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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E MATERIAIS

Por:   •  11/10/2019  •  Relatório de pesquisa  •  25.457 Palavras (102 Páginas)  •  118 Visualizações

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APOSTILA DE

ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E MATERIAIS

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Prof.ª: Fernanda Zarpelão

Aluno(a):         

Colégio Estadual Rui Barbosa - EMP

INTRODUÇÃO

O Desenvolvimento Histórico da Administração da Produção até o final do século XVIII, a agricultura era a indústria predominante em todos os países. As mercadorias eram, com frequência, feitas sob medida por artesões que gastavam muitos anos como aprendizes, aprendendo cada aspecto de como fazer uma mercadoria ou fornecer um bom serviço. Nenhum produto era igual ao outro.

Esta abordagem à indústria baseada na vida do campo, contudo, começou a mudar no século XIX. Watt inventou a máquina a vapor na Inglaterra em 1765, e isso trouxe uma fonte de força para a manufatura. Em 1801, Eli Whitney apresentou o conceito de padronização de peças para o presidente Jefferson, com uma demonstração na qual ele selecionou peças ao acaso para montar um rifle e então dispará-la. (Antes disso, todo o rifle era feito à mão com peças específicas para cada cliente.) A metade do século XIX viu a torrente da Revolução Industrial com suas grandes fábricas movidas a vapor ou água. Entretanto, mesmo com o advento destas grandes instalações, a manufatura permanecia ainda, em grande parte, muito mais uma arte do que uma ciência.

Não há como uma empresa funcionar sem a existência de recursos, sejam eles financeiros, humanos ou materiais. Esta disciplina irá focar a sua atenção sobre estes últimos, sejam eles no que diz respeito aos insumos ou aos bens patrimoniais indispensáveis no processo de fabricação.

Com a crescente concorrência existente por uma participação no mercado consumidor as empresas buscam identificar formas de melhorar seus desempenhos, encontrando maneiras diferentes de obterem vantagens competitivas. Uma das formas de obter uma vantagem, se não competitiva, mas pelo menos comparativa é através de uma boa gestão dos recursos materiais e patrimoniais.

Com os custos crescente é importante gerir bem seus estoques e seu patrimônio produtivo de forma a utilizá-los com a máxima eficiência e eficácia. È sobre isso que estaremos falando a partir de agora.

A administração da produção é a gestão do processo de conversão que transforma insumos, tais como matéria-prima e mão-de-obra, em resultados na forma de produtos acabados e serviços; os principais enfoques dos administradores de materiais serão dirigidos a administração de recursos, sistemas de controle e de informação e processos.

A partir de uma perspectiva corporativa, a administração da produção pode ser definida como o gerenciamento de recursos diretos que são necessários para a obtenção dos produtos e serviços de uma organização.

O mercado consumidor, os clientes dos bens e serviços da empresa, dá forma à estratégia corporativa da companhia. Essa estratégia está baseada na missão corporativa e, basicamente, reflete como a empresa planeja usar todos os seus recursos e suas funções (marketing, finanças e produção) para obter uma vantagem competitiva. A estratégia de produção para apoiar sua estratégia corporativa. (De modo semelhante, a estratégia de marketing aborda a forma como a empresa irá vender e distribuir seus bens e serviços, e a estratégia de

finanças identifica qual a melhor forma de utilizar os recursos financeiros da empresa).

Dentro da função produção, as decisões gerenciais podem ser divididas em três grandes áreas:

  • Decisões estratégicas (de longo prazo);
  • Decisões táticas (de médio prazo);
  • Decisões de planejamento operacional e de controle (curto prazo).

As questões estratégicas costumam ser de natureza muito ampla e abordam aspectos tais como:

  • Como iremos fazer o produto?
  • Onde vamos localizar a fábrica ou as fabricas;
  • De quanta capacidade necessitamos?
  • Quando devemos adicionar mais capacidade?

Consequentemente, por necessidade, a referência de tempo para decisões estratégicas é tipicamente muito longa, costumando ser de vários anos, dependendo da indústria em questão.

Decisões de administração da produção no nível estratégico causam impacto sobre a efetividade da empresa a longo prazo, em termos do grau de adequação com que ela aborda as necessidades de seus clientes. Assim, para a empresa ser bem-sucedida, essas decisões devem estar alinhadas com a estratégia corporativa. Decisões feitas no nível estratégico definem, portanto, as condições fixas ou as restrições sob as quais a companhia deve operar tanto no curto quanto no médio prazo.

No nível seguinte do processo de tomada de decisão, o planejamento tático aborda basicamente a questão de como enquadrar materiais e mão-de-obra de forma eficiente, dentro das restrições das decisões estratégicas que foram previamente tomadas. Assim, algumas das questões em que a AP se concentra nesse nível são:

  • De quantos trabalhadores precisamos?
  • Quando precisamos deles?
  • Devemos alocar horas extras ou colocar outro turno?
  • Quando devemos mandar entregar material?
  • Devemos ter um estoque de produtos acabados?

Estas decisões táticas, por sua vez, definem as restrições de operações, sob as quais o planejamento operacional e as decisões de controle são tomadas.

As decisões gerenciais com respeito ao planejamento operacional e ao controle são, de forma comparativa, muito restritas e de curto prazo. Por exemplo, questões neste nível incluem:

  • Em quais tarefas iremos trabalhar hoje ou esta semana?
  • A quem atribuiremos tais tarefas?
  • Quais trabalhos têm prioridade?

Antes de começarmos o estudo da administração de recursos materiais, veja estes dados:

  • 16% do programa de produção não pode ser executado em virtude de falta de ferramentas destinadas à produção;
  • 30% a 60% do estoque de ferramentas está espalhado pelo chão da fábrica, perdido, deteriorando-se ou não disponível (dentro de caixas de ferramentas pessoais);
  • 20% do tempo dos operadores é desperdiçado procurando por ferramentas. Se somarmos meia hora por turno, chegaremos a mais de três semanas de trabalho perdidas por ano;
  • 40% a 80% do tempo do encarregado são perdidos procurando e expedindo materiais e ferramentas;
  • O orçamento anual para ferramentas, gabaritos, acessórios gastos com fornecedores e ferramentas de reservas numa empresa metalúrgica é 7 a 12 vezes maior que o orçamento do equipamento total.

Do acima exposto se depreende a importância de bem gerir os materiais, ferramentas manuais e ferramental no processo produtivo, que são recursos usualmente escassos em toas as empresas. A gestão de tais recursos com objetivo de minimizar desperdícios é parte essencial da Administração de Recursos.

A função produção, entendida como o conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em um outro com maior utilidade, acompanha o homem desde sua origem. Quando polia a pedra a fim de transformá-la em utensílio mais eficaz, o homem pré-histórico estava executando uma atividade de produção. Nesse primeiro estágio, as ferramentas e os utensílios eram utilizados exclusivamente por quem os produzia, ou seja, inexistia o comércio, mesmo que de troca ou escambo. Com o passar do tempo, muitas pessoas se revelaram extremamente habilidosas na produção de certos bens, e passaram a produzi-los conforme solicitação e especificações apresentadas por terceiros. Surgiam, então, os primeiros artesãos e a primeira forma de produção organizada, já que os artesãos estabeleciam prazos de entrega, consequentemente classificando prioridades, atendiam especificações prefixadas e determinavam preços para suas encomendas. A produção artesanal também evoluiu. Os artesãos, em face do grande número de encomendas, começaram a contratar ajudantes, que inicialmente faziam apenas os trabalhos mais grosseiros e de menor responsabilidade. À medida que aprendiam o ofício, entretanto esses ajudantes se tornavam novos artesãos.

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