Análise da situação da Grim Entretenimento S.A.
Por: Carlos Vinícius Bindewald • 25/10/2015 • Artigo • 1.067 Palavras (5 Páginas) • 1.294 Visualizações
Matriz de atividade individual*
Módulo 3: Modelos Porter e planos de ação | Atividade: atividade individual |
Título: Análise da situação da Grim Entretenimento S.A. | |
Aluno: Carlos Vinícius Bindewald | |
Disciplina: Gestão estratégica | Turma: Gestão estratégica set/2015 |
Introdução Na moderna administração estratégica, já há um consenso de que a empresa que não busca sempre inovar e atender as necessidades de seus clientes, ou até mesmo superar as expectativas dos mesmos, trazendo algo inesperado ao mercado, corre o risco de se “fechar em seu próprio’’ mundo, ou seja, focar-se apenas em si mesma e não no ambiente como um todo. Esta forma de pensamento, muito comum na primeira metade do século XX, nos remete à já clássica frase proferida por Henry Ford na época, “todo mundo pode ter o carro da cor que quiser, desde que seja preto” (slack et al. 2002), aonde a empresa tem a cega impressão de que tudo o que colocar no mercado será bem aceito pelo cliente. Neste trabalho, será analisado o caso da empresa “Grim Entretenimento S.A.”, que por ter tido bastante sucesso nos seus primeiros anos de existência, acabou por sentir-se em uma situação um tanto cômoda, não se atentando ao que ocorria no mercado, abrindo brecha para o crescimento da concorrência. Para sair desta situação, a posição do diretor de marketing da empresa, Salles, será discutida em maiores detalhes. | |
Situação da Grim Entretenimento S.A. A “Grim Entretenimento S.A” atua no mercado há 12 anos e sempre foi uma referência neste segmento. Porém, nos últimos 5 anos começou a sentir o crescimento da concorrência, o que se acentuou nos últimos 2 anos, com a empresa experimentando algumas derrotas no mercado. Tal situação, um tanto nova para empresa, pegou a todos de surpresa. | |
Posicionamento e recomendações do diretor escolhido Na reunião da diretoria, o diretor Salles, responsável pela área de Marketing, apesar de reconhecer que a empresa passa por um momento difícil, posicionou-se a favor de que a empresa deveria buscar novos investimentos ao invés de ficar pensando apenas em corte de gastos. Para isso, ele propôs a entrada em um novo mercado, ainda inexplorado pela concorrência, e que poderia proporcionar um aumento de 100% nas receitas da empresa. | |
Dois pontos fracos e dois pontos fortes para a Grim nas recomendações do diretor escolhido Pelas recomendações do diretor Salles, podem ser destacados pontos fortes e fracos com relação ao seu posicionamento. Sendo eles:
Pontos fracos:
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Ações propostas, por esse diretor, para potencializar os pontos fortes e neutralizar os fracos Sabendo da real necessidade de se economizar, e que isto poderia inviabilizar seus planos por novos investimentos, Salles propôs ações que, poderiam atenuar os problemas financeiros da empresa e também alavancar as suas propostas. Primeiramente, deveria ser feita uma conversa franca com os colaboradores, explicitando a real situação da empresa para tentar acalmar um pouco o clima tenso que havia se instalado. Mas também, como muito provavelmente apenas uma conversa não resolveria o problema, colocou em pauta a criação de um plano de incentivos, com prêmios caros para as áreas que mais economizassem. Com isto, os funcionários poderiam se motivar a buscar a economia de que a empresa necessitava e, caso os resultados esperados com os novos investimentos viessem a ocorrer, os “prêmios caros” poderiam ser pagos sem maiores problemas aos setores que mais se empenharam. | |
Conclusão Analisando a atual situação da empresa, percebe-se que não se trata realmente de uma crise, haja vista que a concorrência está conseguindo crescer no mesmo mercado em que a Grim Entretenimento sempre dominou. Sendo assim, trata-se mesmo, muito provavelmente, de problemas estruturais na empresa, que, por ter permanecido durante um bom tempo liderando o mercado, acabou por se acomodar, descuidando de suas finanças, e não imaginando que poderia perder o posto de líder do mercado. Outro ponto a se destacar é que, caso a empresa seguisse no mesmo caminho, e apenas se focasse no controle de gastos, esta continuaria ainda brigando pelo mesmo mercado e acabaria entrando em uma “guerra mutuamente destrutiva” como observada por Porter (1996), aonde todos buscariam cada vez mais a eficiência operacional, levando as empresas a se equilibrarem no mercado, oferecendo produtos muito parecidos e, por fim, provocando uma guerra de preços. Sendo assim, e, pelo fato de ainda não ter se instalado uma crise profunda na empresa, a solução proposta pelo diretor Salles parece ser a mais adequada para o momento; visto que, a empresa poderia “navegar pelo oceano azul”, como exposto por Mauborgne & Cham Kim (2005), em que, por optar pela exploração de um novo mercado, ainda sem concorrência, a empresa pode conseguir trabalhar com maior tranquilidade e obter maiores ganhos. Por todo o exposto, percebe-se a real importância do posicionamento estratégico de uma empresa, pois, uma visão mais fechada do mercado, pode levar a empresa a enfrentar problemas ainda maiores; ao passo que, optar por não ir pela opção mais óbvia pode significar a sobrevivência da mesma no longo prazo. | |
Referências bibliográficas SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON Robert. Administração da Produção. 2ª. Edição. São Paulo: Atlas (2002). 747 p. PORTER, M. E. What is strategy? Harvard Business Review, p.61-78, Nov./Dec. 1996..
MAUBORGNE, Renée; CHAM KIM, W. A estratégia do oceano azul: como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. 13ª. Edição. São Paulo: Campus (2005). 258 p. |
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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