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AS IMPLICAÇÕES DO MARKETING PESSOAL NAS CARREIRAS DE GERENTES DE CONTAS: O CASO DA EMPRESA ALPHA

Por:   •  16/8/2019  •  Artigo  •  3.819 Palavras (16 Páginas)  •  279 Visualizações

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IMPLICAÇÕES DO MARKETING PESSOAL NAS CARREIRAS DE GERENTES DE CONTAS: O CASO DA EMPRESA ALPHA

Juliano dos Santos

RESUMO

O objetivo do presente artigo é perceber as implicações do marketing pessoal como atributo na rotina dos gerentes de contas da empresa em questão. O estudo foi desenvolvido tendo como tema central o Marketing pessoal e suas interfaces e articulações teóricas com a gestão de carreiras, para tanto foram utilizados s fundamentos teóricos de KOTLER,1998; PERSONA, 2005; OLIVEIRA NETO, 1999; MELLO, SILVA, JUNQUILHO, 2011. Trata-se de uma pesquisa exploratória desenvolvida pela perspectiva do paradigma funcionalista e com abordagem quanti-qualitativa. É um estudo de caso numa empresa brasileira de telecomunicações. Os dados foram coletados tendo como instrumentos: entrevistas, questionários e pesquisa documental. Os sujeitos da pesquisa foram os gerentes de contas da empresa Alpha. Os resultados indicam que os gerentes de contas da empresa Alpha percebem a importância do marketing pessoal em suas rotinas e carreiras, no entanto não fazem uso das mesmas, deixando em segundo plano as oportunidades estratégicas desta fantástica ferramenta.

Palavras chave: Marketing pessoal, gestão de carreiras, gerente de contas

RESUMEN

El objetivo del presente artículo es percibir las implicaciones del marketing personal como atributo em la rutina de los gerentes de cuentas de la empresa en cuestión. El estúdio fue desarollado haviendo como tema central el marketing pernonal y suyas interconexiones y articulaciones teóricas com la gestión de carreras, para tanto fueron utilizados los fundamentos teóricos de KOTLER,1998; PERSONA, 2005; OLIVEIRA NETO, 1999; MELLO, SILVA, JUNQUILHO, 2011. Se trata de uma investigación exploratória desarrollada por la perspectiva del paradigma funcionalita y la abordaje cuanti-cualitativa. Es um estúdio de caso en la empresa brasilleña de telecomunicaciones. Los dados fueron recopilados teniendo como instrumentos: entrevistas, cuestionarios y investigación documental. Los sujetos de la pesquisa fueron los gerentes de cuentas de la empresa Alpha. Los resultados indican que los gestores de cuentas de la “empresa Alpha” perciben la importancia del marketing personal em sus rutinas y carreras, no obstante sin hacer uso de ellas, dejando em segundo plano las oportunidades estratégicas de esta increíble herramienta.

Palabras clave: Marketing personal, gestión de carreras, gerentes de cuentas

  1. INTRODUÇÃO

Muitas são as transformações no mundo do trabalho (RIFKIN, 1995; BUARQUE, 2000; FUKUYAMA, 2000; CHOMSKY, 2008 -; BAUMAN, 2009) e que interferem na gestão da carreira dos profissionais da Administração. Atualmente, a carreira está cada vez mais associada ao profissional do que à organização, ou seja, o profissional é o responsável por sua carreira (HALL; MOSS, 1998). A popularização dessa concepção de carreira provocou o surgimento de uma especialidade na área de gestão de pessoas, que é o marketing pessoal, um conceito desenvolvido como instrumento que interfere na gestão da carreira dos profissionais (MELLO; SILVA; JUNQUILHO, 2011).

Este artigo tem como objetivo compreender as implicações do marketing pessoal nas carreiras dos gerentes de contas da empresa Alpha. Por marketing pessoal entende-se um conjunto de ações desenvolvidas pelo profissional, tratado como um produto, que é avaliado pelo seu perfil profissional e pela forma como ele se apresenta ao mercado de trabalho (KOTLER,1998; PERSONA, 2005; OLIVEIRA NETO, 1999; MELLO, SILVA, JUNQUILHO, 2011).

Perceber a relevância do marketing pessoal na gestão de carreiras dos gerentes de lojas, torna-se um tema relevante nos estudos da área de gestão de pessoas, uma vez que o tema é pouco explorado (MELLO, SILVA, JUNQUILHO, 2011). Também porque o gerente muitas vezes é concebido como um profissional estereotipado em torno de uma imagem que não representa a realidade vivida por ele. As revistas de negócios brasileiras transmitem a ideia de que todo executivo deve ser um “Superman”, forjando-o a uma resposta imediata a determinada demanda advinda tanto da organização quanto do próprio mercado de trabalho (OLTRAMARI; FRIDERICHS; GRZYBOVSKI, 2013).

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

  1.  GESTÃO DE CARREIRAS

Gilberto L.  Nogueira, afirma que na década de 1980 os funcionários eram avaliados e recompensados pela contribuição que davam à empresa, isto é, aqueles que mais contribuem serão os mais valorizados”. Neste período tanto pequenas quanto médias empresas tomaram corpo sobressaindo-se em relação às maiores e tradicionais empresas da época. Este crescimento ocorreu devido a capacidade de mudança que tiveram em adotar um novo conceito de carreira, com inovação e maior flexibilidade frente às organizações de maior porte.

Com o avanço da globalização e o crescimento da tecnologia, particularmente a partir dos anos 90, surge um novo conceito introduzido por Donald T. Hall (1996) denominado carreira proteana, que se contrapõe ao de carreira organizacional ou tradicional. O termo deriva-se do Deus proteu, que segundo a mitologia grega, possuía a capacidade de mudar de forma de acordo com o comando de sua vontade. Esse aspecto cabe ao novo perfil do profissional da atualidade que tem que gerenciar sua própria carreira, não sendo mais esse o papel da organização.

O conceito de carreira pode ser dividido em duas fases distintas. Chanlat (1995) descreve dois modelos de carreiras a partir das sociedades industrializadas: o modelo tradicional e o modelo moderno. O modelo tradicional, que vigorou até os anos 70, foi marcado pela estabilidade, enriquecimento, progresso, divisão sexual e social do trabalho, em que apenas os homens trabalhavam, ou seja, a possibilidade de ascensão pertencia apenas aos grupos socialmente dominantes. A progressão da carreira era linear e vertical e os trabalhadores possuíam maior estabilidade no emprego. Já o novo modelo caracteriza-se por oportunidades para o profissional tanto do sexo masculino como do sexo feminino e pertencente a grupos sociais variados; a progressão na carreira é descontínua, mais horizontal do que vertical e apresenta uma maior instabilidade.

Na abordagem tradicional, ainda encontrada, aprofundando na carreira, em termos conceituais, Baruch (2004) conclui tratar-se da maior constituição da vida pois envolve o trabalho; este provê o indivíduo de sentido, identidade, desafios, criatividade, status e networking. Para Baruch, a mais moderna definição de carreira caracteriza-a como o processo de desenvolvimento do indivíduo durante suas experiências em trabalhos, em uma ou mais organizações.

Sob uma ótica, consideramos as carreiras como individuais, sob outra, como planejadas e conduzidas pelas organizações. Se nos remetermos à Revolução Industrial, por exemplo, podemos notar que o conceito de carreira tem sofrido fortes transformações ao longo do tempo, como salienta Balassiano (2006). Voltadas tanto para a área de formação acadêmica, conhecidas como carreiras profissionais, quanto para as organizações, ou carreiras organizacionais, as carreiras no mundo contemporâneo tendem a ser associadas à trajetória profissional de cada indivíduo, independentemente da área de formação ou da organização em que essa trajetória se desenvolve. Na verdade, a carreira moderna transcende a própria existência de uma organização. O autor argumenta que carreira significa administrar a própria vida pessoal e profissional cuidando do auto aperfeiçoamento e dos relacionamentos profissionais.

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