Análise filme tormenta

ANÁLISE DO FILME: “TORMENTA”

 TÍTULO ORIGINAL: “WHITE SQUALL”

Podemos definir como personagens principais, com base na importância dos tais durante o decorrer do filme: o capitão do Albatroz Skipper Sheldon; o narrador da história Chuck Gieg; Dean Preston, Gil Martin e Frank Beaumont.

1.0 O indivíduo na organização

1.1 Percepção 

            Para analisar a percepção dos personagens, é preciso fazer algumas considerações sobre percepção.

           Segundo Robbins, a percepção é a forma pela qual as pessoas interpretam o ambiente através de suas impressões sensoriais, com a finalidade de dar sentido ao seu ambiente.

porém, o que se percebe pode variar a depender do observador, do alvo e da situação, esses fatores tem influencia direta na percepção.

O tipo de liderança de Skipper Sheldon, capitão do albatroz é orientada para o trabalho, baseado na coletividade, associada a um regime disciplinar rígido, por meio do qual são gerados no grupo valores como responsabilidade, coragem, capacidade, e controle. Tais valores são fortemente disseminados no decorrer do filme, e tratados como essenciais para as atividades realizadas pelo grupo.

Sheldon apresenta uma imensa expectativa de que seus alunos atingissem o padra que ele desejava. Assim, fazia usa também de suas próprias experiências passadas, como maneira de  moldar o caráter de sua equipe.

Como, muitas vezes, as expectativas podem distorcer a percepção, os indivíduos podem ver aquilo que esperam ver. Por isso, pode-se dizer que os alunos tiveram percepções diferentes de Sheldon: pode ser natural pensar que um capitão seja autoritário, forte ou impiedoso, mas enquanto Frank Beaumont teve esta percepção, mais próxima do que se espera, Chuck conseguiu ver mais além, enxergar que o Sr. Skipper não era só isso. De acordo com a própria descrição de Gieg, em seu diário, o capitão teria uma personalidade forte e não aceitava não como resposta. Mas era um homem agradável, capaz de estimular os outros a atender suas expectatiavas.

Frank tinha muito menos expectativas que Gieg, e isso influenciou sua percepção não só em relação ao capitão, como também a viagem no Albatroz. O comportamento das pessoas baseia-se em sua percepção da realidade. A sua má percepção acerca da viagem se traduziu em um comportamento que, por fim – ao matar o golfinho –, não lhe permitiu mais continuar no Albatroz.

1.2 Atitudes

Para Robbins , atitudes são afirmações avaliativas em relação a objetos, pessoas ou eventos; refletem como o indivíduo se sente em relação a algo. Gieg tinha atitudes positivas com relação ao grupo. Talvez pela suas atitudes positivas, ele tivesse sido o mais proativo no grupo, buscando mantê-lo unido, sempre apartando brigas e ajudando os demais. Ao final dos dias no veleiro, a avaliação feita por seus amigos após a última prova realizada no Albatroz pode ser considerada um reflexo disso. Os rapazes, naquele momento, já cheios de histórias pra contar, concordam que Gieg seria uma “cola”, que uniria todos ao seu redor.

Afirmamos que Gieg demonstrou uma atitude positiva em relação ao trabalho. Como os valores são a base para a compreensão das atitudes e da motivação, provavelmente os valores mais tradicionais de Gieg influenciaram a sua relativa disciplina e atitude positiva em relação às tarefas diárias no veleiro.

O Sr. Sheldon sente que aquela experiência seria uma ótima forma de moldar o caráter. Segundo o capitão, cada um dos meninos seria responsável pelo resto. Sheldon procura ensinar que, cedo ou tarde, os rapazes teriam que encarar os fatos e, por isso, desafia-os.

Mas Gil passa por uma mudança de atitude em relação a sua fobia de altura. Antes, ela o impedia de subir, porém, as pressões existentes para que isso acontecesse – demonstrada inicialmente pela ordem do capitão – fazem com que ele finalmente consiga subir, o mais alto possível, para tocar o sino do veleiro, no momento em que vai se despedir de Frank em sua partida.

Preston demonstra uma atitude até esnobe em determinados momentos. Ele tem facilidade em aceitar quaisquer desafios e está envolvido na maioria dos conflitos em grupo. Alguns valores como assertividade e rejeição ao autoritarismo são marcantes em seu personagem.

Frank Beaumont entra no Albatroz um pouco depois. Ele é levado por seu pai, o qual confessa logo que levar o filho ao veleiro foi ideia da mãe. Para ele, a experiência do Albatroz seria mais uma espécie de férias do que de educação. A atitude do filho vai se mostrando compatível com a atitude de seu pai. Ele é mimado e demora a se adaptar à vida no veleiro, bem como a se enturmar com os demais. Pelo seu comportamento, acaba saindo do Albatroz.

1.3 Personalidade

         . Segundo Robbins, a personalidade é a soma total das maneiras como alguém reage e interage com os demais.

Com base no Modelo de Personalidade de cinco fatores, também conhecido como Big Five – um padrão utilizado para identificação de traços da personalidade – traçamos o perfil de personalidade dos protagonistas como segue. Conforme o nível de intensidade das dimensões extroversão, amabilidade, consciência, estabilidade emocional e abertura para experiências, os indivíduos irão apresentar diferentes traços de personalidade.

O capitão Sheldon é mais reservado, demonstra mais frieza, é responsável, organizado, autoconfiante, seguro e convencional. Gieg é o mais sociável; é também cooperativo, responsável, confiável, calmo, e parece ter maior pontuação na abertura a experiências.

Gil Martin é tímido, quieto, cooperativo e confiável. A baixa pontuação na dimensão estabilidade emocional talvez seja o que mais chame atenção no personagem: ele é mais ansioso e inseguro que os demais.

Dean Preston destaca-se pela baixa pontuação na dimensão amabilidade: ele é confrontador. Ele é nervoso, mas demonstra segurança e autoconfiança em diversos momentos.

Por fim, pode-se afirmar que Frank Beaumont tem baixa pontuação na extroversão. Ele é mais introvertido que os demais. Também é frio, confrontador, pouco confiável e inseguro.

1.4 Aprendizagem

Com base nas teorias de aprendizagem adquirimos determinados tipos de comportamento. Segundo Robbins, a teoria do condicionamento operante sugere que o comportamento se dá em função de suas consequências, ou seja, as pessoas costumam se comportar de tal modo para obter o que querem ou evitar o que não desejam.

Um exemplo de aprendizagem operante ocorre quando Preston “cola” nas avaliações. A fim de obter boas notas e não ter que deixar o Albatroz, aquela seria a única forma de evitar o que ele não desejava. Era um comportamento voluntário, característico do condicionamento operante.