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Análises de Artigos

Por:   •  12/11/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.820 Palavras (12 Páginas)  •  177 Visualizações

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Análise dos Artigos

                

Autores:

Arilson José Simon Branco

1 Introdução        

O tema central deste trabalho é o estresse ocupacional. Esta análise de artigo visa compreender as causas que levam ao estresse ocupacional no trabalho de gestores públicos brasileiros, através de estudos bibliográficos feitos em artigos já publicados em relação ao tema. Levando em considerações as semelhanças e divergências entre os artigos pesquisados.

Segundo Cavanaugh et al. (2000, apud BALASSIANO, TAVARES E PIMENTA, 2011 p. 752) o estresse no trabalho tem sido um tema amplamente discutido na literatura nos últimos anos. A natureza do estresse ocupacional, seus mecanismos e suas consequências para saúde e o desempenho do trabalhador tem sido objetivo de inúmeras pesquisas. De acordo Isma (2008, apud PEREIRA, BRAGA E MARQUES, 2014, p.405) as principais fontes de estresse entre gerentes do mundo moderno estão associadas aos processos de reestruturação organizacional decorrentes da globalização.

O estresse pode provocar uma doença conhecida como síndrome de burnout, um grande problema na atualidade, pois leva a pessoa aos seus limites físicos e mentais. A síndrome de burnout causa um desequilíbrio na saúde do profissional.

 Conforme Murofuse et al (2005 apud TRIGO, TENG E HALLAK 2007 p. 225) a síndrome de burnout é um processo iniciado com excessivos e prolongados níveis de estresse (tensão) no trabalho. Para o diagnóstico, existem quatro concepções teóricas baseadas na possível etiologia da síndrome: clínica, sociopsicológica, organizacional, socio-histórica.

O estresse ocupacional é um problema que facilita o aparecimento de varias doenças como o burnout e a depressão, mesmo sendo entendido como algo natural no processo de adaptação do indivíduo ao ambiente deve - se dar importância ao estudo deste transtorno, que segundo as literaturas analisadas é bastante prejudicial à saúde dos profissionais. O objetivo desta analise de artigos, é a compreensão dos vários postos de vistas sobre assunto, pesquisado nas bibliografias acima deste tema. E também as causas do estresse ocupacional no trabalho dos profissionais, principalmente dos gestores, é o risco que este transtorno pode ocasionar na saúde dos mesmos, e as doenças que podem a parecer a partir deste problema.

2 Análise dos Artigos

        Para atingir os objetivos propostos, foram selecionados 3 artigos acadêmicos que abordam a temática investigada, conforme descrito no Quadro 1.

Quadro 1. Artigos selecionados para análise

Código

Referências (conforme ABNT/normas UFFS)

[1]

TRIGO, Telma Ramos; TENG, Chei Tung; HALLAK, Jaime Eduardo Cecílio. Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Revista Psiquiatra Clínica, São Paulo, v. 34, n. 5, p.223-233, jan. 2007.

[2]

BALASSIANO, M; TAVARES, E; PIMENTA, R. C. Estresse ocupacional na administração pública brasileira: quais os fatores impactantes? Revista de Administração Pública - Rap, Rio de Janeiro, v. 45, n. 3, p.751-774, maio/jun. 2011.

[3]

MAFFIA, Lyovan Neves; PEREIRA, Luciano Zille. Estresse no trabalho: estudo com gestores públicos do estado de Minas Gerais. Revista Eletrônica de Administração - Read, Porto Alegre, v. 79, n. 3, p.658-680, set/dez. 2014.

A análise dos artigos apresentados no Quadro 1 será suportada pela estrutura apresentada no Quadro 2.

Quadro 2. Análise dos artigos selecionados

Cód.

Objetivo

Metodologia (amostra, onde e quando foi aplicado, instrumento de coleta de dados)

Resultados mais interessantes

Sugestões para pesquisas futuras

[1]

Realização de um estudo aprofundado a respeito da síndrome de burnout no Brasil e em outros países, tendo em vista possíveis fatores de risco para seu desenvolvimento, e também como isso se associa com outros transtornos psiquiátricos e consequências para o indivíduo e organização em que trabalha.

Através de dados, artigos empíricos, epidemiológicos, conceituais e de revisão que relacionassem o burnout. Estudo realizado no Brasil em 2005.

A prevalência do burnout nos vários países ainda é incerta, mas dados apontam acometimento significativo que justifica mais estudos a respeito dessa patologia com fatores de risco multifatoriais (indivíduo, trabalho, organização). Entretanto, não se encontraram estudos que avaliassem, por entrevistas estruturadas, as taxas de comorbidade entre essas duas condições e possíveis relações causais. As consequências do burnout têm efeitos negativos para a organização, para o indivíduo e sua profissão.

Tentar buscar dados mais aprofundados e complexos sobre burnout, e trazer para os leitores mais clareza sobre o modo de se distanciar do tema proposto no artigo.

[2]

Identificar e relacionar os estressores provenientes do ambiente do trabalho.

O instrumento de coleta dos dados foi um questionário. Foi realizada uma amostra de 242 servidores públicos federais civis ativos filiados ao Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro em 2010.

Os resultados revelam que apenas o fator emocional presente no ambiente de trabalho nas organizações públicas influencia o estresse ocupacional psicológico, entre os fatores estudados, o fator social merece atenção em investigações futuras sobre o tema, a pesquisa identificou as relações entre três fatores ambientais (emocional, social e mobilidade) e duas formas de estresse (psicológico e fisiológico), operacionalizadas pelos indicadores do ambiente organizacional e pelos sintomas de estresse. Os resultados  encontrados na literatura especializada do tema não são iguais aos resultados encontrados da análise do estresse ocupacional.

Poderão incorporar variáveis psicológicas, relacionadas à personalidade do indivíduo, que potencializem o estresse neste modelo. A identificação de fatores externos que possam influenciar os sintomas de estresse fisiológico seria, da mesma forma, de grande contribuição para um melhor mapeamento de um problema que aflige grande parte dos servidores públicos, em todos os níveis de governo.

[3]

Analisar o estresse no trabalho de gestores públicos que atuam nas secretarias de estado de Minas Gerais, identificar e analisar os quadros de estresse ocupacional, suas causas, principais sintomas, mecanismos de regulação e indicadores de impactos na produtividade dos trabalhadores que exercem a função de gestor.

O instrumento de coleta dos dados foi um questionário. Foram respondidos por 181 gestores e servidores da administração pública do estado de Minas Gerais em 2005, que ocupam funções gerenciais e atuam nas secretarias de estado também foram realizadas as análises descritivas, envolvendo análise exploratória dos dados, de frequência, análises bivariadas e ainda testes para médias e proporções para a coleta dos dados.

Identificou-se que 74% apresentam quadro de estresse, variando de leve a moderado (43,0%), estresse intenso (26,0%) e muito intenso (5,0%). Somente 26% dos gestores não apresentaram manifestações de estresse. Esses resultados são semelhantes aos encontrados por Zille (2011), Zille, Braga e Zille (2011); Braga (2008), Zille (2005) e Couto (1987) ao investigarem gerentes de organizações privadas brasileiras.

Possibilidade de investigar os possíveis quadros de estresse ocupacional nos demais gestores do Estado, como também nos planos federal e municipal. Tais limitações foram intencionais, mas permitem vislumbrar novos campos de pesquisa.

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