As Organizações Vistas como Prisões Psíquicas
Por: Pedro Germano • 5/6/2016 • Trabalho acadêmico • 1.984 Palavras (8 Páginas) • 939 Visualizações
LeoNARDO LOPES PEREIRA DOS SANTOS
MATHEUS PALERMO
PEDRO GERMANO Franzosi
Felipe Strebbe
imagem da organização
as organizações vistas como prisões psíquicas
joinville
2016
Introdução
Nesse estudo será feita análise do texto Imagens da Organização, de Gareth Morgan, que aborda a influencia de traumas, medos, desejos, experiências e vivências em nosso comportamento para com as organizações, e até que ponto as organizações passam a ser uma extensão de nosso corpo. O tema, ainda que pouco difundido no âmbito organizacional, é de extrema importância, visto que estes, são compostos de indivíduos únicos e singulares e dessa maneira, reagem de maneira diferente em frente aos mesmos estímulos.
1.1 – Mito da caverna de Platão
Em seu texto, Gareth Morgan, afirma que as organizações acabam por funcionar como prisões psíquicas, já que são formadas por indivíduos que trazem com eles: imagens, idéias, pensamentos, medos, sexualidade latente, ações e manias e ainda todos os processos conscientes e inconsciente.
Dessa maneira, e, aliada a inúmeras normas e padrões por demais burocráticos e sistemáticos, pessoas tornam-se seres carentes de criatividades e são levados a agir, seja consenciente ou inconscientemente, de maneiras que acabam por favorecer mais a organização do que a si próprio. Ilustrando essa conformidade temos o famoso “Mito da caverna de Platão”, que relata prisioneiros desde o nascimento que passaram a vida inteira presos a correntes e forçados a olhar para o fundo da caverna. Em suas costas, a luz de uma fogueira projeta sombras de objetos com formas de humanos e outros seres viventes.
Sem a possibilidade de se virar, os prisioneiros tomam como toda a realidade as sombras que veem. Se em algum momento, um prisioneiro fosse liberto e acabasse por explorar o interior da caverna e o mundo externo, perceberia que passou a vida inteira julgando como real apenas sombras de um mundo até então impensavel.
Se esse ex-prisioneiro, ao lembrar de seus antigos companheiros retornasse à caverna e contasse sobre o sol, sombras e o mundo externo, seria ridicularizado e hostilizado. Os mesmos, não conseguiriam acreditar em uma realidade a não ser a sombras da parede, ou seja, a própia realidade.
1.2 – Modo de pensar aprovado
Acaba por ser comum em organizações já duradouras, processos e métodos que, vistos de um outro patamar, de uma maneira imparcial, possam ser considerados arcaicos e inadequados. Morgan descreve isso como “modo de pensar aprovado” que seria, quando pessoas(organizações) se encontram em uma zona de conforto por seus métodos trabalhistas ja serem padronizados e tidos como corretos. Com isso, a criação de novos métodos produtivos ou modificação dos métodos ja utilizados se torna improvável, pelo excesso de confiança na assertividade do seu padrão de trabalho ou receio de uma mudança que fuja do modelo ja consolidado pela organização.
1.3 - Cegueira Grupal
A cegueira grupal é um processo derivado propriamente do modo de pensar aprovado. Retrata quando uma ideia ou projeto é apresentado de forma brilhante e convincente, assim, persoadindo seus ouvintes a acreditar firmemente nessa ideia, sem a possibilidade de contesta-la. Esta é posta em prática sem possuir um balanço critico para a identificação de possiveis falhas ou erros. Feito isso, percebe-se que não passava de uma empolgação generealizada momentania, causada pela confiança estabelecida no criador da ideia ou na inovação carregada por ela, camuflando suas possiveis imperfeições e imprecisões.
A invasão de Cuba em 1961, é um exemplo claro de cegueira grupal. Kennedy passou perto de ocasionar uma guerra nuclear ao planejar esta invasão. Sua influencia dentro do país causava uma falsa certeza de invencibilidade, fazendo com que suas decisões fossem absolutas e incontestaveis.
1.4 - A Organização e o Inconsciente
Para Sigmund Freud, o pai da psicanálise; o inconsciente é criado quando temos que reprimir os desejos e pensamentos secretos, só assim poderiamos viver em harmonia e em paz conosco.
Existe uma disputa de teses para determinar a origem do inconsciente. Segundo Freud, tem relação com a sexualidade reprimida. Para outros, está associado com as ansiedades da infância, a estrutura de família patriarcal, o medo da morte e o inconsciente coleivo, entre outros.
Essas teses tem em comum a ideia de que os seres humanos vivem como reféns de suas histórias psíquicas individuais e coletiva.
1.5 – A Organização e sexualidade Reprimida
Com carater obessivo-compulsivo, Frederick Taylor, o criador da “Adminsitração Cientifica”, apresentava uma necessidade de controlar e dominar todos os aspectos de sua vida. Planejava e cronometrava as mais simples atividades, como caminhadas e partidas de golfe. Por volta dos 12 anos, passou a sofrer de horriveis pesadelos e insônia. Apos notar que esses casos se agravavam quando dormia de costas, ele constroi um objeto contendo tiras e pontas de maidera, que o acordariam quando tentasse ficar nessa posição. Com maior idade, preferia dormir em posição ereta, contando com o apoio de inumeros travesseiros ou até mesmo gavetas.
Para Freud, Taylor, ao tentar ordenar e controlar o mundo a sua volta, estava, na realidade, tentando controlar a si mesmo. Pois, por ter uma criação de autoridade e puritana, inumeras preocupações e traumas lhe foram causados. E dessa maneira, seu modelo de Administração Cientifica reflete como expressão de lutas internas.
1.6 – A organização e a familíla patriarcal
Freud, ainda que muito contestado em suas interpretações, taxado como escessivamente centrado na sexualidade, afirma que o patriarcado se torna uma prisão conceitual, reproduzindo organizações predeominatemente masculinas, e valores tradicionais masculinos. Exceto nas funções que exigem mais delicadeza e cuidado, pois esses seriam trabalhos propicio para o sexo feminino.
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