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Análise de Liderança no Filme Alexandre - O Grande

Por:   •  7/8/2023  •  Artigo  •  1.221 Palavras (5 Páginas)  •  86 Visualizações

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Alexandre, o Grande: analisando a Liderança e suas variáveis.

Filme Alexandre, o Grande: analisando a Liderança e suas variáveis.

1. Introdução

O líder não nasce pronto, é alguém complexo, formado não somente por traços intrínsecos à sua personalidade, mas por conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação intelectual. O filme biográfico “Alexandre, o Grande” (2004), do cineasta americano Oliver Stone, constitui-se numa excelente ferramenta para o estudo do tema liderança e de suas variáveis.

2. Relações de Poder

Observando atentamente o filme Alexandre, o Grande (2004), percebe-se praticamente todos os diferentes tipos de poder citados por JUNGBECK & CAMPOS.

O Rei Alexandre III, era Filho de Filipe II, e desde criança já estava predestinado ao trono da Macedônia (Poder Legítimo). Assumiu o cargo muito cedo, aos 20 anos, por ocasião da morte de seu pai. Contudo sempre procurou liderar com o apoio e colaboração de seu exército, conseguindo a admiração e a lealdade de muitos de seus liderados (Poder de Referência).

Após a conquista de inúmeras regiões da Ásia, Alexandre queria conquistar a Pérsia, pois não admitia a existência de dois Reis, além de acreditar na participação do Rei inimigo no assassinato de seu pai. Foi na Batalha de Gaugamela que Alexandre demonstrou toda a sua estratégia de guerra. No planejamento do combate, o Rei definiu suas táticas de ataque, demonstrando exímio conhecimento do estilo de comando do adversário, que forçava os persas a lutarem, por medo do Rei (Poder Coercitivo, de Dario; e Poder Informativo, de Alexandre). Ao definir a forma como as frentes de ataque avançariam, Alexandre destacou seu conhecimento e competência para o combate (Poder Especialista e Ecológico). E, por fim, à frente de seu exército, Alexandre enalteceu a qualidade de cada soldado em conquistas anteriores, buscando motivar e criar na tropa o sentimento de compromisso, que contribuíram para a vitória sobre a Pérsia (Poder de Recompensa, da Utilidade, Persuasivo e do Carisma).

Outras cenas do filme que também evidenciam esses tipos de poder são: quando Alexandre conquistava terras e as devolvia aos reis derrotados, suscitando o apoio e devoção destes povos (Poder do Carisma); e ao descobrir a traição de Filotas e seu pai Parmênios Alexandre mandou matá-los, assim como ele mesmo executou Clito, fiel seguidor do Rei Filipe, que ousou contestar seu comportamento, exigindo com essa atitude a obediência e o respeito de seus subordinados (Poder Coercitivo).

3. Características de Liderança

Alexandre combinava traços e competências que o destacaram entre os mitos da época e fizeram dele, apesar da pouca idade, o maior líder do mundo antigo. Esse jovem Rei esteve à frente de seu exército em todas as batalhas, demonstrando energia, tolerância ao stress e iniciativa, buscando a cooperação e empenho de seus subordinados para enfrentar as tarefas difíceis, atuando decisivamente em momentos críticos e informando sempre o caminho a seguir, destacando nessas atitudes autoconfiança, honestidade, integridade, motivação para o poder social, capacidade cognitiva e conceitual e conhecimento do negócio.

Contudo, sua ambição por conquistas cada vez mais distantes, e sua tenacidade e persistência em unir o oriente ao ocidente, não reconhecendo as limitações e as necessidades de sua tropa, fez com que Alexandre tivesse problemas na condução de seu exército rumo ao alcance desses objetivos, provocando divisões e comprometendo a homogeneidade de sua liderança. Dessa forma ficou perceptível que lhe faltava maturidade emocional, para reconhecer suas forças e fraquezas, e competências interpessoais, para resolver construtivamente os conflitos.

Após o fracasso de seu exército na batalha da Índia e ter sido atingido por uma flecha que matou seu cavalo bucéfalo, Alexandre reconheceu que sua tropa estava fraca e seus soldados com o moral comprometido e resolveu voltar para a Grécia, recuperando seu autocontrole.

4. Motivação, Negociação e Gestão de Conflitos

Percebe-se no filme que Alexandre era motivado pela sede de conquistar o mundo, que fazia com que o jovem agisse, muitas vezes, de forma a comprometer a motivação dos seus subordinados, que buscavam a realização de suas necessidades fisiológicas e de segurança, ora insatisfeitas; quebrando a coesão necessária à manutenção de um exército forte.

Baseando-se na Teoria da Hierarquia das Necessidades, desenvolvida por Abraham Maslow, identifica-se que Alexandre buscava a autorealização, pois embora tivesse status, respeito e reconhecimento de sua tropa, tinha como objetivo alcançar a posição que nenhum outro Rei havia conseguido - que era unir o oriente e o ocidente. Considerando a Teoria ERG, de Clayton Alderfer, Alexandre tinha a necessidade de crescimento como elemento propulsor da motivação, queria um desenvolvimento pessoal superior a tudo que já havia conquistado. Analisando pela Teoria das Necessidades de David McClelland, a motivação de Alexandre estaria composta pela necessidade de poder, pois gostava de estar no comando, de influenciar os outros, preocupando-se com o prestígio que adquiria com suas conquistas sobre os reis e os povos derrotados; e pela necessidade de realização, uma vez que lutava sempre pelo sucesso.

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