Capacidade Empreendedora e Sustentabilidade
Por: Thiago Muniz • 18/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.947 Palavras (8 Páginas) • 173 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
ETICA NA ADMINISTRAÇÃO
Professor: Cesar Emanoel Barbosa de Lima
Capacidade Empreendedora & Sustentabilidade
Thiago Tolentino Muniz – 11403066
APRESENTAÇÃO
A pesquisa a seguir, traz informações relevantes acerca da Capacidade Empreendedora do indivíduo, e suas respectivas características intrínsecas. Abordando os conceitos de empreendedorismo, sob a ótica da visão economista e comportamentalista do empreendedor. Partindo de uma análise da literatura, propõe a visão essencialista do empreendedor, com suas principais características, e consequentemente fazendo um diagnóstico das pesquisas modernas que dizem respeito a nova visão do indivíduo, através do estudo da ação empreendedora. Na segunda parte do trabalho, o conceito de sustentabilidade foi exposto, partindo de uma análise menos ecológica e macro, e se debruçando sob a ótica do Desenvolvimento Sustentável e da Sustentabilidade Empresarial e suas respectivas práticas e vantagens envolvidas, fornecendo assim uma visão clara a respeito da sustentabilidade sob a ótica ambienta, ética e social.
REFERÊNCIAL TEORICO
1. CAPACIDADE EMPREENDEDORA
Há muitas definições para os termos empreendedor e empreendedorismo. Muito embora Julien (2010) se refira a existência de pelo menos quatro abordagens que estudam o fenômeno do empreendedorismo (antropológica, sociológica, geográfica e econômica) (apud GOMES, 2013, p.205). Filion (1999b), ao estudar o empreendedorismo, sinteticamente, identificou duas correntes principais que tendem a conter elementos comuns à maioria das abordagens. São as dos pioneiros do campo, os economistas, que associam empreendedor à inovação, e a dos psicólogos, que enfatizam aspectos atitudinais. Com relação às perspectivas identificadas por Julien (2010), a abordagem antropológica e psicológica, ao tratar do empreendedor, foca a atenção nas características e na personalidade do sujeito (apud GOMES, 2013, p.205). A abordagem sociológica baseia-se na premissa de que o empreendedor é um criador de organização. A abordagem geográfica ou de economia regional considera o empreendedor um dos principais atores do empreendedorismo, mas não o único. Por fim, a abordagem econômica trata o empreendedor como um simples agente econômico. Ademais, de certa forma, é interessante, para não dizer necessário, entender a origem dos termos empreendedor e empreendedorismo, uma vez que parece pairar uma certa confusão etimológica sobre o assunto. (GOMES, LIMA, CAPELLE, 2013).
Segundo (LUMPKIN; DESS, 2001; McCLELLAND, 1961; MOSAKOWSKI, 1998; TIMMONS, 1989). Os comportamentalistas voltam seu interesse para aspectos subjetivos do sujeito empreendedor, do seu comportamento, buscando identificar inclusive suas características atitudinais. (apud, GOMES, LIMA, CAPELLEM 2013 pag 206).
A discussão sobre empreendedorismo, de um modo geral, parece às vezes girar em torno da idéia de que o indivíduo empreendedor apresenta certas características que o tornam um ser “especial”. Não obstante às diferenças de interpretação a respeito do empreendedor, pois cada pesquisador utiliza os princípios de suas próprias áreas de conhecimento para desenvolver o conceito, observa-se um estreitamento do foco no sujeito. Os economistas, por exemplo, associam o empreendedorismo ao desenvolvimento econômico e o empreendedor ao agente propulsor da inovação e, por conseguinte, às forças direcionadoras de desenvolvimento (DOSI et al., 1988; FREEMAN; PEREZ, 1988; MARSHALL, 1982; SAY, 1964; SCHUMPETER, 1982), (apud GOMES, LIMA,CAPELLE 2013, pag 204).
A construção do conceito de empreendedor pela corrente dos economistas e dos seus adeptos está alicerçada numa noção considerada fundamental, a inovação. Para Schumpeter (1950), Empreendedor é a pessoa capaz converter uma nova idéia ou invenção em uma inovação de sucesso. Para Timmons (1989), o empreendedor possui uma mente dotada de um poder criativo e inovador, no que tange aos gerenciamentos de habilidades e conhecimento para os negócios, com capacidade de reconhecer oportunidades nem sempre claras para os demais, construindo algo do nada. Schumpeter (1982) vê o sujeito empreendedor como o indivíduo que, de alguma forma, traria incrustado em seu âmago qualidades expressas na forma de forças espontâneas que levariam a uma ação (“egoísmo”, “desejo” de conquista, “impulso” de luta, “alegria” de criar). “Indivíduos que possuem recursos empreendedoriais serão mais propensos a identificar e explorar oportunidades lucrativas e podem ser bem-sucedidos no futuro consequentemente” (MOSAKOWSKI, 1998). (apud GOMES,LIMA,CAPELLE 2013, pag 204).
De acordo com Lima (2008), embora predomine, de um modo geral, na literatura acadêmica e de “vulgarização do empreendedorismo” a visão de que o empreendedor é um indivíduo detentor de certas características que o tornam um ser “especial”, já se observa pesquisadores que concebem o caráter de transitoriedade ao empreendedorismo à medida que levam em conta que a gestão empreendedora e o ato de empreender são descontínuos. Com isso, o pesquisador procura mostrar aspectos de práticas de pesquisas passadas sobre a problemática do empreendedorismo que privilegiaram as ações empreendedoras, ou seja, que apontaram para o descentramento do foco do sujeito para a ação.
Segundo Tanto os economistas quanto os comportamentalistas colocam o sujeito da ação empreendedora
como o centro do fenômeno do empreendedorismo. Essa ênfase no sujeito pode levar, em certos casos, à enfatização da consideração dos empreendedores como se fossem diferentes das demais pessoas ou, ainda, como se possuíssem na sua “natureza” determinadas habilidades, atitudes e comportamentos especiais. Ou seja, muitas vezes apoiam-se numa visão essencialista do empreendedor, como se certos atributos – como disponibilidade para correr riscos, capacidade para inovar, autoconfiança, perseverança, visão ampliada, talento, comprometimento, liderança, integridade, administração participativa, capacidade de adaptação, etc. – simplesmente lhe fossem inatos. (GOMES, LIMA, CAPELLE, 2013).
2. SUSTENTABILIDADE
Desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas necessidades e aspirações”. Relatório Brundland, ONU. (1987).
Sustentabilidade empresarial é um conjunto de ações que uma empresa toma, visando o respeito ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da sociedade. Logo, para que uma empresa seja considerada sustentável ambientalmente e socialmente, ela deve adotar atitudes éticas, práticas que visem seu crescimento econômico sem agredir o meio ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade. (KADRISI, 2016)
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