma forma lógica. A tarefa de uma organização pode então ser subdividida quadro a quadro até que você tenha um diagrama de fluxo de trabalho organizacional, com um sistema de funções prescritas (especificadas com “descrições de função”) e integradas por todo um conjunto de regras e procedimentos (chame-os de manuais, previsões orçamentárias, sistemas de informação, ou do que quiser)”.
Na mitologia grega, Apolo é o Deus da juventude e da luz. É também considerado o Deus mais belo da Grécia. Ao contrário de Zeus, a administração de Apolo se caracterizava pela formalidade excessiva. Regras deveriam ser obedecidas e ordens cumpridas à risca. As funções são cuidadosamente divididas para cada integrante, de forma racional, a fim de se alcançar um objetivo da maneira mais eficiente possível. A desvantagem aqui é que o excesso de formalidade dificulta o processo de mudanças quando necessário.
As entidades públicas são exemplos típicos deste tipo de organização, pois em geral estes órgãos são cheios de normas, regras, procedimentos, e códigos de conduta que prevalecem. O ambiente normalmente é bastante previsível e existe muita dificuldade em qualquer movimentação rápida
- ORGANIZAÇÕES REGIDAS POR ATENA
Handy (1994: p. 26) descreve Atena como a “deusa guerreira, patrona de Ulisses, aquele arqui-solucionador de problemas dos artesãos e dos líderes pioneiros”.
É a Deusa da sabedoria de acordo com a mitologia grega. O foco principal deste perfil de administração é solucionar problemas. Quando uma instituição trabalha em cima de tarefas, a inovação é o elemento fundamental para a solução de qualquer problema, por isso, possuem grandes dificuldades de seguirem uma rotina, como a citada na administração de Apolo, por isso, elas têm curto tempo de vida e geralmente não se adaptam as situações de crise.
Esta administração é ideal para formação de grupos de especialistas para determinado assunto em especial, assim que o problema for resolvido, esta força-tarefa não terá mais motivos para existir e logo se dissolverá, por isso empresas que possuem cultura de Atena como característica predominante, normalmente tem muita dificuldade lidar com o fracasso.
Alguns exemplos de organizações que são regidas por Atena: agências de propaganda e consultorias, e empresas como a a Microsoft, 3M e a NASA, onde se percebe claramente a formação de diversas equipes responsáveis pelo desenvolvimento ou solução de problemas específicos que fazem parte da organização.
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