AS TEORIAS ADMINSTRATIVAS
Por: Alaine Oliveira • 1/4/2022 • Monografia • 3.869 Palavras (16 Páginas) • 483 Visualizações
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TEORIAS ADMINSTRATIVAS: um estudo de caso em uma empresa do setor têxtil de Maringá
Weberton Domingos Risso - FANP/UNIESP Ricardo Dantas Lopes - FANP/UNIESP
RESUMO
Pautado no objetivo de identificar os aspectos relevantes de algumas teorias administrativas na realidade organizacional, o presente trabalho constitui-se em estudo de caso em uma empresa do setor têxtil de Maringá, Paraná e sua estrutura administrativa. Para tanto, selecionou-se as teorias clássica, comportamental, de sistemas e contingencial sendo que estas serviram de base para a pesquisa de campo por meio do referencial teórico. Após a aplicação do roteiro de entrevista, foram observados os pontos de convergência entre as teorias e a prática organizacional. Como resultado notou-se alguns aspectos das teorias administrativas na organização, no entanto não houve indicativos de predominância de uma escola em si, o que se percebeu são aspectos complementares dessas teorias na realidade percebida.
Palavras-chave: Teorias Administrativas. Teoria Clássica. Teoria Comportamental. Teoria dos Sistemas. Teoria Contingencial: Setor Têxtil.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho reúne algumas das muitas teorias da administração, apresentadas de forma resumida e com intuito de dar base ao estudo de caso realizado. Procurou-se utilizar os conceitos mais importantes e seguir os eixos norteadores de cada uma das teorias. Além da revisão bibliográfica sobre as teorias da administração, também será apresentado um estudo de caso, em que procuramos identificar em uma determinada empresa, características que mostrem na realidade os conceitos apresentados anteriormente.
A organização estudada é uma micro empresa, que atua na área de confecção de uniformes e que tem como principal característica os anseios de seu gerente proprietário de crescer no mercado de uniformes em Maringá.
O objetivo deste trabalho foi verificar na empresa estudada marcas das teorias administrativas, identificando os pontos em que as ações da organização vão de encontro às idéias defendidas pelas teorias, bem como os pontos que ela converge ou diverge do que é apresentado.
O trabalho apresenta primeiramente a revisão da literatura, contendo as informações sobre a Teoria Clássica, a Teoria Comportamental, a Teoria dos Sistemas e a Teoria Contingencial. A seguir mostra como foi desenvolvida a pesquisa caracterizando a empresa, apresentando seu histórico e descrevendo como as políticas gerais estão estruturadas de acordo ou não com as teorias já vistas. E por último, concluem-se, a partir da análise dos dados apresentados, quais os aspectos das teorias administrativas encontram-se na prática do administrador, fornecendo, desta forma, possíveis recomendações à empresa estudada.
REFERENCIAL TEÓRICO
TEORIA CLÁSSICA
Segundo Lacombe (2009), a Teoria Clássica da Administração teve seu surgimento na França, em 1961, caracterizando a ênfase na estrutura da organização e nas funções do administrador para que a mesma possa ser eficiente.
Fayol um engenheiro francês, fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma
abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor (CHIAVENATO, 2003. p.80).
Segundo Motta e Vasconcelos (2006), a Escola Clássica considerava a administração como ciência com princípios próprios, baseando-se de um lado na experimentação científica e no trabalho e de outro lado o método lógico-dedutivo.
Para Chiavenato (2003), visava o envolvimento de cada parte da organização no todo, tanto as seções e departamentos como ocupadores e executores das tarefas. Enfatizava ainda que toda empresa apresentasse seis funções: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis e, a última e mais importante, englobando todas as demais, as funções administrativas. Esta composta por prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.
A proporcionalidade das funções administrativas não é privilégio dos diretores e gerentes, entretanto distribuída proporcionalmente entre os níveis hierárquicos, na medida em que se decresce na escala, aumenta a proporção das outras funções da empresa e quando cresce na escala, aumenta consequentemente a extensão e o volume das funções administrativas.
A organização ainda pode ser entendida como entidade social na qual as pessoas interagem para alcançar objetivos específicos e como função administrativa que está inserida para organizar, estruturar recursos e, por fim, definir os órgãos incumbidos de sua administração. “Tudo em administração é questão de medida, ponderação e bom senso” (CHIAVENATO, 2003, p. 83).
Fayol ainda definiu os 14 Princípios Gerais da Administração, são eles: divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação dos interesses individuais aos gerais, remuneração do pessoal, centralização, cadeia escalar, ordem, equidade, estabilidade do pessoal, iniciativa e espírito de equipe (LACOMBE, 2009).
Segundo Maximiano (2006), após Fayol muitos outros autores começaram a pesquisar a respeito desse processo de administração e o papel dos gerentes. Urwick (1937), como citado por Maximiano (2006), amplia a idéia de Fayol quanto ao papel do gerente, sendo as funções deste: Planejamento, Organização, Pessoas, Direção, Coordenação, Informação e controle, Orçamentação; sendo estas conhecidas pela sigla POSDCORB.
Para Chiavenato (2003) e Motta e Vasconcelos (2006), os autores clássicos pretendiam criar uma teoria da administração baseada em divisão do trabalho, especialização, coordenação, centralização e impessoalidade das decisões e atividades de linha e staff.
TEORIA COMPORTAMENTAL
A Teoria Comportamental da administração tem seu surgimento marcado em 1947 com a obra: “O comportamento administrativo”, de Herbert A. Simon. A nova teoria faz uma redefinição dos conceitos administrativos, não só criticando as teorias anteriores, como dando um novo enfoque aos estudos e diversificando sua natureza. Têm-se o abandono das posições normativas e prescritivas das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. Pode-se dizer que a Teoria Comportamental está baseada em três grandes pilares: a motivação, o processo decisório e a liderança.
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